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sexta-feira, 29 de março de 2019

Brunei adotará a sharia a partir de 3 de abril


Fase mais severa da lei islâmica entrará em vigor no país, que já implementou a primeira fase da lei em 2014
Brunei adotará a sharia a partir de 3 de abril O nome do sultão de Brunei está escrito nesse monumento, com uma oração para que Alá o salve
A sharia (conjunto de leis islâmicas) deve vigorar em Brunei a partir do dia 3 de abril. Com a nova lei, o judiciário pode executar julgamentos criminais islâmicos, como por exemplo, apedrejar até a morte adúlteros e LGBTs ou amputar os membros de ladrões. A primeira fase da sharia foi implementada em Brunei em 2014 e passou a vigorar em 1 de maio daquele ano. Ela cobre ofensas gerais, como desrespeito ao mês do Ramadã e propagação de outras religiões além do islamismo, que são punidas com multas ou prisões.
Depois disso, a implementação da segunda e terceira fases, que preveem punições mais duras para crimes sérios, foi adiada muitas vezes. O governo alegava que ainda não tinha finalizado o Código de Processo Penal (CPC, da sigla em inglês). Como resultado, notícias locais informaram que o sultão de Brunei estava muito descontente e nervoso com o atraso. Assim, no começo de 2018, ele rearranjou seus ministros e nomeou novas pessoas para seu gabinete. O CPC e outros Procedimentos de Operação Padrão foram concluídos e aprovados.
A introdução da sharia, em 2014, despertou críticas da mídia internacional ao país e ao sultão. Mas desta vez, a mídia recebeu a informação da implementação da lei somente uma semana antes de ela passar a vigorar. O fundador do grupo de direitos humanos The Brunei Project, Matthew Woolfe, disse à ABC News Australia: “Nos pegou de surpresa o governo ter dado uma data e correr para implementar a lei. Estamos tentando fazer pressão no governo de Brunei, mas sabemos que há pouco tempo até a lei entrar em vigor”.
Pedidos de oração
  • Ore pelo povo de Brunei, inclusive cristãos, que serão submetidos a essa lei. Peça a Deus que a igreja não se amedronte, mas que seja ousada no poder do Senhor.
  • Interceda pela salvação do sultão de Brunei e para que a lei seja revertida.
  • Clame por sabedoria e força para a Igreja Perseguida de Brunei, país que ocupa a 36ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019.
  • Por Portas Abertas

O poder do alto contra as hostes da maldade



Mãos em forma de prece. (Photo by Amaury Gutierrez)
Mãos em forma de prece

A Lição de hoje está baseada no trabalho missionário do diácono Filipe e dos apóstolos Pedro e João na região de Samaria, após a perseguição que dispersou muitos crentes de Jerusalém (Atos 8). Ali vemos desmoronarem pelo poder do Espírito muros de separação racial e religiosa, vemos a atuação demoníaca sofrer recuo, e ainda setas de ganancia provenientes de satanás sendo jogadas ao chão! O trabalho dos apóstolos ensina aos crentes neófitos de Samaria que não só a salvação como também o poder do Espírito Santo são obras da graça de Deus. Não se compra, nem se vende, se recebe pela fé! Não para promoção pessoal, mas para exaltação do nome de Cristo!

I. O contexto histórico de Samaria

1. Cidade e província de Samaria

O nome Samaria pode referir-se tanto a cidade como à região, província ou território dos samaritanos. Como cidade, fora a antiga capital do Reino Norte, após a divisão de Israel em dois reinos (a capital do Reino Sul fora Jerusalém). Como região, na época de Jesus, Samaria era uma das três províncias em que a Palestina a oeste do rio Jordão estava dividida (as outras duas eram Galiléia e Judéia)
Situada entre a Galileia e a Judéia, Samaria era a rota natural entre essas províncias. Mas, por causa dos casamentos mistos entre judeus e estrangeiros, os judeus ortodoxos não se davam com os samaritanos (Jo 4.9), e preferiam viajar para leste, cruzando o rio Jordão, a passar pelas terras de Samaria.
Afim de quebrar esse paradigma de preconceito racial, o texto bíblico destaca sobre Jesus que “era-lhe necessário passar por Samaria” (Jo 4.4). É necessário quebrarmos as discriminações pelo poder do evangelho da paz (Ef 6.15), isto é, o evangelho do amor de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16) e da reconciliação que Ele está a fazer por meio de seu Filho Jesus! (2Co 5.19).

2. Características dos samaritanos

a) Povo misto

Após a queda do Reino Norte (Israel), em 722 a.C., a cidade de Samaria foi habitada por colonos trazidos pelos assírios. Esses colonos se casaram com os judeus remanescentes, e os samaritanos eram os descendentes nascidos desses casamentos mistos. A partir daí surge grande inimizade entre os judeus ortodoxos (considerados “puros”) e os israelitas mistos, isto é, fruto de casamento entre israelitas e estrangeiros.
Tal rivalidade se pode perceber nos casos da reconstrução do templo, após o exílio babilônico, nos dias de Zorobabel, quando os samaritanos tentaram impedir a conclusão da obra (Ed 4.1-10), ou quando os samaritanos junto com os árabes tentaram embargar a reconstrução do muro de Jerusalém nos dias de Neemias (Ne 2.10-6.14). O sacerdote e escriba Esdras, em seu zelo pela pureza racial, pressionou todos os homens israelitas que se tinham casado durante o cativeiro a se divorciarem de suas esposas pagãs (Ed 10.18-44).

b) Religião própria

Os samaritanos rejeitavam todo o Antigo Testamento, à exceção do Pentateuco, os cinco livros de Moisés, reunidos no que se chama atualmente de Pentateuco Samaritano, que, segundo Esequias Soares [1], possui cerca de 6 mil variantes em relação ao Pentateuco Hebraico. Além disso, construíram um templo no monte Gerizim que rivalizava com o templo judeu em Jerusalém.

c) Sincretismo

Assim como os judeus, samaritanos também por vezes envolviam-se em práticas idólatras, embora a politeísmo não seja a doutrina dos samaritanos, como também não é dos judeus. O judaísmo nunca os considerou idólatras. Na verdade, os samaritanos eram extremamente monoteístas, sendo ainda mais rigorosos que os judeus na observância da lei de Moisés, especialmente quanto ao sábado. Todavia, seu grande problema era o sincretismo, isto é, a mescla de crenças ou práticas não-ortodoxas e até pagãs com os ensinos do Pentateuco mosaico. A fácil sedução dos samaritanos pelas artes mágicas de Simão, demonstram esse caráter sincrético de sua fé.

d) Conduta moral

O historiador judeu Flávio Josefo indica que os samaritanos também eram oportunistas. Quando os judeus gozavam de prosperidade, os samaritanos rapidamente procuravam reconhecer seus laços de sangue. Mas, quando os judeus enfrentavam tempos difíceis, os samaritanos negavam qualquer parentesco, declarando que eram descendentes de imigrantes assírios [2].

e) Atualidade

Segundo o Dicionário Ilustrado da Bíblia [3], dois pequenos grupos de samaritanos sobrevivem até os dias de hoje: um em Neblus (antiga Siquém) e o outro em Tel Aviv. Os samaritanos remanescentes retiveram sua crença monoteísta: Deus como o único Criador e Sustentador de todas as coisas. Eles também o adoram em três festas prescritas no Pentateuco: Páscoa, Pentecostes e Cabanas (ou Tabernáculos), além da comemoração solene do Dia da Expiação. Sua fé, porém, sofreu influência do Islamismo e de outras crenças (vê-se assim que o sincretismo persiste entre os samaritanos), ao contrário da comunidade judaica ortodoxa. Até o dia de hoje, eles sacrificam um ou mais cordeiros no monte Gerizim, durante a festa da Páscoa.

II. O evangelho entre os samaritanos

1. Jesus e os samaritanos

Apesar das primeiras proibições de Jesus para que os discípulos evitassem o território dos samaritanos (Mt 10.5,6), isso de modo algum significava que Jesus estava compactuando com a rixa histórica entre judeus e samaritanos, antes estava apenas estabelecendo as prioridades missionárias. As “ovelhas perdidas da casa de Israel” deviam ser buscadas primeiro, mas sem negar a oferta da graça a quaisquer pessoas que necessitasse e viessem em busca dela. Deus amou o mundo inteiro (Jo 3.16; 1Jo 2.2), o que inclui também o povo samaritano.
Jesus demonstra apreço pelos samaritanos nalgumas ocasiões muito conhecidas do evangelho de Lucas, que, diga-se de passagem, deu bastante ênfase à obra de Deus entre os samaritanos, mais que qualquer outro autor do Novo Testamento. Terá sido pelo fato de Lucas, um escritor estrangeiro (gentio), ter tido maior empatia pelos estrangeiros, por ter ele mesmo sentido na pele a força desse amor divino que é suprarracial? Vejamos alguns desses casos do amor de Cristo pelos samaritanos.
a) Quando na parábola do “bom samaritano”, usa a compaixão de um samaritano como exemplo de amor ao próximo para os judeus (Lc 10.30-37);
b) Quando enaltece a atitude de gratidão de um ex-leproso que fora curado (Lc 17.11-19);
c) Quando repreende seus apóstolos Tiago e João que queriam pedir fogo do céu para destruir um vilarejo samaritano que não se mostrou hospitaleiro (Lc 9.52-56);
d) Quando assegura a inclusão de Samaria, tanto quanto Jerusalém e toda a Judéia, no programa missionário da igreja aviva pelo poder do Espírito (At 1.8). Lembremo-nos que o livro de Atos dos Apóstolos é também da autoria de Lucas (Lc 1.1; At 1.1)
Temos também no evangelho de João (cap. 4) um detalhado relato do encontro de Jesus com a mulher samaritana. Ali, muitos preconceitos sociais foram derrubados pela misericórdia do Senhor: preconceito sexista – Jesus conversa com uma mulher; preconceito racial – Jesus conversa com uma samaritana; preconceito religioso – Jesus, um judeu, instrui uma mulher samaritana e lhe explica verdades teológicas que ela nunca dantes compreendera. Não só a mulher creu que Jesus era o Cristo (Jo 4.29), como ainda tornou-se a primeira crente evangelizadora daquela região, quando voltou à sua cidade e convidou os homens dali para virem conhecer Jesus. Estes por sua vez, após verem e ouvirem Jesus, e ainda lhe concederem estadia de dois dias (v. 40), “creram nele, por causa da sua palavra” (v. 41). Eles mesmos testemunharam o caráter suprarracial da salvação, quando afirmaram: “sabemos que este é verdadeiramente o Cristo [isto é, o Messias – v. 25], o Salvador do mundo”(v. 42).
A Lição de hoje está baseada no trabalho missionário do diácono Filipe e dos apóstolos Pedro e João na região de Samaria, após a perseguição que dispersou muitos crentes de Jerusalém (Atos 8). Ali vemos desmoronarem pelo poder do Espírito muros de separação racial e religiosa, vemos a atuação demoníaca sofrer recuo, e ainda setas de ganancia provenientes de satanás sendo jogadas ao chão! O trabalho dos apóstolos ensina aos crentes neófitos de Samaria que não só a salvação como também o poder do Espírito Santo são obras da graça de Deus. Não se compra, nem se vende, se recebe pela fé! Não para promoção pessoal, mas para exaltação do nome de Cristo!

I. O contexto histórico de Samaria

1. Cidade e província de Samaria

O nome Samaria pode referir-se tanto a cidade como à região, província ou território dos samaritanos. Como cidade, fora a antiga capital do Reino Norte, após a divisão de Israel em dois reinos (a capital do Reino Sul fora Jerusalém). Como região, na época de Jesus, Samaria era uma das três províncias em que a Palestina a oeste do rio Jordão estava dividida (as outras duas eram Galiléia e Judéia)
Situada entre a Galileia e a Judéia, Samaria era a rota natural entre essas províncias. Mas, por causa dos casamentos mistos entre judeus e estrangeiros, os judeus ortodoxos não se davam com os samaritanos (Jo 4.9), e preferiam viajar para leste, cruzando o rio Jordão, a passar pelas terras de Samaria.
Afim de quebrar esse paradigma de preconceito racial, o texto bíblico destaca sobre Jesus que “era-lhe necessário passar por Samaria” (Jo 4.4). É necessário quebrarmos as discriminações pelo poder do evangelho da paz (Ef 6.15), isto é, o evangelho do amor de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16) e da reconciliação que Ele está a fazer por meio de seu Filho Jesus! (2Co 5.19).

2. Características dos samaritanos

a) Povo misto

Após a queda do Reino Norte (Israel), em 722 a.C., a cidade de Samaria foi habitada por colonos trazidos pelos assírios. Esses colonos se casaram com os judeus remanescentes, e os samaritanos eram os descendentes nascidos desses casamentos mistos. A partir daí surge grande inimizade entre os judeus ortodoxos (considerados “puros”) e os israelitas mistos, isto é, fruto de casamento entre israelitas e estrangeiros.
Tal rivalidade se pode perceber nos casos da reconstrução do templo, após o exílio babilônico, nos dias de Zorobabel, quando os samaritanos tentaram impedir a conclusão da obra (Ed 4.1-10), ou quando os samaritanos junto com os árabes tentaram embargar a reconstrução do muro de Jerusalém nos dias de Neemias (Ne 2.10-6.14). O sacerdote e escriba Esdras, em seu zelo pela pureza racial, pressionou todos os homens israelitas que se tinham casado durante o cativeiro a se divorciarem de suas esposas pagãs (Ed 10.18-44).
b) Religião própria
Os samaritanos rejeitavam todo o Antigo Testamento, à exceção do Pentateuco, os cinco livros de Moisés, reunidos no que se chama atualmente de Pentateuco Samaritano, que, segundo Esequias Soares [1], possui cerca de 6 mil variantes em relação ao Pentateuco Hebraico. Além disso, construíram um templo no monte Gerizim que rivalizava com o templo judeu em Jerusalém.

c) Sincretismo

Assim como os judeus, samaritanos também por vezes envolviam-se em práticas idólatras, embora a politeísmo não seja a doutrina dos samaritanos, como também não é dos judeus. O judaísmo nunca os considerou idólatras. Na verdade, os samaritanos eram extremamente monoteístas, sendo ainda mais rigorosos que os judeus na observância da lei de Moisés, especialmente quanto ao sábado. Todavia, seu grande problema era o sincretismo, isto é, a mescla de crenças ou práticas não-ortodoxas e até pagãs com os ensinos do Pentateuco mosaico. A fácil sedução dos samaritanos pelas artes mágicas de Simão, demonstram esse caráter sincrético de sua fé.

d) Conduta moral

O historiador judeu Flávio Josefo indica que os samaritanos também eram oportunistas. Quando os judeus gozavam de prosperidade, os samaritanos rapidamente procuravam reconhecer seus laços de sangue. Mas, quando os judeus enfrentavam tempos difíceis, os samaritanos negavam qualquer parentesco, declarando que eram descendentes de imigrantes assírios [2].

e) Atualidade

Segundo o Dicionário Ilustrado da Bíblia [3], dois pequenos grupos de samaritanos sobrevivem até os dias de hoje: um em Neblus (antiga Siquém) e o outro em Tel Aviv. Os samaritanos remanescentes retiveram sua crença monoteísta: Deus como o único Criador e Sustentador de todas as coisas. Eles também o adoram em três festas prescritas no Pentateuco: Páscoa, Pentecostes e Cabanas (ou Tabernáculos), além da comemoração solene do Dia da Expiação. Sua fé, porém, sofreu influência do Islamismo e de outras crenças (vê-se assim que o sincretismo persiste entre os samaritanos), ao contrário da comunidade judaica ortodoxa. Até o dia de hoje, eles sacrificam um ou mais cordeiros no monte Gerizim, durante a festa da Páscoa.
II. O evangelho entre os samaritanos

1. Jesus e os samaritanos

Apesar das primeiras proibições de Jesus para que os discípulos evitassem o território dos samaritanos (Mt 10.5,6), isso de modo algum significava que Jesus estava compactuando com a rixa histórica entre judeus e samaritanos, antes estava apenas estabelecendo as prioridades missionárias. As “ovelhas perdidas da casa de Israel” deviam ser buscadas primeiro, mas sem negar a oferta da graça a quaisquer pessoas que necessitasse e viessem em busca dela. Deus amou o mundo inteiro (Jo 3.16; 1Jo 2.2), o que inclui também o povo samaritano.
Jesus demonstra apreço pelos samaritanos nalgumas ocasiões muito conhecidas do evangelho de Lucas, que, diga-se de passagem, deu bastante ênfase à obra de Deus entre os samaritanos, mais que qualquer outro autor do Novo Testamento. Terá sido pelo fato de Lucas, um escritor estrangeiro (gentio), ter tido maior empatia pelos estrangeiros, por ter ele mesmo sentido na pele a força desse amor divino que é suprarracial? Vejamos alguns desses casos do amor de Cristo pelos samaritanos.
a) Quando na parábola do “bom samaritano”, usa a compaixão de um samaritano como exemplo de amor ao próximo para os judeus (Lc 10.30-37);
b) Quando enaltece a atitude de gratidão de um ex-leproso que fora curado (Lc 17.11-19);
c) Quando repreende seus apóstolos Tiago e João que queriam pedir fogo do céu para destruir um vilarejo samaritano que não se mostrou hospitaleiro (Lc 9.52-56);
d) Quando assegura a inclusão de Samaria, tanto quanto Jerusalém e toda a Judéia, no programa missionário da igreja aviva pelo poder do Espírito (At 1.8). Lembremo-nos que o livro de Atos dos Apóstolos é também da autoria de Lucas (Lc 1.1; At 1.1)
Temos também no evangelho de João (cap. 4) um detalhado relato do encontro de Jesus com a mulher samaritana. Ali, muitos preconceitos sociais foram derrubados pela misericórdia do Senhor: preconceito sexista – Jesus conversa com uma mulher; preconceito racial – Jesus conversa com uma samaritana; preconceito religioso – Jesus, um judeu, instrui uma mulher samaritana e lhe explica verdades teológicas que ela nunca dantes compreendera. Não só a mulher creu que Jesus era o Cristo (Jo 4.29), como ainda tornou-se a primeira crente evangelizadora daquela região, quando voltou à sua cidade e convidou os homens dali para virem conhecer Jesus. Estes por sua vez, após verem e ouvirem Jesus, e ainda lhe concederem estadia de dois dias (v. 40), “creram nele, por causa da sua palavra” (v. 41). Eles mesmos testemunharam o caráter suprarracial da salvação, quando afirmaram: “sabemos que este é verdadeiramente o Cristo [isto é, o Messias – v. 25], o Salvador do mundo”(v. 42).
2. O poder de Deus entre os samaritanos
A promessa de Jesus aos seus discípulos foi: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8). Essa “virtude” (ARC) é na verdade o “poder” (ARA, NVI), o poderoso dunamis (grego) do Espírito que capacitaria os crentes para propagação universal do evangelho e até mesmo para fortalecer-lhes diante das ameaças de morte cruel (a palavra “testemunhas” no texto grego é martys, mesma palavra usada para se referir a um mártir, isto é, alguém que prova a força de sua pregação e a lealdade de sua fé por meio da morte violenta).
Esse dunamis do Espírito foi derramado inicialmente em Jerusalém no dia de Pentecostes (At 2), e por ocasião da grande perseguição que alguns anos depois foi movida contra os cristãos após a morte de Estevão (At 8.1,5ss) chegou também a Samaria com o ministério evangelístico de Felipe, um dos sete diáconos da igreja.
Na Igreja primitiva havia alguns judeus cristão chamados de helenistas, isto é, que tinham grande afinidade com a língua e a cultura grega, bem como com os povos estrangeiros. Estes cristãos demonstravam ter uma visão missionária mais ampla, sem aquela resistência encontrada nos primeiros apóstolos de Cristo, como Pedro, que relutou em evangelizar os gentios. Felipe era um destes cristãos helenistas que, revestido pelo poder do Espírito Santo, não fez caso de batalhar pela disseminação da maravilhosa mensagem do evangelho de Cristo e pela operação do poder do Espírito em território samaritano. O caminho já tinha sido aberto alguns anos antes pelo próprio Senhor Jesus, e certamente muitos ali ainda lembravam do Messias que conheceram outrora pessoalmente. Todavia, as pelejas raciais persistiam e somente o evangelho de poder poderia dissolvê-las!
Aliás, visto que nossos estudos deste trimestre estão submetidos ao tema geral “batalha espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal”, poderíamos fazer uma pertinente correlação entre o preconceito racial e a operação tirânica de Satanás, que, sem dúvida, é o maior interessado na perpetuação do ódio entre os povos e das contendas entre os homens, ainda que tais contendas tenham suas premissas teológicas. Igualmente há uma correlação entre a operação do Espírito Santo e a reaproximação dos povos, de modo que pelo vínculo da paz se possa estabelecer que “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Ef 4.4-6). O poder do Espírito traz unidade no Espírito, pois “Deus não é Deus de confusão, senão de paz” (1Co 14.33)

3. A repreensão do apóstolo Pedro

Com a chegada de Pedro e João no território samaritano para dar apoio ao trabalho de Filipe, uma nova efusão de poder ocorreu ali: “Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo” (At 8.17). Já eram crentes, já eram salvos, já tinha o Espírito internamente – não há regeneração sem uma ação direta do Espírito Santo no interior (Jo 3.5) –, mas faltava-lhes o maravilhoso revestimento do poder do alto, tal qual fora derramado sobre os cento e vinte crentes em Jerusalém no dia de Pentecostes.
Simão, que havia crido, se batizado nas águas, deixado a magia e agora acompanhava Filipe por onde ele fosse, vendo tamanho poder sobrenatural sendo manifesto sobre os crentes samaritanos pela imposição de mãos dos apóstolos, deixou a tentação do poder e da fama voltar ao controle de seu coração. Teria Simão se impressionado com o falar em línguas? Muito provavelmente, embora não podemos ser dogmáticos nessa questão. Fato é que algo do poder de Deus lhe impressionou e ali o engano encontrou uma brecha em seu coração: “…lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (At 8.18,19).
Desta atitude leviana de Simão é que surgiu na idade medieval o uso da palavra simonia, que, segundo Champlin, é um termo que “indica a venda de ofícios e cargos eclesiásticos, ou a compra de privilégios, prestígio e ofícios religiosos, com o acompanhamento natural da negligência do exame que busca ver se o candidato está qualificado ou merece as posições assim obtidas” [7]. Há muitos falsos operadores de milagres mundo a fora fazendo simonia, negociando cargos na Igreja do Senhor ou comercializando bênçãos! E se engana quem pensa que a simonia é uma prática que se resume aos ambientes eclesiásticos; basta ver como se multiplicam os profetas das lives nas redes sociais, cobrando 10 reais de um, 20 reais de outro e 50 reais de outro sob o pretexto de “longas orações” (Mt 23.14) e de campanhas de jejuns e vitória! Inclusive, muitos jovens, analfabetos de Bíblia, inimigos da Escola Dominical, que encontraram nestas lives e nas falsas revelações um jeito fácil de ganhar a vida!
Pedro, porém, rejeitou a oferta do desviado Simão! Aquele que não tinha prata nem ouro (At 3.6), e que podia, se ganancioso, ver uma suposta “oferta missionária” nas mãos de Simão, viu na verdade uma oferta promíscua, uma tentativa descarada de querer barganhar com Deus! Pedro sabia que não se podia com palavras fingidas fazer negócio com as coisas de Deus (2Pe 2.3), então repreende Simão e ordena-lhe que se arrependa (At 8.20-23). Na batalha espiritual contra a ganância, o contentamento do evangelho deve sempre prevalecer! Na batalha espiritual contra a heresia, a verdade de Deus deve ser nosso estandarte! O que parecia ser uma oportunidade de lucro para Simão, fora encarado como laço de iniquidade por Pedro.
Agora, sobre esta batalha espiritual na qual Pedro foi de pronto um vencedor, é preciso atentar, como bem pontua Orlando Boyer, que “não somente os descrentes (…) mas são, também, muitos dos próprios crentes que fracassam quando têm de enfrentar essa tentação insidiosa” [8]. Como temos lidado com a oferta de dinheiro fácil? Como temos lidado com o poder do Espírito de Deus operando em nós? Aliás, esta é uma das mais ardilosas tentações de Satanás: quando não pode nos privar do poder, ele nos tenta para usarmos indevidamente este poder.
Satanás tentou Jesus para usar o poder de operação de maravilhas para benefício próprio – transforma estas pedras em pães – e, agora, Pedro, tentado a usar o poder do Espírito para também se beneficiar e angariar lucros; mas, assim como seu amado Senhor, Pedro disse não à tentação e repreendeu aquele que lhe buscava seduzir ao engano. A avareza que outrora dominou o coração do apóstolo traidor, Judas Iscariotes, não achou abrigo no coração do apóstolo Pedro!

Conclusão

Não só precisamos do poder do alto para vencer as hostes do mal, como precisamos saber usar este poder do alto para o que é correto e da maneira devida. Creio ser esta a grande lição do confronto de Simão Pedro com Simão, o ex-mágico. Como estamos lidando com os dons e talentos que Deus nos concedeu por empréstimo? Estamos usando para, gratuitamente, promover o nome de Cristo, a salvação dos pecadores, a edificação da igreja e a restauração dos feridos e oprimidos do diabo, ou estamos buscando escalar fama, poder e riquezas? No coração de alguns, esta luta é mais intensa que noutros. Tanto quem já lidou com muito dinheiro outrora, como Simão, ex-mágico, como quem não tem prata nem ouro, como Simão Pedro, podem incorrer na tentação pela comercialização das coisas de Deus. Temos dois “Simões” nessa Lição de hoje. Que Simão você prefere ser?
____________
Referências
[1] Esequias Soares. Batalha espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal, CPAD, p. 125
[2] Dicionário Ilustrado da Bíblia, Vida Nova, p. 1292
[3] Op. cit., pp. 1292,3
[4] Craig Keener. Comentário histórico-cultural da Bíblia – Novo Testamento, Vida Nova, p. 407
[5] Orlando Boyer. Espada Cortante 2, CPAD, p. 467
[6] Craig Keener. Op. cit.
[7] R.N. Champlin. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 6, Hagnos, p. 217
[8] Orlando Boyer. Op. cit.
por Tiago Rosas

Deputado propõe pena de até 20 anos para crimes de intolerância religiosa


Satanás e Jesus no desfile da Gaviões da Fiel. (Foto: Reprodução / TV Globo)



O autor do texto é deputado Alex Santana (PDT-BA), pastor da Assembleia de Deus   
O deputado federal Alex Santana (PDT-BA) apresentou um projeto de lei para aumentar em até 20 anos a pena dos que praticarem crimes de intolerância religiosa.

Na justificativa do projeto o parlamentar, que é pastor da Assembleia de Deus, comenta sobre a escola de samba Gaviões da Fiel que mostrou Jesus apanhando do diabo. “Festas carnavalescas e nos movimentos festivos de alguns segmentos, vimos símbolos religiosos católicos e evangélicos sendo vilipendiados, a despeito do argumento de ser arte e cultura”.
Atualmente a pena para este crime é de 1 ano de prisão. O projeto do deputado é para mínima de 10 anos e 20 anos na máxima.
Mexer com a religião de ‘outrem’ é de uma ofensa gigantesca. Mexer com o que para outro é considerado sagrado não pode continuar desta forma impunemente”, declarou o deputado do PDT.
Outro projeto sobre o mesmo assunto foi apresentado por Fernando Rodolfo (PR-PE) que pede pena de seis anos para quem debochar de símbolos religiosos adicionando a “blasfêmia” no Artigo 208 do código penal.
por Redação (Gospel Prime)

Hannah, uma cristã em duas coreias




A cristã perseguida Hannah conta a diferença entre a vida na Coreia do Norte e na Coreia do Sul

 Na Coreia do Sul, Hannah aponta para um campo de trabalho forçado na Coreia do Norte, seu país
Em uma carta à Portas Abertas, a cristã norte-coreana Hannah (pseudônimo) escreveu que quando ouviu pela primeira vez o hino nacional da Coreia do Sul, ficou abismada com uma frase: “Que Deus mantenha nosso país unido e preserve nossa terra”. Hoje ela vive na Coreia do Sul e diz que a melhor coisa de morar lá é que poder adorar o pai celestial livremente. Ela diz: “Ninguém morre de fome nas ruas, ninguém se preocupa sobre o que comer ou onde dormir. As ruas são limpas, os sul-coreanos são alegres e têm liberdade de discurso. Eu descobri que há cruzes de igrejas em todo lugar que vou na Coreia do Sul, esse é um país que confia e ama a Deus”.
Hannah fica admirada com a diferença em comparação à vida na Coreia do Norte. Sobre sua vida na Coreia do Sul, ela diz: “Eu não me preocupo de ser capturada ou deportada de volta à Coreia do Norte. Tenho um passaporte sul-coreano e posso viajar livremente para qualquer país”. Ela também viaja a vários países contando seu testemunho e, assim, renovando a fé de muitos da igreja livre.
Ela também compartilha como o Senhor abriu as portas da prisão e as algemas de forma milagrosa para ela e sua família saírem da prisão. O marido de Hannah morreu, mas suas três filhas estão na Coreia do Sul e todas elas vão à igreja. Somente seu filho continua na Coreia do Norte e não é cristão. Esse é seu maior pedido de oração: para que ela possa reencontrá-lo e compartilhar o evangelho com ele, pois não o vê há anos.
Pedidos de oração:
  • Ore para que o Senhor guarde e alcance o filho de Hannah com sua salvação.
  • Interceda por todos os cristãos que vivem na Coreia do Norte, sob um sistema de extrema repressão, para que sejam sustentados pelo Senhor.
  • Clame para que os norte-coreanos que chegam à Coreia do Sul tenham acesso às boas novas de salvação.
Domingo da Igreja Perseguida
O DIP deste ano abordará a Coreia do Norte, país número 1 na Lista Mundial da Perseguição desde 2002. Será uma grande oportunidade das igrejas brasileiras participarem do maior evento de oração em prol da Igreja Perseguida. Cadastre-se para realizar o DIP na sua igreja local no dia 16 de junho.
por Portas Abertas

Igrejas estão salvando a vida de mães e bebês no Togo



Casal ajudado em Togo (Foto: Compassion UK)


Comunidades cristãs oferecem “uma rede mais ampla de apoio” no país

O Togo, na África Ocidental, é um dos países menos desenvolvidos do mundo. Um em cada 20 bebês não chega a completar o primeiro ano de vida. Contudo, as igrejas estão desempenhando um papel vital em reverter essa estatística devastadora.

A alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos no Togo está relacionada a uma combinação de fatores, incluindo complicações na gravidez e no parto, infecções, doenças e desnutrição.
A missão Compassion está auxiliando no oferecimento de maternidades que podem, literalmente, significar a diferença entre a vida ou a morte das mães e seus bebês. Através dos projetos de “Sobrevivência Infantil”, a Compassion está trabalhando com igrejas para mudar isso, melhorando o acesso de mulheres grávidas a exames pré-natais e assistentes de parto treinados.
As mães togolesas também recebem informações que podem salvar vidas, como cuidados básicos de saúde, higiene, alimentos nutritivos e água potável.
Além disso, obreiros treinados nas igrejas estão à disposição para fornecer orientação, apoio e orientação espiritual para as famílias.
Justin Dowds, que lidera a Compassion no Reino Unido diz que “A pobreza tem um impacto devastador nas chances de sobrevivência de uma criança e seu desenvolvimento a longo prazo. Para evitar que mulheres e bebês morram desnecessariamente, precisamos alcançá-los cedo – antes mesmo de os bebês nascerem – e apoiar as mulheres”.
Ao mesmo tempo, Koffi Ahonon, da Compassion Togo, disse que trabalhar com a equipe local nas igrejas era fundamental para gerar “uma rede mais ampla de apoio”, onde as mães podem aprender a fazer boas escolhas para si e para seus filhos”.
Por Redação Gospel Prime

Cristão do Niger perde família por não se converter ao Islã



A família da esposa de Roger a tirou dele, junto com a filha de 5 anos, quando ele se recusou a se tornar muçulmano

Cristão do Níger perde família por não se converter ao islã Casal anda em rua residencial de Niamey, capital do Níger, onde é comum a esposa andar atrás do marido (foto representativa)
O Níger é um país formado por cerca de 18 milhões de muçulmanos. Há apenas cerca de 65 mil cristãos, que vivem principalmente no sul. Eles enfrentam vários desafios, inclusive pressão para se converter ao islã e marginalização econômica. Os programas da Portas Abertas visam ajudar a igreja a aumentar a resiliência conforme lidam com essas questões.
O país tem um governo democrático relativamente estável. Nas últimas décadas, a igreja tem desfrutado de liberdade religiosa. No entanto, a perseguição está em ascensão. Hoje, a maioria muçulmana e as influências extremistas externas continuam a pressionar pela adoção da sharia (conjunto de leis islâmicas).
Alguns anos atrás, o cristão do Níger, Roger, de 47 anos, se casou com uma mulher muçulmana. No começo, ela era uma boa esposa, mas com o tempo, ela e a família dela começaram a pressionar Roger para se converter ao islamismo. Até que chegou ao ponto em que a família da esposa lhe disse que se ele não se convertesse, eles levariam sua esposa e a filha de 5 anos. E foi o que fizeram quando Roger se recusou a negar sua fé em Jesus.
O ocorrido tem causado grande sofrimento a Roger, um irmão que agora precisa de suas orações para permanecer firme em Cristo. Ore por ele e também por sabedoria para os pastores que estão ao seu redor para aconselhá-lo. Interceda para que o coração de seus perseguidores seja transformado e eles sejam tocados através do testemunho de Roger.
 Por Portas Abertas