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quarta-feira, 18 de março de 2020

Os gigantes da fé e o seu legado para a Igreja




Exposição sobre o capitulo 11 de Hebreus

   Bíblia. (Free-Photos por Pixabay)

A introdução para o capítulo 11 de Hebreus está no final do capítulo 10, e um apêndice está no capítulo 12, onde se traz a expressão “nuvem de testemunhas” para falar de todos estes ícones da fé no passado a quem somos chamados a imitar sua confiança em Deus em épocas de grande aflição.
Inclusive, aqui é bom que corrijamos a velha e equivocada interpretação que diz que “nuvem de testemunhas” são os ímpios lá fora nos observando.
Errado! A “nuvem de testemunhas” de que Hebreus 12.1 fala são os muitos servos e servas de Deus do passado, tratados no capítulo 11, onde está a famosa “galeria dos heróis da fé”.
E mais, a fé é um ponto importante não só da nossa lição, mas um ponto cardinal de toda a carta aos Hebreus, pois, como vimos, uma tentação corrente entre aqueles irmãos hebreus era retornar ao judaísmo e seu culto formalista e rituais exteriores, quando a fé em Cristo é muito mais interior. Abandonar a fé para viver de aparência é cair no desprazer de Deus (10.38).
Apenas ressaltamos que a FÉ de que vamos falar em Hebreus 11 não é a fé para salvação, mas a fé para preservação nos dias maus, triunfo sobre as aflições e progresso contínuo na comunhão com Deus.
É pela fé que vive o justo (Hb 10.38), e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé! (1 Jo 5.4).

A fé que gera confiança em Deus

Neste tópico, a Lição dá destaque para aos três os seguintes personagens:
1. Abel (seu nome significa respiração ou vapor) – filho de Adão, é apresentado na Bíblia como o primeiro homem a oferecer a Deus sacrifício animal, já que seu trabalho era pastorear rebanhos. Seu irmão mais velho, Caim, também oferecia a Deus sacrifícios, mas sacrifícios de vegetais, já que era agricultor (Gn 4.1-4). Não por isso, Deus preferiu a oferta de Abel, porque viu pureza e justiça em seu coração, enquanto que no coração de seu irmão havia malignidade (1Jo 3.12).
Aliás, aqui jaz uma lição prática: nem todos que oferecem sacrifícios a Deus o fazem de modo agradável.
É preciso fazer o bem, ou seja, fazer o que é correto (Gn 4.7), para poder oferecer a Deus uma adoração de modo aceitável (Hb 12.28; Jo 4.23-24; Rm 12.1-2). Há muitos adoradores, mas somente santos adoradores como Abel, que se aproximam de Deus pela fé, é que oferecem o sacrifício de que o Senhor se agrada. Há quem ofereça sacrifícios para exibir-se, outros por disputa, outros por barganha, Abel, porém os oferecia por fé, e nesta fé “ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim” (Hb 11.4, NVI).
Foi vítima do ódio de seu irmão, que tirou-lhe a vida. Mas temos certeza de que Abel, que viveu sua justiça em fé, participará daquela gloriosa ressurreição dos justos para a vida eterna (Jo 5.28,29).
2. Enoque (seu nome significa dedicado) – embora Caim tenha tido um filho de nome Enoque (Gn 4.17), não é deste que o autor de Hebreus está a falar (Hb 11.5), mas de outro Enoque, o filho de Jarede e pai de Matusalém (Gn 5.18-24), que “andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado” (NVI).
Não temos muita informação sobre o contexto social e religioso nos dias de Enoque, mas por inspiração divina o autor de Hebreus nos informa que ele “foi trasladado para não ver a morte… alcançou testemunho de que agradara a Deus”. Enoque é, portanto, um símbolo humano daqueles que haverão de provar a maravilhosa transformação do corpo, sem passar pela morte, por ocasião da vinda de Cristo.
O apóstolo Paulo disse: “nem todos dormiremos [morreremos], mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.51,52). A igreja de Cristo que aguarda o maravilhoso arrebatamento, precisa mais do que nunca desta fé que havia em Enoque, e como ele precisamos “andar com Deus”. Os que aqui andam com Deus por fé, têm de Jesus a promessa de andarem com ele nas mansões celestiais, vestidos de branco, o branco da santidade imaculável e da pureza que jamais se manchará (Ap 3.4,5).
3. Noé (seu nome significa repouso) – filho de Lameque, nasceu sob a expectativa do consolo de Deus para a terra que outrora fora amaldiçoada por causa do pecado (Gn 5.27). Aliás uma nota aqui: sempre falamos que somos todos filhos de Adão, mas também é verdade que todos os que nasceram após o Dilúvio são também filhos de Noé, já que somente Noé e sua família é que sobreviveu ao dilúvio e reconstruiu a humanidade. Somos todos filhos de Noé! 
O contexto em que viveu aquele antigo patriarca da humanidade fora de depravação moral generalizada (Gn 6), a tal ponto que Deus não pode mais tolerar a maldade que se havia multiplicado e o coração irretratável dos homens e mulheres.
A graça de Deus fora retirada daquela geração, porém, Noé achou graça diante do Senhor (Gn 6,8), pois era “homem justo e íntegro”, e como Enoque outrora, “Noé andava com Deus” (Gn 6.9). De fato, Noé demonstrou uma fé gigante em Deus: nunca se tinha ouvido falar de um dilúvio antes, e ainda assim obedeceu a Deus na ordem para se construir a grande embarcação na qual salvaria a sua família, quando Deus lhe prometeu que destruiria o mundo com águas.
Noé nos ensina que devemos crer nos “absurdos de Deus”, mesmo que não compreendamos todos os porquês. Noé nos ensina que devemos viver por fé, não por vista. Noé nos ensina que devemos fazer tudo exatamente como Deus nos ordena (Gn 6.22; 7.5), se quisermos escapar do juízo de Deus que está reservado para este mundo. Para muitos, a história de Noé é apenas um mito, mas Jesus a toma como fato histórico, e ainda nos adverte: como foi nos dias de Noé, será na vinda do Filho do homem (Mt 24.36-39). Enquanto o mundo vai de mal a pior, entregando-se aos deleites da carne e seguindo as seduções do diabo, nós os salvos em Cristo estejamos vigilantes! “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1Jo 3.3)

A fé que faz ver o invisível

Uma nova tríade é alvo de nosso estudo neste tópico:
1. Abraão (seu nome significa pai de multidões) – o grande patriarca de Israel, homem rico, pai de Isaque e avô de Jacó, ex-pagão que ouviu o chamado de Deus, creu, obedeceu e veio a se tornar pai de todos os que creem (Gl 3.7). Neste sentido, visto que imitamos a fé de Abraão, crendo em Deus para justiça, somos seus filhos espirituais. O capítulo 11 de Hebreus dá grande destaque à este patriarca, ressaltando as respostas firmes de Abraão em relação ao chamado e às promessas de Deus:
Primeiro, Abraão “quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo” (11.8). Abraão desvencilhou-se de seus parentes, mas não ousemos dizer que ele “peregrinou no escuro”, pois a fé em Deus era a luz que o orientava na sua peregrinação rumo à Canaã, embora aquele fosse um lugar desconhecido para ele. Embora não soubesse para onde estava indo, Abraão sabia com quem estava indo. Assim, ele pode ver o invisível e confiar na promessa de seu amigo Yavé (Is 41.8).
Segundo, Abraão “recebeu poder para gerar um filho” (11.11), a despeito da sua idade avançada e da esterilidade de sua esposa Sara. Deus lhe prometera dar um filho a Abraão, e nele constituir uma grande nação de inúmeros descendentes – tal como os grãos de areia do mar ou das estrelas do céu (v. 12). Abraão creu, e embora a promessa tenha demorado mais de 10 anos para se cumprir, Abraão não desvaneceu. Quem espera sempre alcança! O choro de Sara e esperança de Abraão foram satisfeitos no sorriso do filho Isaque, o “filho da promessa”.
Terceiro, Abraão, “quando Deus o pôs a prova, ofereceu Isaque como sacrifício” naquele memorável episódio do Moriá (Gn 22)! Deus prometera a Abraão dar-lhe um filho, mas não só isso: a promessa era de aquele filho traria muitos descendentes à família de Abraão. Entretanto, como pode agora, sendo este filho ainda jovem e não tendo casado nem constituído família, Deus pedir a Abraão que lhe oferecesse seu filho em sacrifício? Abraão não faz esse questionamento, e por uma razão: “Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos” (11.19).
Agora raciocine: Deus prometeu que ressuscitaria Isaque, caso Abraão o matasse no sacrifício? Não. Abraão por acaso dispunha de algum precedente histórico, de algum caso de ressurreição anterior no qual ele pudesse repousar seu coração? Todos os casos de ressurreição na Bíblia são posteriores aos tempos dos patriarcas.
Mas veja como Abraão se agigantava na fé a cada desafio proposto por Deus: Abraão creu no inédito, creu que até mesmo ressurreição Deus poderia fazer acontecer ali! De uma coisa Abraão estava certo: seu amigo Yavé era fiel e verdadeiro, e não deixaria de cumprir sua promessa naquele jovem que fora dado milagrosamente à Abraão e à Sara. De fato, Abraão nos ensina que devemos confiar no caráter de Deus, no Deus que não mente e não falha, e que mesmo quando Deus nos pedir para fazer coisas absurdas, e para as quais não tenhamos nenhum caso precedente, devemos confiar que Ele não nos deixará envergonhados e decepcionados. Ele é o Deus de supremo poder e de imensurável sabedoria. Creiamos nEle!
2. José (seu nome significa Que Deus lhe acrescente) – filho predileto de Jacó, moço de uma história de vida admirável, de muita superação e conquistas. A referência a ele na galeria dos heróis da fé (Hb 11.22) é sobre o juramente que ele pediu aos seus irmãos que fizessem de levar seus ossos da terra do Egito onde habitavam naquele momento para a terra que Deus prometera aos seus pais dar-lhes por herança (Gn 50.25).
O pedido de José estava respaldado por sua convicção na intervenção divina em favor dos filhos de Israel: “Deus certamente virá em auxílio de vocês e os tirará desta terra, levando-os para a terra que prometeu com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó” (Gn 50.24).
José não viu este dia, não viveu para ver a libertação do povo hebreu do Egito e a possessão da terra de Canaã, mas pela fé ele estava convicto de que este dia viria. Aliás, já disse o autor de Hebreus que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). Enquanto os materialistas exigem vê para crer, José nos ensina que devemos crer mesmo sem ver!
3. Moisés (seu nome significa tirado das águas) – filho de Anrão e Joquebede, irmão mais novo de Arão e Miriã; era “o príncipe Moisés”, já que foi recebido na família do faraó como “filho da filha de faraó” (Hb 11.24), título que Moisés recusou quando aos 40 anos (tempo em que viveu entre os egípcios e recebeu instrução elevada ali – At 7.22), desceu para ver como estavam seus irmãos hebreus e se compadeceu deles, visto que eram oprimidos pelos egípcios.
Depois de quatro décadas sob a tutela do Egito, Moisés resolve “ser maltratado com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado” (Hb 11.25).
Provavelmente, por ser “filho da filha do faraó”, Moisés teria direito à sucessão no trono egípcio, todavia não fez caso disso, sendo para nós um exemplo de abnegação e renúncia! Era a recompensa que vem do céu que Moisés contemplava (v. 26), e assim, por fé, manteve seu olhar fixo no alvo, olhando sempre pra frente (Pv 4.25).
Com Moisés aprendemos que vale a pena o despojar das riquezas deste mundo, padecer momentaneamente ao lado dos filhos de Deus, e receber a recompensa final reservada para os justos. Paulo diz que se sofrermos com Cristo, com ele reinaremos (2Tm 2.12). Portanto, “sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo” (2Tm 2.3). Ninguém duvida que Moisés precisou de muita fé para assumir a grande empreitada de retirar Israel do Egito, confrontar o faraó e seus bruxos, estender as mãos para abrir o Mar Vermelho e operar tantos sinais e maravilhas em favor do seu povo. Moisés é um ícone de fé!

A fé que dá poder para avançar

A última tríade deste nosso estudo dominical é:
1. Josué (seu nome significa O Senhor salva) – sucessor de Moisés, responsável por introduzir o povo hebreu na terra prometida. O texto de Hebreus 11 não cita seu nome, mas faz referência a sua liderança no episódio em que “Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias” (Hb 11.30). Este episódio da queda do muro de Jericó está registrado em Josué 5 e 6.
De que outra maneira que não pela fé, creríamos que aquela larga muralha em volta de Jericó (tão larga que Raabe poderia morar sobre ela) ruiriam ao toque das trombetas e sob o grito da multidão, após o total de 13 voltas dadas pelos hebreus? Fosse alto e estridente como fosse o barulho daquelas trombetas e dos gritos, as muralhas sequer seriam riscadas se dependesse só da estratégia humana.
Deus é que fez, em resposta à fé obediente de seu povo, aquela muralha intransponível desabar! “O SENHOR lhes entregou a cidade!”, disse Josué ao povo (Js 6.16).
Jesus disse que se tivermos fé como um grão de mostarda (não fé apequenada, mas fé crescente, que se agiganta nas dificuldades – conf. Mt 13.31,32), poderemos ordenar aos montes: “passa daqui para acolá!”, e eles passarão. Claro, esta é uma linguagem hiperbólica (exagerada) de Jesus para dizer que pela fé podemos fazer coisas extraordinárias e que são impossíveis aos homens. “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).
2. Raabe (seu nome significa abundanteamplo) – é a famosa ex-prostituta de Jericó, mulher que ganhava a vida vendendo seu corpo. Mas um dia ela ouviu falar dos grandes feitos do Senhor Yavé em favor de seu povo, os hebreus, quando aniquilou a fúria do faraó, sepultando seus exércitos no mar vermelho, e dando vitória a Israel diante de grandes reis e inimigos (Js 2.8-10).
Ninguém pregou para Raabe, nem mesmo os dois espias que se esconderam em sua casa, sobre as muralhas de Jericó. Mas os relatos que ela ouviu até muito antes daqueles homens chegarem e a ameaça agora iminente da destruição de sua cidade, foram suficientes para incliná-la a reverenciar o Senhor com temor e reconhecer a supremacia do Deus de Israel: “o SENHOR [Raabe não usa um mero pronome de tratamento, mas chama o Deus de Israel pelo nome, Yavé, como consta no texto original hebraico], o seu Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra” (Js 2.11). Raabe pediu clemência aos espias de Israel, e ela e sua família foi poupada. Tamanha foi a fé de Raabe no SENHOR, que ela, sendo estrangeira, foi incluída na linhagem de Jesus (Mt 1.5).
A história de Raabe nos ensina que não podemos silenciar os grandes feitos miraculosos do Senhor, deixando de contar aos outros o que Deus têm feito por nós. Raabe ouviu relatos de milagres, e porque eram verdadeiros, ela creu neles e temeu ao Deus de Israel. Um testemunho de cura ou libertação pode produzir fé em outras pessoas e mais que atraí-las a um culto, pode leva-las a adorar o Deus dos deuses! Como dizia Pedro e João, “não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).
3. Gideão (seu nome significa talhador, cortador) – foi o “varão valoroso” (homem valente – Jz 6.12) escolhido por Deus no tempo dos juízes, quando em Israel ainda não havia reis, para liderar o povo hebreu na vitória contra seus inimigos, os midianitas, que de quando em quando assolavam a terra, tomando os frutos do povo do Senhor, largando-o à miséria. Os midianitas eram um povo forte e numeroso, e para guerrear contra eles, Gideão começou com um grande contingente de soldados: 32 mil. Entretanto, bastou o grito: “Covardes, voltem!”, para este número ser reduzido à 10 mil (Jz 7.3). Mas ainda “havia muita gente” na perspectiva divina, embora na ótica humana aquele fosse um número pequeno para o confronto.
Deus não queria que os homens se gloriassem nos números, julgando-se os conquistadores da vitória, e também desejava que Gideão confiasse que do Senhor viria a vitória a despeito do pequeno número de combatentes (Jz 7.2). Após um teste de prudência a que aqueles dez mil foram submetidos, restaram apenas e tão somente Gideão e seus 300 valentes.
Raciocine: quem, senão um homem dotado de muita fé, iria com mais 300 homens para uma guerra contra o temido exército midianita? Mas, embora tenha pedido provas a Deus do que deveria realmente fazer – Gideão não tinha dúvidas de Deus, mas dúvidas de suas próprias percepções sobre o que Deus queria para ele (era uma dúvida boa, portanto, que livra-nos de agir com precipitação) – aquele varão valoroso estava seguro de que sua vitória seria certa porque o Senhor estava com ele (Jz 6.12), e porque o Senhor o tinha enviado para aquele fim (Jz 6.14).
Com Gideão aprendemos que o Deus que chama e envia é o Deus que capacita e garante a vitória! Não é com muitos homens que se conquista a vitória, mas com confiança em Deus que desbarata os exércitos inimigos, afugenta o diabo e triunfa sobre o mal! Se Deus está do nosso lado, seremos sempre a maioria, independente do contingente humano; e seremos sempre “mais que vencedores” (Rm 8.37), independente dos desafios. Não temas, crê, somente! (Mc 5.36).
Conclusão
O próprio autor de Hebreus admite que faltaria tempo (e acrescento: espaço) para falar de todos os heróis e heroínas da fé nos dias passados (10.32), então o aluno da Escola Dominical não deve estranhar a ausência de nomes de muitos personagens admiráveis do Antigo Testamento.
As três tríades que estudamos são suficientes para ensinar a homens e a mulheres que “sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).
Já dizia um antigo hino que costumávamos cantar: “Cada vez que a minha fé é provada, Tu me dás a chance de crescer um pouco mais”. Portanto, vamos romper em fé a cada dia! Vamos seguir adiante, a despeito das tribulações. Vamos imitar a fé destes vencedores do passado e como eles também triunfaremos sobre as adversidades daqui.
Deus é maior, e Ele está conosco! No dia da angústia, nas noites frias e escuras, quando os recursos humanos se acabam e as portas se fecham, não devemos nos mostrar frouxos (Pv 24.10), antes, é aí mesmo que devemos erguer nossos olhos aos céus, clamar por socorro e crê que Deus do alto de sua glória nos ouvirá e nos responderá e nos dará tudo o que precisamos, segundo sua infinita bondade e misericórdia.
Sim, esta promessa é para nós: “buscai primeiro o reino de Deus e as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33); “e se alguém me servir, meu Pai o honrará” (Jo 12.26).
Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros: A Mensagem da cruz: o amor que nos redimiu da ira (2016), Biblifique-se: formando uma geração da Palavra (2018), Reflexões contundentes sobre Escola Bíblica Dominical (versão e-book, 2019), e Poder, poder pentecostal: reafirmando nossa doutrina e experiência, à luz das Escrituras Sagradas (lançamento previsto para final de 2019).

China sugere negar aos EUA remédios contra coronavírus


Mídia estatal afirmou que controle da exportação de fármacos poderia mergulhar EUA no “mar de coronavírus”. ( há 4 dia atrás)


    Xi Jinping usando máscara contra o coronavírus. (Foto: Xie Huanchi / Xinhua News Agency)

Agora que o número de novos infetados com o novo coronavírus, Covid-19, está diminuindo na China, o partido comunista tem aumentado as ameaças contra o Ocidente, com um aviso sobre a escassez de remédios destinados aos Estados Unidos.
Em um artigo na Xinhua – a agência de mídia estatal, considerada o porta-voz do partido chinês, Pequim alardeou sobre como os cientistas chineses controlaram o Covid-19.
O texto também afirmava que o país poderia impor controles de exportação a produtos farmacêuticos, o que mergulharia os Estados Unidos em um “mar de coronavírus”.
Segundo a Fox News, a Administração de Alimentos e Medicamentos norte-americana já anunciou a escassez de medicamentos relacionados ao coronavírus.
Embora não tenha sido específica sobre o fármaco, enfatizou que não poderia acessar as substâncias necessárias porque são fabricadas na China.
Apesar de os Estados Unidos serem líderes globais em pesquisa, grande parte da fabricação de medicamentos está na China, que fornece entre 80% e 90% dos antibióticos aos EUA, segundo Yanzhong Huang, pesquisador do Conselho de Relações Exteriores.
O editorial da agência estatal chinesa termina fazendo criticas aos EUA e afirma que “o mundo deve um agradecimento à China”.
por Neto Gregório ( Gospel Prime)

Jamie Foxx dirige drama baseado na fé



Longa conta a história de dois irmãos que se tornam pastores


Jamie Foxx. (Foto: Yahoo)

O vencedor do Oscar, Jamie Foxx, assinou contrato parar dirigir “When We Pray” [Quando nós oramos]. Foxx também participou da criação do roteiro com Donald Ray Caldwell.
O drama conta a história de dois irmãos que se tornam pastores em igrejas diferentes na mesma comunidade. Um tem sucesso e transforma sua igreja em uma congregação moderna, o outro, acaba por levar sua igreja ao declínio e a problemas financeiros.
De acordo com o Deadline, o filme é coproduzido pela Cinema Libre Studio e Fight to Fame Films, que financiará o projeto. A produção deve começar no final de deste ano ao um custo estimado de US$ 5 milhões.
“Jamie Foxx é uma estrela de Hollywood, mas o público de todo o mundo também o ama. Nosso forte relacionamento na China e em outros países asiáticos garantirá que ‘When We Pray’ seja recebido com entusiasmo pelos espectadores asiáticos”, afirmou Carrie Wang, presidente da Fight to Fame.
por Neto Gregório ( Gospel Prime)

Líderes se dividem sobre manter templos abertos em meio a pandemia



Governo e autoridades locais tem aconselhado o cancelamento de todas as reuniões.

   Assembleia de Deus Vitória em Cristo. (Foto: Reprodução / Facebook)

Com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, Covid-19, a opinião entre as ações que devem ser tomadas tem divido as lideranças evangélicas, entre alguns que consideram que as portas dos templos devem ser mantidas abertas e outros que consideram que deveria fechar.
Ambos os grupos entendem que medidas sanitárias para prevenir e evitar o contágio, assim como orientações aos fiéis sobre o comportamento nos cultos são necessárias, mas há os que defendem medidas mais drásticas, como o fechamento das igrejas e a mudança no formato do culto, adotando principalmente a estratégia online.
Esses líderes veem como sinal de alerta o acontecido na França, onde um evento promovido pela megaigreja Porte Ouverte Chrétienne [Porta aberta cristã] acabou ajudando a espalhar o coronavírus por toda a França. O evento reuniu 2 mil pessoas vindas de toda a França e países vizinhos como Suíça, Bélgica e Alemanha.
Uma das igrejas que decidiu suspender as celebrações presenciais e está fazendo transmissões online é a Igreja da Cidade, em São José dos Campos. O pastor Carlito Paes, líder da igreja, decidiu suspender até a rede de células, com mais de 1300 grupos nas casas, realizando trabalhos exclusivamente pela internet.
Por outro lado, há os que acreditam que os cultos presenciais não devem ser interrompidos, considerando o mandamento sobre a necessidade congregação dos santos (Hebreus 10.25). Eles também não veem com bons olhos restringir o acesso dos fiéis a celebrações em um momento que a ajuda espiritual é tão importante.
Entre os que defendem que os templos não devem ser fechados, em hipótese alguma, está o pastor Silas Malafaia, que afirma que “a igreja tem que ser o último reduto de esperança para o povo” e que não deve ser fechada por causa do vírus.
É consenso entre os líderes evangélicos que trata-se de mais um sinal da volta de Jesus Cristo, mas eles não concordam totalmente sobre até onde deve haver intervenção no ambiente espiritual, já que a Igreja tem fé em milagres.
por Michael Caceres ( Gospel Prime)

Jovem cristã ex-muçulmana encontra amor real em Jesus


Aos 16 anos, ela foi obrigada a se casar com um homem bem mais velho devido às dificuldades financeiras da família

Jamila lê cartão enviado por parceiro da Portas Abertas e descobre que há cristãos orando por ela
Jamila lê cartão enviado por parceiro da Portas Abertas e descobre que há cristãos orando por ela
Os cristãos ex-muçulmanos constituem a maior parcela da Igreja Perseguida. Dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2020, 41 têm a opressão islâmica como tipo de perseguição. É por isso que o tema do Domingo da Igreja Perseguida deste ano, no dia 7 de junho, será Cristãos ex-muçulmanos. Eles estão em todos os continentes e precisam saber que não estão sozinhos! O apoio da família da fé é fundamental para perseverarem em meio à pressão que enfrentam.
Uma das regiões do mundo onde há grande presença de cristãos ex-muçulmanos é a Ásia Central. É em um dos países dessa região que encontramos Jamila*, uma jovem de 20 anos. O pai biológico não é mais parte da família dela, visto que a mãe se casou pela segunda vez; Jamila tem dois meio-irmãos do segundo casamento da mãe. Como parte de uma família islâmica, ela foi criada como muçulmana.
Devido às dificuldades financeiras que a família enfrentava, aos 16 anos, ela teve um casamento arranjado com um homem bem mais velho. O marido a tratava muito mal, a ponto de bater nela e deixar hematomas. Finalmente, a jovem reuniu forças e coragem para fugir, voltando para a casa da mãe. Agora ela trabalha como babá e sonha em se tornar comissária de bordo.
Jamila entregou o coração a Jesus no final de 2017, mas sua paixão e zelo pelo Senhor dão a impressão de alguém mais maduro na fé. Ela vive a nova fé em segredo. Como única cristã na família, expressa o desejo de que toda a família, inclusive o pai biológico, conheça Jesus como Senhor e Salvador. Ela espera ser um instrumento para isso por meio de suas ações, comportamento e modo de viver, refletindo o amor de Deus para eles.
O rosto da jovem cristã ex-muçulmana brilhou com um sorriso ao saber que há cristãos em todo o mundo orando por ela e pela Igreja Perseguida. Jamila pede oração para que aprofunde cada vez mais seu relacionamento com o Senhor e assim a vida dele flua através dela, alcançando outros. Ela pede pela salvação da família, que é muçulmana, e também para que possa continuar os estudos e realizar o sonho de ser comissária de bordo. Ela e os demais cristãos ex-muçulmanos da Ásia Central contam com suas orações!
Clique no banner abaixo, cadastre-se no DIP e envolva sua igreja nesse dia especial de oração por nossos irmãos e irmãs!
*Nome alterado por segurança.

por Portas Abertas

Ana Paula Valadão critica pastores que não cancelaram cultos: “religiosidade”



Pastora afirma que falta de bom senso têm atrapalhado algumas igrejas

    Ana Paula Valadão. (Foto: Reprodução / Instagram)

A pastora e cantora Ana Paula Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, criticou a atitude de alguns pastores de manter cultos e reuniões em meio a pandemia do novo coronavírus, Covid-19.
Algumas igrejas como a Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), liderada pelo pastor Silas Malafaia e a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), liderada pelo bispo Edir Macedo, avisaram seus membros que não cancelaram cultos.
Nas redes sociais, Malafaia tem travado uma “guerra” contra as críticas que tem recebido pela insistência em manter os cultos ativos. Para ele, “a igreja é o último reduto de fé e esperança quando todas as portas se fecham”.
O líder da Advec afirma que só a Justiça tem poder para fechar os templos evangélicos e critica o que chama de “profetas do caos”. “Na Bíblia, os profetas repreendiam as pragas. Hoje, eles fecham as igrejas e vão para as redes sociais atacar a igreja que tá aberta”, afirmou Malafaia, em pregação.
A pastora da Lagoinha acredita que é falta de bom senso manter os cultos em meio a pandemia. Para ela, os fiéis não devem seguir conselho de tais líderes e assevera que “Deus não nos deu espírito de medo, de covardia… mas ele nos deu espirito de amor, uma mente sensata e equilibrada”.
Ela lembra que na idade média muitos cristãos foram usados por Deus em meio a epidemias, mas que a situação de hoje é muito diferente. “Meu temor é que os crentes de hoje sejam os propagadores desse vírus, não obedecendo as recomendações básicas de saúde”, enfatiza.
Subindo o tom na crítica, ela questiona qual seria o temor dos líderes ao cancelar cultos, sugerindo a arrecadação financeira. “Todo mundo vai sofrer com a recessão que está vindo… Reprendendo de sobre você, que é ovelha, esse jugo [de ter que participar do culto para contribuir]. Você pode contribuir on-line”, afirma.
Ana ensina que a Casa de Deus não se resume às quatro paredes do templo. “Eu quebro esse jugo, eu quebro essa manipulação que está vindo sobre muitos crentes com argumentos religiosos que você precisa congregar nesse tempo… Isso é tentar o Senhor nosso Deus!”, asseverou.
por Neto Gregório ( Gospel Prime)

"O coronavírus não pode nos parar"


Pastor chinês testemunha que a união da igreja aumentou após surto do Covid-19

Os encontros virtuais têm aproximado os cristãos perseguidos na China, principalmente os idosos
Os encontros virtuais têm aproximado os cristãos perseguidos na China, principalmente os idosos
As fronteiras fechadas, as empresas ajustando as formas de funcionamento, a queda das bolsas de valores, os cidadãos em casa e as igrejas vazias são algumas das realidades de países onde o Covid-19 chegou com toda força. Tudo está mesmo um caos, ou pode ser uma bênção disfarçada? É difícil acreditar que o sofrimento das famílias que perderam os entes queridos por causa do coronavírus possa ser didático. Porém, a Bíblia convida cada um a olhar os acontecimentos no mundo pelos óculos de Deus. Os acontecimentos são enxergados da perspectiva humana ou divina?
O pastor Huang Lei tem exercitado o desafio de perceber o agir de Deus através das mudanças. A igreja que ele lidera fica em Wuhan, local na China que foi o epicentro do surto da doença. Os cristãos locais foram obrigados a se reunirem apenas via internet. Quase todos os 50 grupos de discipulado continuam a funcionar on-line. Mas as reuniões que eram semanais agora são diárias. “Somos muito gratos por isso. E ouvimos dizer que nossos idosos e deficientes são gratos ao Senhor e ficam muito encorajados por essa oportunidade de reuniões on-line. Antes disso, eles se sentiam alienados, ficando em casa sozinhos, como se estivessem abandonados. Agora eles apreciam a conexão entre irmãos mais do que nunca”, testemunha.
Tempo de crescer nos relacionamentos
Os diáconos e demais líderes da igreja estavam atarefados com o trabalho e até atividades consideradas essenciais para o crescimento dos irmãos, por isso se reuniam uma vez ao mês. Mas a situação atual exige que estejam em contato, mesmo que virtual, por duas vezes na semana. “Eu acho que isso está nos aproximando mais do que nunca. Oramos, compartilhamos informações e tomamos decisões juntos. O vírus não pode nos parar”, revela o pastor Huang.
Na cidade, os pastores se reúnem duas vezes por semana para orar e compartilhar informações das igrejas que cuidam. Esse contato fez com que desejassem estar conectados com todos as lideranças das igrejas chinesas. Apesar da aproximação virtual e emocional, o aconselhamento pessoal ficou mais prejudicado. A maneira encontrada para sanar o problema é capacitar os diáconos e líderes dos grandes grupos. “Hoje em dia, costumo exortar e ministrar aos diáconos a cada dois dias, conversando com todos eles através de telefonemas e vídeo, para conhecer a situação deles e incentivá-los. Eles fazem o mesmo com a liderança dos grupos”, explica. Dessa forma, até os cristãos mais novos recebem apoio e pastoreio.
Todos os dias há pregações novas nas redes sociais e no site da igreja. “É como se tivéssemos o culto de domingo todos os dias, bem como a pregação. Os irmãos são muito encorajados por isso. Agora estamos pregando com um tema. Dependendo da situação da igreja, das necessidades dos irmãos e da situação da epidemia”, afirma. Os diáconos são incentivados a fazerem seus próprios vídeos de encorajamento espiritual e emocional aos irmãos. Logo, o surto do Covid-19 não reduziu os momentos de comunhão, até aumentou os períodos em que os cristãos perseguidos da China estão em contato para o fortalecimento uns dos outros. (Essa história continua.)
Pedidos de oração
  • Agradeça a Deus porque a igreja chinesa tem aprendido com as sanções para evitar a propagação do Covid-19. Peça que os cristãos sejam luz no país, mesmo em situações de crise.
  • Interceda pelas igrejas espalhadas pelo mundo, para que aprendam a confiar em Deus e agir de maneira responsável neste momento de crise.
  • Ore pelos países que não têm condições médicas para cuidar dos infectados. Peça que Deus guarde toda a população e manifeste o poder dele.
  • Clame para que os cientistas e médicos consigam encontrar uma maneira de tratar as pessoas contaminadas pelo coronavírus e prevenir a contaminação dos demais.
  • por Portas Abertas