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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Médico que ficou à beira da morte por contrair ebola volta à África para evangelizar


Ele chegou a ser considerado personalidade do ano de 2014 pela revista Times por ter lutado contra a doença mortal

Kent Brantly. (Foto: Reprodução / Facebook)


O médico cristão Kent Brantly atua como missionário na África, usando sua profissão para ajudar pessoas e tratar de vítimas do ebola.
Mas em 26 de julho de 2014 ele foi infectado pela doença durante um surto que até hoje assola parte daquele continente. Kent ficou entre a vida e a morte, mas não se afastou de Deus, continuou confiante em sua missão.
“Foram cinco anos de cura emocional, cura espiritual e crescimento”, disse Kent ao Southside Church of Christ em Fort Worth. “Acho que crescemos e fomos capacitados durante esses cinco anos de uma forma que não fomos antes de irmos para a Libéria”, completou.
Depois de recuperado, o médico missionário está voltando para a África, seguindo uma missão no Zâmbia acompanhado pelo seu primo, o médico Stephen Snell.
Casado com uma enfermeira e pai de duas crianças, de 8 e 10 anos, Kent se prepara para essa nova missão há um ano. “Nós gastamos tempo orando, jejuando e conversando sobre isso… E Deus realmente abriu as portas a cada passo do caminho”.
Kent faz parte do time da Samaritan’s Purse, por meio da Missão Médica Mundial, instituição cristã que está levando médicos para o Mukinge Mission Hospital, um local com 200 leitos localizado em uma área rural que faz fronteira com a República do Congo, região onde a contaminação por ebola continua grande.
De 2014 a 2016, o surto de Ebola na África Ocidental custou 11.325 vidas, segundo a Organização Mundial de Saúde. O médico não tem dúvidas que se recuperou por milagre. “Estou emocionado por estar vivo, estar bem e estar reunido com a minha família. … Deus salvou minha vida, uma resposta direta a milhares e milhares de orações”, relatou ele.
O norte-americano, depois de recuperado, se levantou como uma voz para alertar a todos sobre os perigos do ebola. Ele chegou a ser recebido pelo então presidente dos EUA Barack Obama e estampou uma capa da revista Time, como personalidade do ano de 2014 por ter lutado contra a doença mortal.
“Nos anos seguintes, depois de me recuperar, realmente tentamos usar a plataforma para pedir ajuda ao povo da África Ocidental e compartilhar a mensagem com toda a sociedade, mas particularmente com a igreja, a importância de escolher a compaixão no lugar do medo”, declarou.
por Redação Gospel Prime

Muro das Lamentações é vandalizado com pichação antissemita: “Massacrem os judeus”



Trecho vandalizado fica a 200 metros da Praça do Muro e faz parte de um bairro palestino na Cidade Velha de Jerusalém

Muro das Lamentações pichado. (Foto: Reprodução / Twitter

Uma parte do Muro das Lamentações, em Jerusalém, foi vandalizado com uma pichação escrita em árabe que diz: “Massacrem os judeus”. O local é o mais sagrado para o Judaísmo.
O vândalo escreveu a frase no último sábado (20) no chamado “Pequeno Muro das Lamentações”, a 200 metros ao sul da Praça do Muro, que fica na parte do Muro Ocidental pertencente um bairro muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém.
Uma mulher foi presa por suposta conexão com o crime. Seu nome e idade não foram revelados pelas autoridades locais, segundo informações do Jewish Telegraphic Agency.
A imagem da pichação foi compartilhada pelo Twitter da TV Israel First com a inscrição antissemita já coberta de tinta vermelha.
A frase foi borrada com tinta vermelha pelas autoridades israelenses:

Sunday 21st July 2019: Little Western Wall in Jerusalem vandalized with anti-semitic graffiti; Graffiti said "Slaughter the Jews" before it was covered over with red paint; Little Western Wall is of deep spiritual significance to Jews because of close proximity to Holy of Holies.
Ver imagem no Twitter

por Redação Gospel Prime 

Militantes do PT invadem igreja católica aos gritos de “Lula livre”



Ato não teve apoio de líderes da Igreja Católica.

Petistas gritam "Lula livre" em igreja católica. (Foto: Reprodução / Twitter)

Durante um evento no último domingo (21) na Igreja Matriz de Santo Antônio, um grupo de militantes do PT invadiu o local aos gritos de “Lula livre”. O ato de desrespeito foi filmado por pessoas presentes no local, algumas teriam sido hostilizadas.
A presença dos militantes foi durante o Festival de Inverno de Garanhuns, que desde 1991 é celebrado na igreja. Apesar de ter sido compartilhada como sendo uma “manifestação espontânea”, o ato não teve apoio dos líderes católicos.
O senador Humberto Costa (PT-PE) comemorou a manifestação, afirmando que tratava-se de uma missa. Ele chegou a compartilhar no Twitter um trecho do vídeo onde os gritos pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ecoaram no templo católico.
“Pense numa missa linda”, comemorou Humberto, que é um dos ferrenhos defensores de Lula, que foi preso por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
O senador constantemente aparece criticando as autoridades que condenaram o ex-presidente.
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Em nota, o bispo Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa esclareceu que no momento em que ouve o ato, a igreja estava sob responsabilidade da Secretaria de Cultura de Pernambuco. O ato petista, portanto, não ocorreu durante uma cerimônia religiosa.
“Causam-me espanto e surpresa que alguns cristãos sejam capazes de distorcer os fatos e espalhar calúnias”, escreveu o bispo.
“Não temos condições de controlar as possíveis manifestações do público, sejam de aplauso, repúdio ou de outro tipo. O pároco da catedral não teve nenhuma participação nos fatos. Nesse momento, a igreja estava entregue à Secretaria de Cultura de Pernambuco”, acrescentou, segundo O Antagonista.
por Michael Caceres ( Gospel Prime)

Cristão é considerado uma ameaça na Índia



Abishek confia em Jesus. Isso faz dele uma ameaça para seu país, segundo o movimento extremista hindu, RSS


Equipes de resposta rápida, como as que Abishek faz parte, podem fornecer ajuda emergencial e apoio direto após a perseguição na Índia (imagem representativa)
Equipes de resposta rápida, como as que Abishek faz parte, podem fornecer ajuda emergencial e apoio direto após a perseguição na Índia (imagem representativa)
Quando famílias cristãs são atacadas na Índia, Abishek*, parceiro local da Portas Abertas, está lá para ajudá-las. Ele visita cristãos indianos com o intuito de incentivá-los e também fornecer apoio prático ou assistência legal. Uma das famílias que Abishek ajudou, perdeu o pai, o chefe da casa. Em seu relato, ele diz: "Ele era um cristão forte. Costumava distribuir Bíblias, ajudar os novos convertidos e os pobres em sua região”.
Esse homem chamou a atenção dos naxalitas, um grupo de militantes comunistas que operam em diferentes partes da Índia. Sabe-se que os naxalitas matam os cristãos se forem instigados ou subornados. “Às 4 da manhã, os extremistas vieram da selva e levaram esse homem de casa. Eles o levaram para a selva e atiraram nele. Foi terrível de ver. Um assassinato tão hediondo, tão brutal. Mataram este homem de Deus”, revela Abishek.
Como a família sofria pelo pai, suas próprias vidas ainda estavam em risco. Os naxalitas ameaçaram matar a família - a esposa Jenita* e três filhos pequenos - se fossem à polícia para relatar o ocorrido. Mas, graças às doações e orações dos apoiadores da Portas Abertas, Abishek foi capaz de ajudar a família a se mudar para um lar mais seguro. Ele lhes deu comida e continuará a apoiá-los. 
Por meio do trabalho de Abishek, a Portas Abertas conseguiu confortar e encorajar a família, além de fornecer a consciência de que não estão sozinhos ou esquecidos. Abishek frequentemente oferece uma resposta rápida a emergências como essa, quando os cristãos são atacados por sua fé. Ele diz: “Quando a casa deles é queimada, nós os ajudamos. Se foram agredidos, então os levamos para o hospital e oferecemos um bom tratamento. Se foram expulsos de sua aldeia ou de sua casa, então lhes damos abrigo, levando-os para outra aldeia, para que possam estar seguros lá”.
Abishek também diz que o conforto e o cuidado que ele e outros parceiros locais da Portas Abertas são capazes de trazer a cristãos perseguidos pessoalmente são vitais. “Nós os encorajamos, consolamos, estamos com eles ombro a ombro e compartilhamos suas tristezas. Estamos com eles.”
Equipes de resposta rápida, como as que Abishek faz parte, podem fornecer ajuda emergencial e apoio direto após a perseguição. Os ataques contra os irmãos na Índia estão aumentando: nos primeiros três meses de 2018, mais casos de perseguição aos cristãos foram registrados do que durante todo o ano de 2014 ou 2015. Agora, em 2019, novos ataques violentos já são contabilizados. Em resposta, a Portas Abertas está dobrando seu impacto na Índia por meio de nossos parceiros locais, envolva-se com nossa Campanha Global Índia
 *Nomes alterados por segurança.

Pedidos de oração
  • Clame a Deus em favor de Abishek, que ele e outros parceiros locais da Portas Abertas na Índia continuem sendo protegidos.
  • Interceda pela igreja na Índia. Abishek afirma que “se não socorrermos os irmãos indianos agora, a igreja pode não sobreviver”.
  • Peça para que os grupos extremistas hinduístas e naxalitas sejam alcançados pelo amor de Jesus, e se convertam ao evangelho da paz.
  • por Portas Abertas

Ateu veterano da guerra no Afeganistão tentou suicídio, mas foi salvo milagrosamente



Ele foi encaminhado para um programa cristão que ajuda veteranos a superarem os traumas deixados pelos combates

Bryan Flanery. (Foto: Reprodução)

Quando Bryan Flanery voltou da guerra do Afeganistão ele trouxe consigo todas as cicatrizes físicas e emocionais que seu trabalho como soldado provoca e, por conta do sofrimento, ele tentou se matar.
“Em um quartel, engoli dois comprimidos e sentei na cama, rindo e sorrindo pela primeira vez em dois anos, porque sabia que tudo estava quase acabando”, declarou ele que era ateu.
Flanery testemunhou ao Pure Talk, da rede de streaming PureFlix, que depois que ele tomou os remédios, um soldado entrou no quarto para chamá-lo pra jogar videogame e o encontrou desfalecendo e o socorreu.
“Ele salvou minha vida”, revelou o ex-combatente. Ele foi levado para o programa Reboot Alliance, que trata veteranos e suas famílias para curá-los de todos os traumas que a guerra traz e isso o aproximou de Deus.
“Minha vida mudou para sempre”, declarou Flanery sobre sua experiência na Reboot. O programa de assistência emocional e espiritual para veteranos da guerra recebe doações de empresas como a PureFlix.
por Redação Gospel Prime

Como os sauditas encontram Cristo?



Arábia Saudita ocupa a 15ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, e o principal tipo de perseguição enfrentado pelos cristãos é a opressão islâmica


Mesmo em um país tão restrito ao evangelho, Deus tem chamado homens e mulheres para viverem a verdadeira fé em Cristo
Mesmo em um país tão restrito ao evangelho, Deus tem chamado homens e mulheres para viverem a verdadeira fé em Cristo
Não há limites que Deus não possa cruzar. Na escuridão da Arábia Saudita, o coração do islã, Jesus está chamando homens e mulheres para segui-lo. Mas, a igreja local está lutando. Conheça, agora, a história de três cristãos sauditas e sua jornada com Cristo.
Omar*: Omar é um pensador. Seus primeiros passos em direção ao cristianismo foram feitos lendo livros e fazendo pesquisas. Mas, ele realmente entregou seu coração ao Senhor depois de passar um tempo com uma família cristã no exterior. O pai da família que visitava ajudou Omar com livros a respeito de Deus e levantava discussões sobre o tema. Lentamente Omar abriu os olhos para a verdade, até que entregou totalmente sua vida ao Senhor. De volta para casa, ele compartilhou sua fé com sua família, mas todos rejeitaram sua nova fé e romperam todo contato com ele.
Omar se casou, teve filhos e buscou ser um bom cristão. Mas, Omar lutou, principalmente com sua nova família: ele viu as crianças sendo doutrinadas com o ensino islâmico em sua escola, e a esposa de Omar, que ainda é muçulmana, não queria nem ouvir falar de Cristo na Arábia Saudita, ela achava perigoso demais não ser um muçulmano no país. Com dor em seu coração, Omar decidiu não usar seus talentos na igreja saudita, mas levar sua família para o exterior e crescer em Cristo lá.
Maryam*: Esta jovem veio a Cristo através da mídia e, logo depois, começou a escrever poemas e canções sobre sua nova fé e compartilhá-los com os cristãos de todo o mundo. Durante anos, ela vivenciou sua fé apaixonada mantendo contato com outras pessoas on-line. Então, chegou a idade de Maryam se casar e os pretendentes começaram a aparecer, mas todos muçulmanos. Maryam quer se casar com um cristão. 
É incrivelmente difícil encontrar um esposo cristão quando você é um cristão secreto. Então, quando o terceiro pretendente muçulmano se apresentou, ela não pôde negar sua oferta sem envergonhar sua família. Ela aceitou e ficou em contato com os cristãos até o momento em que se vestiu para o casamento. Então proibiu seus amigos cristãos de contatá-la com outras mensagens que não fossem superficiais. Afinal, se o marido descobrisse, ela estaria em apuros. O que aconteceu com a fé de Maryam é incerto. Se ela ainda é cristã, está em total isolamento. O mais provável é que ela não possa contar a seus filhos sobre sua fé.
Abdul*: Com Abdul, foram sonhos e visões que o fizeram chegar a Cristo. Várias vezes ele sonhou estar diante de um enorme trono. Cada sonho aproximou-o da pessoa no trono, até que descobriu a divindade de Cristo ali. Não muito depois, ele foi batizado. 
Abdul encontrou uma igreja e, junto com outros três homens, se reúne regularmente para ter comunhão e estudo da Bíblia. Os quatro cristãos têm diferentes estilos e necessidades. É uma igreja frágil. Mas é uma igreja.

*Nomes alterados por segurança.

Pedidos de oração
  • Interceda por Omar, Maryam e Abdul, para que eles se mantenham firmes em Cristo, mesmo diante da perseguição em seu país.
  • Peça que os cristãos sauditas encontrem formas de compartilhar a verdade com os membros da família, e que seus familiares encontrem o amor de Jesus.
  • Na Arábia Saudita, conversões são passíveis de morte. Clame a Deus para que os muçulmanos sauditas conheçam a Jesus.
  • por Portas Abertas

Arqueólogos dizem ter achado local onde o apóstolo Pedro nasceu

Local onde Pedro nasceu. (Foto: Menahem Kahana / AFP)

Arqueólogos israelenses anunciaram ter encontrado uma igreja na região da Galileia e que ela teria sido erguida no local da antiga casa dos apóstolos Pedro e André. A igreja foi encontrada em El Araj, situado entre os locais bíblicos de Cafarnaum e Kursi.
O anúncio da descoberta foi feito na semana passada por Mordechai Aviam, líder das escavações arqueológicas onde a igreja foi encontrada. A região seria um dos locais mais importantes entre as narrativas do Novo Testamento.
Segundo Aviam, o local era antigamente conhecido como Betsaida, uma vila de pescadores onde Pedro e seu irmão André, ambos escolhidos como discípulos de Jesus Cristo, teriam nascido. Pedro é considerado o primeiro líder da Igreja.
O discípulo tornou-se um dos três mais íntimos de Jesus Cristo, juntamente com Tiago e João. Ele também viveu as maiores experiências ao lado do Mestre, tendo testemunhado grandes milagres, entre eles a transformação de seu temperamento.
A igreja descoberta corresponde a uma descrição do arcebispo Willibald, sobre uma viagem que fez a Betsaida no ano 725. Ele afirma que no local de nascimento de Pedro e André havia sido construída uma igreja.
“Entre Cafarnaum e Kursi, há apenas um lugar que esse visitante do século VIII descreve como igreja”, explica Aviam, segundo a Agência France Presse. “E descobrimos esta igreja”, completou.
O pesquisador afirma que o que foi descoberto é apenas um terço da igreja, mas não há dúvida de que se trata de um local religioso cristão. Ele afirma que toda a estrutura e construção do local apontam para o período bizantino.
“A estrutura é a de uma igreja, as datas (de construção) são do período bizantino, os mosaicos no chão são típicos do período”, disse ainda.
Nas escavações também foram descobertos vestígios de uma aldeia romana, com “cerâmica, moedas, argila dura e característica de casas judias do primeiro século”, explicou o arqueólogo.
As pesquisas no local iniciaram há 2 anos e ainda existe muito o que avançar, segundo o professor americano R. Steven Notley, que acredita que antes de estabelecer certeza sobre o local, é preciso explorar mais os achados.
“Encontrar uma inscrição descrevendo em memória de quem (a igreja) foi construída seria uma boa maneira de se ter certeza”, declarou Notley ao jornal israelense “Haaretz”.

por Michael Caceres ( Gospel Prime)

Israel explode prédio com hackers para impedir ciberataque



Prédio abrigava grupo responsável por desestabilizar a rede cibernética do país



Segundo informações divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) um ciberataque foi neutralizado com sucesso ao explodirem o prédio onde os hackers ligados ao grupo terrorista Hamas estavam abrigados. O prédio foi identificado na Faixa de Gaza e explodido com uso de drones.
O momento do ataque foi filmado e o vídeo divulgado através do Twitter pela própria IDF, que anunciaram que o prédio atacado estava sendo usado para desestabilizar a rede cibernética de Israel. Uma equipe de hackers estaria atuando dentro do prédio no momento do ataque.
“Nós frustramos uma tentativa de ataque cibernético do Hamas contra alvos israelenses. Após nossa operação de defesa bem-sucedida, atacamos um prédio onde os agentes do Hamas trabalham. O HamasCyberHQ.exe foi removido”, escreveu a IDF no Twitter.
Os constantes ataques do grupo terrorista Hamas contra o território israelense, deixando pelo menos 4 civis mortos e mais de 100 feridos. A ofensiva da IDF resultou na morte de Hamed Ahmed Abed Khudri, homem que, segundo Israel, financiava os ataques de mísseis realizados pelo Hamas através de dinheiro enviado a partir do Irã.
por Michael Caceres (Gospel Prime)

Estado Islâmico: grupo radical controla áreas do Iraque e Síria



Eles impõem sua visão extrema do islamismo a todos os que moram em seu território e são conhecidos por sua violência


Cristã refugiada que precisou fugir de sua casa no Iraque após a violência causada por combatentes do Estado Islâmico
Cristã refugiada que precisou fugir de sua casa no Iraque após a violência causada por combatentes do Estado Islâmico
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) surgiu no cenário internacional em 2014, quando tomou várias áreas de território na Síria e Iraque. Ele se tornou notório por sua brutalidade, que inclui mortes em massa, sequestros e decapitações. Embora o grupo tenha apoio em outras partes do mundo muçulmano, uma coalizão, liderada pelos Estados Unidos, se comprometeu a destruí-lo.
O que o EI quer?Em junho de 2014, o grupo declarou formalmente o estabelecimento de um califado – um estado governado de acordo com a lei islâmica, sharia, por um representante de deus na terra, ou seja, o califa. Isso exige que muçulmanos de todo o mundo jurem fidelidade ao seu líder – Ibrahim Awad Ibrahim al-Badri al-Samarrai, mais conhecido como Abu Bakr al-Baghdadi – e migrem para territórios sob seu controle.
O EI também disse a outros grupos jihadistas que deveriam aceitar sua autoridade suprema. O grupo busca erradicar obstáculos para restaurar a lei de deus na Terra e defender a comunidade muçulmana mundial contra infiéis e apóstatas. O grupo optou por um confronto direto com a coalizão liderada pelos Estados Unidos, vendo isso como o prenúncio de um confronto dos finais dos tempos entre muçulmanos e seus inimigos, descrito no islamismo como profecias apocalípticas.
Quais são suas origens?
Em 2004, um ano após a invasão americana no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, um jordaniano, prometeu aliar-se a Osama Bin Laden e formar a al-Qaeda no Iraque (AQI), que se tornaria uma grande força de insurgência. Após a morte de Zarqawi, em 2006, a AQI criou uma organização central, o Estado Islâmico no Iraque (ISI, da sigla em inglês). Porém, o ISI foi enfraquecendo continuamente por conta do aumento repentino das tropas americanas e a criação da Sahwa, um conselho de indígenas árabes sunitas que rejeitavam sua brutalidade.
Islâmicos mostrando seu apoio ao grupo Estado Islâmico após a tomada de Mossul (foto: AP)

O líder do grupo, Baghdadi, que já tinha sido detido pelos Estados Unidos, assumiu essa posição em 2010 e começou a reconstruir as capacidades do ISI. Em 2013, o grupo realizou novamente dezenas de ataques, em um mês, no Iraque. O grupo também se uniu a rebeldes que lutavam contra o presidente Bashar al-Assad, na Síria, estabelecendo então a Frente Al-Nusra. Em abril do mesmo ano, Baghdadi anunciou uma junção de forças no Iraque e Síria, criando o “Estado Islâmico do Iraque e do Levante” (ISIS, da sigla em inglês). Os líderes da Al-Nusra e da Al-Qaeda rejeitaram o movimento, mas combatentes leais a Baghdadi se separaram da Al-Nusra e ajudaram o ISIS a permanecer na Síria.
No fim de dezembro de 2013, o ISIS mudou seu foco de volta ao Iraque e explorou um impasse político entre o governo xiita e a comunidade minoritária sunita. Auxiliado por tribais e antigos seguidores de Saddam Hussein, o ISIS tomou o controle da cidade central de Faluja. Em junho de 2014, o ISIS invadiu o nordeste da cidade de Mossul e avançou para o sul, em direção a Bagdá, massacrando seus adversários e ameaçando erradicar minorias étnicas e religiosas do país. No final do mesmo mês, após consolidar seu domínio sobre dezenas de cidades, o ISIS declarou a criação de um califado e mudou seu nome para Estado Islâmico.
Quanto do território do Iraque e Síria o EI controla?Em setembro de 2014, o então diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo dos Estados Unidos (NCTC, da sigla em inglês), Matthew Olsen, disse que o EI controlava boa parte da bacia do rio Tigre-Eufrates – uma área similar ao tamanho do Reino Unido ou cerca de 210 mil km².
Um ano depois, o departamento de defesa dos Estados Unidos declarou que as linhas de frente, em parte do nordeste e centro do Iraque e nordeste da Síria, tinham diminuído significativamente por conta das operações de solo e ataques aéreos da coalizão liderada pelos americanos. O EI não pode mais operar livremente em aproximadamente 20 a 25% das áreas habitadas no Iraque e Síria.
Situação de algumas casas e ruas em Bartella, no Iraque, totalmente danificadas ou destruídas por causa dos combates com o Estado Islâmico

O departamento de defesa estima que o EI tem perdido cerca de 15 a 20 mil km² de território no Iraque, ou seja, cerca de 30 a 37% do que controlava em agosto de 2014, e de 2 a 4 mil km² na Síria, o que corresponde a cerca de 5 a 10%. Apesar disso, o grupo conquistou novos territórios de valor estratégico no mesmo período, incluindo a cidade de Ramadi, na província de Ambar, no Iraque, e Palmira, na província de Homs, na Síria.
Analistas também notaram que os números americanos não refletem necessariamente a situação na região. Na realidade, militantes do EI exercem controle completo apenas sobre uma pequena parte do território, que inclui cidades, rodovias principais e instalações militares. Eles usufruem de liberdade de movimento nas grandes áreas inabitadas, o que o Instituto para o Estudo da Guerra chama de “zonas de controle”.
Também não é inteiramente claro como as pessoas vivem sob controle total ou parcial do EI na Síria e Iraque. Dentro dessas áreas, mulheres são forçadas a se cobrir totalmente, as decapitações públicas são comuns e os não muçulmanos são forçados a escolher entre pagar uma taxa especial, se converter ou morrer.
Quantos combatentes ele tem?Em fevereiro de 2015, o Diretor de Inteligência Nacional americano, James Clapper, disse que o EI reunia “algo em torno de 20 a 32 mil combatentes” no Iraque e Síria. Mas observou que há “atrito substancial” em suas hierarquias desde que os ataques aéreos liderados pelos norte-americanos começaram, em agosto de 2014. Em junho de 2015, o então vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que mais de 10 mil combatentes foram mortos.
Para ajudar a reduzir a perda de homens, o EI passou a recrutar em algumas áreas. O historiador iraquiano, Hisham al-Hashimi, acredita que apenas 30% dos combatentes do grupo são “idealistas”, o restante se une ao grupo por medo ou coerção. Um número significativo de combatentes do EI não são iraquianos nem sírios. Em outubro de 2015, o então diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, Nicholas Rasmussen, disse ao Congresso dos Estados Unidos que o grupo atraiu mais de 28 mil combatentes estrangeiros. Desses, há pelo menos 5 mil ocidentais, sendo que aproximadamente 250 deles são americanos.
Estudos do Centro Internacional para Estudo da Radicalização e Violência Política (ICSR, da sigla em inglês), com base em Londres, e do Grupo Soufan, com base em Nova Iorque, sugerem que enquanto cerca de um quarto dos combatentes estrangeiros são do Ocidente, a maioria é de países árabes próximos, como Tunísia, Arábia Saudita, Jordânia e Marrocos.
Quais os alvos do EI fora do Iraque e Síria?No final de 2015, o EI começou a reivindicar ataques fora de seu território. Um afiliado egípcio, o grupo Província do Sinai, disse ter derrubado um avião comercial russo na península do Sinai, matando 228 pessoas a bordo. Eles não deram detalhes, mas Reino Unido e Estados Unidos disseram ser provável que uma bomba causou a queda – podendo estar ou não ligada ao EI.
O EI também reivindicou duas explosões na capital libanesa, Beirute, que mataram ao menos 41 pessoas. Em 13 de novembro do mesmo ano, pelo menos 128 pessoas foram mortas em uma onda de ataques ao redor de Paris. O EI disse estar por trás da violência.
Quais armas o EI tem?Os combatentes do EI têm acesso, e são capazes de usar, uma ampla variedade de armas leves e pesadas, incluindo caminhões com metralhadoras montadas, lançadores de mísseis, armas antiaéreas e sistemas de mísseis portáteis. Eles também capturaram tanques e veículos blindados dos exércitos sírio e iraquiano. Entre os veículos do exército iraquiano estão utilitários militares blindados e caminhões à prova de bomba, originalmente produzidos para o exército norte-americano. Alguns estão cheios de explosivos e são usados para efeito devastador em ataques suicidas.
Tanques e veículos dos exércitos sírio e iraquiano são tomados pelo grupo Estado Islâmico (foto: AP)

Acredita-se que o grupo possua uma cadeia de abastecimento flexível que garante um constante abastecimento de munição e armas leves para seus combatentes. Seu poder de fogo considerável os ajudou a invadir posições do exército curdo, no nordeste do Iraque, em agosto de 2014, e do exército iraquiano em Ramadi, em maio de 2015.
De onde vem o dinheiro do EI?Acredita-se que o grupo militante é o mais rico do mundo. Inicialmente, recebia recursos de grandes doadores e caridades islâmicas do Oriente Médio, interessados em destituir o presidente Assad, da Síria. Apesar do dinheiro continuar sendo usado para financiar viagens de combatentes estrangeiros para a Síria e Iraque, o grupo agora se autofinancia.
O Tesouro americano estima que em 2014, o EI pode ter conquistado milhares de dólares por semana, chegando a 100 milhões de dólares no total, da venda de petróleo e produtos refinados para intermediários locais, que por sua vez contrabandeiam para a Turquia e Irã ou vendem para o governo sírio. Mas, ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos a estruturas relacionadas ao petróleo foram considerados responsáveis pela diminuição de tal rendimento.
Sequestros também geraram ao menos 20 milhões de dólares em pagamentos de resgate em 2014. Além disso, o EI arrecada milhões de dólares por mês por meio da exportação de pessoas que vivem em áreas sob seu controle total ou parcial, de acordo com o Tesouro norte-americano. Acredita-se que o grupo também arrecade milhões de dólares por mês roubando, saqueando e extorquindo. Pagamentos ainda são obtidos daqueles que transitam, conduzem negócios ou simplesmente vivem em território do EI.
Minorias religiosas são forçadas a pagar taxas especiais. O EI também lucra com assaltos a banco, venda de antiguidades, roubos e controle da venda de gado e produtos agrícolas. Já meninas e mulheres sequestradas são vendidas como escravas sexuais.
Por que suas táticas são brutais?Membros do EI são jihadistas que aderiram a uma interpretação extrema do islamismo sunita e se consideram os únicos e verdadeiros fiéis. Eles acreditam que o resto do mundo é feito de infiéis que buscam destruir o islamismo, o que justifica os ataques contra outros muçulmanos e não muçulmanos. Decapitações, crucificações e tiroteios em massa têm sido usados para aterrorizar seus inimigos. Membros do EI justificam tais atrocidades citando o Alcorão e o Hádice, um conjunto de leis, lendas e histórias sobre a vida de Maomé.
Como vivem os cristãos no Iraque e Síria?O EI é conhecido por ter como alvo minorias religiosas, sendo responsável por sequestros e mortes. Apesar do grupo ter perdido território no Iraque, a ideologia do EI continua viva e não limitada a um espaço geográfico. Em um esforço para provar que continua relevante, o EI continua executando e inspirando ataques no Ocidente e Oriente Médio. Enquanto isso, milhares de militantes fugitivos “desapareceram” em meio à população civil da Planície do Nínive, o que aumenta o sentimento de insegurança para minorias religiosas, como os cristãos.
Meghrik (pseudônimo) é um cristão sírio de Alepo que foi sequestrado pelo Estado Islâmico

Participe da reconstrução do IraqueMuitos líderes de igrejas dizem que viver sob o terror do EI e ser expulso de suas casas foi a pior perseguição que a igreja na região já experimentou. A derrota do EI deve trazer uma melhora na situação dos cristãos no Iraque. O risco é que como agora o grupo é considerado derrotado no país, a perseguição aos cristãos será ignorada ou classificada como questão secundária. Agora, muitos deles já voltaram para suas cidades, no entanto, ainda há muito a fazer. Ao doar para este projeto, você possibilita a reconstrução de casas e igrejas no Iraque.
Ajude os cristãos sírios a se levantaremNa Síria, autoridades governamentais restringem as atividades de cristãos evangélicos para prevenir que haja instabilidade. Eles são, muitas vezes, interrogados e monitorados. Discursos de ódio contra cristãos por líderes islâmicos ocorrem, mas não são permitidos em áreas controladas pelo governo. Para apoiar os cristãos perseguidos na Síria, a Portas Abertas desenvolve vários tipos de projetos, como reconstrução de casas e igrejas, reabertura de escolas e bibliotecas e microcrédito. No entanto, ainda há uma grande necessidade de ajuda emergencial e distribuição de cestas básicas. Através de parceiros locais, inclusive nos Centros de Esperança, a Portas Abertas distribui alimentos para 15 mil pessoas na Síria. Sua doação possibilita que, em um mês, três cristãos recebam cestas básicas.

por Portas Abertas