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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Após 2 anos da guerra em Marawi, como está a cidade agora?



Apesar do apoio pós-trauma dado pela Portas Abertas à população, muitos ainda estão abatidos por não conseguirem retornar a sua comunidade


Em Marawi, mais de 2.000 famílias ainda estão em abrigos temporários, e muitas outras estão longe de sua comunidade
Em Marawi, mais de 2.000 famílias ainda estão em abrigos temporários, e muitas outras estão longe de sua comunidade
Você se lembra da cidade filipina de Marawi, na ilha de Mindanao? Era meio dia, 23 de maio de 2017, quando centenas de homens armados, ligados ao Estado Islâmico (IE), invadiram Marawi queimando casas, igrejas e outros edifícios privados. O banho de sangue de cinco meses entre o grupo terrorista e as Forças Armadas das Filipinas não apenas destruiu propriedades, mas também custou mais de mil vidas e deslocou mais de 300.000 pessoas.
Agora, em seu segundo ano após o início da guerra, mais de 2.000 famílias ainda estão em abrigos temporários, 500 famílias estão em centros de evacuação e mais de 11.000 famílias ainda vivem com parentes e amigos, desejando voltar para Marawi e retomar suas vidas. Mas, as operações militares de análise de bombas e minas terrestres não detonadas, e atrasos na realização de projetos de reabilitação, impedem os habitantes de se restabelecerem na cidade.

A atuação da Portas Abertas pós-conflito
Algumas semanas após o início do cerco, a Portas Abertas conseguiu fornecer produtos de socorro, como comida, água e roupas para pessoas nos centros de evacuação. Meses após a libertação da cidade, foi possível conceder apoio financeiro a cristãos para reconstruírem suas casas ou iniciar um pequeno empreendimento de subsistência. Juntamente com este apoio prático, a  Portas Abertas realizou um Seminário de Gestão de Crise, com 30 pastores e estudantes de Marawi, cujo principal resultado foi um plano de contingência no caso de outra crise acontecer.
Sessões de aconselhamento pós-trauma para as vítimas da crise em Marawi também foram realizadas, assistidas por mais de cem crentes e não crentes, crianças e adultos. “Muitos adultos, agora, estão capacitados para lidar com os reflexos da crise. Nas primeiras sessões muitos deles choravam e tremiam enquanto compartilhavam suas experiências, mas graças a Deus, eles estão melhores. No entanto, as crianças precisam de mais tempo de acompanhamento, pois sinto que muitas delas ainda estão traumatizadas”, disse May*, conselheira de pós-trauma da Portas Abertas.
O pesquisador de campo da Portas Abertas, Hadassah* disse: “Ainda estou triste porque até agora alguns cristãos ainda estão no abrigo temporário, e continuamente oram para que possam voltar para sua área e reconstruírem suas casas. Pela graça de Deus, eles foram capazes de enfrentar o desconforto e prosperar em meio às dificuldades, mas ainda assim desejam retornar à comunidade e à igreja. Apesar do que aconteceu há dois anos, sou grato a Deus por abrir as portas para ministrarmos aos irmãos de Marawi”.

Pedidos de oração
  • Interceda por cura contínua para todas as vítimas da crise de Marawi. Ore para que o Senhor liberte as pessoas das memórias ruins que as assombram, e peça força para seguirem em frente.
  • Clame para que o Senhor ofereça mais oportunidades para as vítimas da guerra, para conseguirem suprir suas necessidades e voltar para sua comunidade.
  • Peça pela equipe local da Portas Abertas, para que o Senhor continue a abençoá-los, e lhes dê sabedoria para estender seu amor às vítimas.

*Nomes alterados por segurança.

por Portas Abertas

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