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segunda-feira, 2 de março de 2020

O primeiro projeto de globalismo



  A Torre de Babel, de Bruegel, o Velho (1563). (Foto: Wikipedia)


O globalismo é uma política internacionalista, cujo objetivo é determinar, dirigir e controlar todas as relações entre os cidadãos de vários continentes por meio de intervenções e decretos autoritários.
Por definição, o globalismo requer um processo centralizado de tomada de decisões, em nível mundial [1].
Veremos como esse conceito de globalismo já começava a se evidenciar na prática entre a humanidade nos dias posteriores ao grande dilúvio. Veremos que ali, na região de Sinear, os homens ensoberbados se uniram para contrariar a vontade de Deus e se exaltarem a si mesmos.

A segunda civilização humana

A apostasia de Cam e de Canaã

Sem, Cam (versões mais antigas dizem “Cão”) e Jafé são os nomes dos três filhos de Noé, que com suas respectivas esposas receberam a mensagem do patriarca, creram e entraram na arca para salvarem suas vidas (Gn 7.13).
Até então, ao que parece, eram filhos tementes a Deus e colaboradores do velho pai, Noé, certamente empenhando-se ao lado dele para construírem a grande embarcação na qual escapariam das águas devastadoras do dilúvio.
Estas oito pessoas no total, que sobreviveram ao dilúvio, foram encarregadas por Deus do repovoamento da terra (Gn 9.1,18,19), para encabeçarem uma nova civilização, visto que a anterior havia falhado. A primeira civilização, portanto, veio com Adão, Eva e seus descendentes; a segunda civilização veio com Noé.
Os versículos finais do capítulo 9 de Gênesis registram um incidente revelador: o primeiro caso de embriaguez nas Escrituras, e justamente envolvendo o patriarca Noé. Desde lá se vê como o excesso de vinho pode anular o bom senso e fazer o homem portar-se com indecência. Noé, bebendo vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda; seu filho Cam, vendo a nudez do pai foi contar aos seus irmãos (Gn 9.20-22).
Se Noé pecou pela embriaguez, mais ainda pecou seu filho caçula (Gn 9.24) por ver e compartilhar com outros a nudez de seu pai. O relato bíblico sugere que Cam se portou como um imoral, e por isso a maldição de seu pai fora dirigida à sua descendência.
É curioso ver que Noé não disse “Maldito seja Cam”, mas “Maldito seja Canaã”, referindo-se ao filho de Cam (vv. 22,25-27). Isso vai antecipar para nós que a imoralidade dos canaanitas (ou cananeus) tinha seu grande precedente no próprio Cam; foi em Cam que a segunda civilização apostatou da moralidade, da ética, dos valores patriarcais que Noé trazia da geração piedosa que lhe antecedeu.
Quanto aos canaanitas, vemos que eles se aprofundaram terrivelmente em toda sorte de imoralidade, como se vê na advertência que Deus fez aos hebreus para não imitar-lhes a conduta: “Não deves permitir que alguém da tua descendência seja devotado a Moloque… E não te deves deitar com um macho assim como te deitas com uma mulher. É algo detestável. E não deves dar a tua emissão a qualquer animal; tornando-te impuro por ela, e a mulher não deve ficar diante de um animal para ter contato com ele. É uma violação daquilo que é natural. Pois todas estas coisas detestáveis foram feitas pelos homens da terra, que vos precederam, de modo que a terra é impura” (Lv 18.2-23,27).

O enfraquecimento da doutrina de Noé

Nunca é tarefa fácil discipular os próprios filhos e garantir que, por sua vez, os filhos discipulem os netos. Mais penosa ainda torna-se esta tarefa quando o pai de família peca pelo mau exemplo. Foi o que aconteceu com Noé.
Embora homem de Deus, que tão obedientemente cumpriu as ordens do Senhor na construção da arca, fazendo tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado (Gn 6.22; 7.5), Noé falhou em preservar um bom testemunho diante dos filhos. Isso de modo algum justifica os erros dos filhos, mas enfraquece a autoridade do pai!
A Bíblia ordena aos pais ensinarem seus filhos “no caminho que se deve andar” (Pv 22.26). Não é apenas ensinar “sobre o caminho” ou “apontar o caminho”, como que dizendo ao filho “vá por ali”, mas é ensinar o filho “no caminho”, isto é, andando com ele pelo caminho certo, o caminho da justiça, da retidão moral, do temor a Deus. O pai ou líder precisa dar-se por exemplo de boas obras (Tt 2.7).
Com o passar dos anos, os descendentes de Noé incorreram nos mesmos erros da civilização anterior, dando provas do que o próprio Deus já havia atestado: “é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade” (Gn 8.21). Os episódios que se desdobrarão a partir do capítulo 11 de Gênesis demonstram como a segunda civilização deixou de perseverar na retidão diante de Deus.

O descaso para com o mandamento divino

Gerações se passaram desde o fim do dilúvio até o episódio da torre construída em Sinar (ou Sinear). Noé já tinha morrido, após viver longos novecentos e cinquenta anos (Gn 9.29), e claramente seus descendentes recusaram obedecer a expressa ordem de Deus dada a Noé e seus filhos: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” (9.1).
Esta ordem já havia sido dada à primeira civilização adâmica (Gn 1.28), o que demonstra o sério interesse de Deus em que a terra fosse habitada, como está escrito: “o Senhor, que criou os céus, ele é Deus; que moldou a terra e a fez, ele a fundou; ele não a criou para estar vazia, mas a formou para ser habitada” (Is 45.18, NVI).
Partindo do Oriente e chegando à terra de Sinar, na região da Mesopotâmia, os homens deliberam entre si: a) a construção de uma cidade; b) a construção de uma torre altíssima que alcance o céu; c) a projeção de sua própria fama para as gerações posteriores; d) não serem mais espalhados pela terra (Gn 11.1-4). Tal decisão revelava a rebeldia daqueles corações, que buscavam o próprio louvor e a autoproteção enquanto ignoravam o mandamento do Senhor, que certamente era conhecido, ainda que até o momento não houvesse registro escrito, mas transmissão oral de pai para filho.
Com o passar dos anos, os descendentes de Noé incorreram nos mesmos erros da civilização anterior, dando provas do que o próprio Deus já havia atestado: “é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade” (Gn 8.21). Os episódios que se desdobrarão a partir do capítulo 11 de Gênesis demonstram como a segunda civilização deixou de perseverar na retidão diante de Deus.

O globalismo de Babel

Uma só língua e um só povo

A geração que intentou construir a torre elevadíssima que chegasse até o céu, talvez uma espécie de condomínio vertical ou mero símbolo de sua pujança, possuía uma única língua e constituía um único povo (Gn 11.1). Certamente esse povo a que se resumia a população mundial de então eram os primeiros descendentes dos filhos de Noé, que até o momento possuíam uma mesma cultura, os mesmos costumes e a mesma língua.
Embora o capítulo 10 de Gênesis já tivesse mencionado diferentes línguas e nações (v. 5), isso não contraria Gênesis 11.1, pois o capítulo 10 está apenas resumindo os clãs, famílias e nações que descenderam dos filhos de Noé. Cronologicamente, os fatos do capítulo 11 antecedem os fatos do capítulo 10.

A construção de Babel

Como dissemos na introdução, em Sinar ocorreu a primeira tentativa de uma política centralizadora do poder. Sinar seria a capital política do mundo, com seu pujante primeiro arranha-céu, símbolo do orgulho étnico e tecnológico daquela geração e que certamente seria um símbolo venerado até os nossos dias, se não fosse pela intervenção divina que frustrou a loucura dos homens!
Após aquela geração, muitos já tentaram implementar essas políticas centralizadoras do poder no mundo, interferindo, decretando e controlando as relações entre cidadãos de várias nações ou em todo o planeta. Não era essa a ambição de Senaqueribe, rei da Assíria, inclusive com sua ameaça atrevida contra o povo de Israel? Não fora esse o intento do grego Alexandre, o Grande? Que desejava em sua juventude helenizar todo o mundo, disseminando a cultura grega em todo planeta? Mais recentemente, não alimentou Hitler esta ambição de querer se fazer o grande imperador mundial? Todos eles, porém, sucumbiram, e tantos quantos vierem sucumbirão!
A estátua enorme que Nabucodonosor viu em sonho, destruída por uma pedra cortada sem auxílio de mãos e que descia do céu, é, conforme interpretação dada por Daniel, um prenúncio de que todos os impérios mundiais ruirão, até mesmo o império vindouro do Anticristo; somente o reino de Jesus Cristo durará para sempre! (conf. Daniel 2).

A intervenção de Deus em Babel

A confusão das línguas

W. Tozer disse certa vez que às vezes é melhor dividir do que manter unido; espalhar pode ser mais proveitoso que juntar. De fato, há uniões e acordos entre os homens que vêm para o mal e não para o bem. Por exemplo: o conhecido e muito (equivocadamente) citado versículo de Isaías 41.6, fala da união para produção de artigos de idolatria. O texto diz: “Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te”; mas isso não fala da união entre servos de Deus, e sim da união entre os ímpios, que se combinam e até se estimulam na prática do mal (conf. Is 40.18-20).
Todos estamos de acordo que “é melhor serem dois do que um” (Ec 4.9), porém há certo sinergismo, isto é, soma de esforços que pretende realizar obras que desagradam a Deus. Veja o caso de Ananias e Safira, casal que se uniu para mentir aos apóstolos (At 5.1-10), e ainda uns quarenta judeus que até jejum propuseram para matar o apóstolo Paulo (At 23.12,13).
Em Sinar, na Mesopotâmia, vemos os descendentes de Noé unindo-se para anular o mandamento do Senhor, porém, miraculosamente Deus interveio, trazendo confusão das línguas, dando origem a novos idiomas e dialetos, garantindo que na confusão das línguas, os homens cessassem aquele trabalho e se espalhassem pela terra (Gn 11.5-9). A cidade recebeu o nome de Babel, do verbo hebraico balal, que significa confundir. Quando os homens não se entendem com Deus, Deus os faz ficarem confundidos entre si, neutralizando-lhes as forças e fazendo ruir seus projetos ambiciosos.

O efetivo povoamento da terra

O texto de Gênesis 11, parte final do versículo 9, é revelador: “dali [Babel] o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela [da terra]”. A esta altura poderíamos perguntar retoricamente: quem pode mais do que Deus? Aquela geração deve ter aprendido a lição.
Milhares de anos se passaram e embora exista um vasto território em nosso planeta ainda inabitado (alguns territórios são mesmo inabitáveis!), todos os continentes do mundo estão habitados, por uma população mundial que já beira as 8 bilhões de pessoas! E a torre de Babel? Desapareceu!
De fato, Deus é grande e o homem nada é! Os planos do Senhor não podem ser impedidos (Jó 42.2).

A eleição de Sem

A segunda metade do capítulo 11 de Gênesis descreve os descendentes de Sem, filho de Noé. De Sem deriva-se o termo “semita” ou “povos semitas”, que são um conjunto de povos que possuem traços culturais comuns, entre os quais se destacam os árabes e os hebreus.
O propósito dessa descrição genealógica é introduzir na narrativa bíblica um dos seus mais importantes personagens e com quem Deus estabelecerá uma aliança: Abraão, grande patriarca do povo hebreu, judeu ou israelita, que descendia de Sem, o filho mais velho de Noé, e que, segundo a benção de Noé, se sobressairia em relação aos seus irmãos (Gn 9.26,27).
O chamado de Abraão, ou Abrão como fora inicialmente chamado, se dá logo em seguida, no capítulo 12. E há um fato curioso no chamado de Abraão, contrastando com a geração de Babel: Deus chama este patriarca prometendo fazer dele uma grande nação, abençoá-lo e engrandecer-lhe o nome (Gn 12.2). Mas não era exatamente o que os homens em Sinar desejavam outrora? Um nome exaltado? Porém, é Deus quem exalta a quem quer, e qualquer que a si mesmo se exaltar será abatido pelo poder do Senhor! (Lc 18.14Sl 75.7; 147.6)
Abraão não buscava exaltação, mas Deus o exaltou e mais que um pai de multidões, fez dele nosso pai na fé (Gl 3.7-9), isto é, homem cuja fé para justificação de pecados nos é modelo (Gn 15.6), e ainda mais: fez dele o ancestral de nosso Senhor Jesus, que, encarnado, descendeu de Abraão.
O evangelista Mateus, que escreveu para a comunidade cristã judaica, sabia da grande importância deste fato, e começou a genealogia de Jesus não por Adão (como fizera Lucas, que tinha em mente destacar a humanidade perfeita de Jesus para os gentios), mas sim por Abraão (Mt 1.1ss), para mostrar que Jesus é um verdadeiro judeu e também a descendência de Abraão que trouxe a benção para todos os povos da terra!

Conclusão

O primeiro projeto de globalismo político e ideológico foi frustrado pelo Senhor; um tempo existirá em que o poder será centralizado na figura de um único comandante mundial, o Anticristo, que ditará não só a economia mundial, mas a cultura e a religião; porém, antes que Cristo volte para sua Igreja amada, isto não acontecerá; e quando acontecer não terá longa duração, pois findado o período tribulacional o Senhor voltará para aniquilar o império do mal e estabelecer seu reino milenar. Ali sim, a terra experimentará uma profunda, respeitosa e admirável união entre os povos em toda a terra, promovida pelo “Príncipe da Paz”.

Referência
[1] Conceito de globalismo extraído de: https://www.mises.org.br/article/2639/a-diferenca-basica-entre-globalismo-e-globalizacao-economica-um-e-o-oposto-do-outro

Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros: A Mensagem da cruz: o amor que nos redimiu da ira (2016), Biblifique-se: formando uma geração da Palavra (2018), Reflexões contundentes sobre Escola Bíblica Dominical (versão e-book, 2019), e Poder, poder pentecostal: reafirmando nossa doutrina e experiência, à luz das Escrituras Sagradas (lançamento previsto para final de 2019).

Ore pelas esposas dos pastores da Igreja Perseguida


Relembre as histórias de três mulheres que enfrentaram perseguição por amor a Jesus

Interceda pela esposas dos pastores que cuidam dos cristãos da Igreja Perseguida
Interceda pela esposas dos pastores que cuidam dos cristãos da Igreja Perseguida
Se a vida da esposa de pastor em países como o Brasil é difícil por causa dos desafios diários enfrentados nas igrejas, em contextos de perseguição a situação é agravada. Já que elas precisam ter grande dependência de Deus para não viverem aflitas com as possibilidades de ataques, prisões, sequestros e até mortes dos maridos. No Dia da Esposa do Pastor, a Portas Abertas convida a todos para orar e contribuir para a mudança de vida de muitas delas, algumas perderam os cônjuges porque eles amaram mais a Jesus do que a si próprios. Conheça três irmãs cheias de fé!
Mary Andimi é viúva do pastor Lawan Andimi, que foi sequestrado em janeiro pelo Boko Haram, na Nigéria. Ela viu o marido ser levado pelos radicais e viveu dias de aflição tentando levantar o dinheiro para o resgate dele. Mas no dia 20 do mesmo mês, recebeu a notícia da morte do companheiro. Hoje ela luta para sustentar e prover educação para os sete filhos. A Portas Abertas tem assistido a cristã com alimentos e ajuda financeira. Ore pelo consolo e provisão de todas as necessidades de Mary Andimi.
Outra mulher que experimentou ter o marido preso por causa de Jesus foi Gulnora. A esposa do pastor Bahrom Kholmatov viveu três anos sozinha com os filhos, enquanto o esposo cumpria pena no Tajiquistão. No início, ela não podia nem visitar o marido. O único contato deles era por telefone. Mas pela graça de Deus, ela conseguiu autorização para rever o cônjuge. Durante uma das visitas, a cristã teve convulsões e hipertensão por causa do forte estresse e precisou ficar hospitalizada. A Portas Abertas promoveu uma campanha de oração e cartões para encorajamento da família do pastor. Então, no dia 18 de dezembro de 2019, o pastor Bahrom foi libertado. Interceda pelo restabelecimento emocional de Gulnora e de toda a família.
Shamiram Isavi Khabizeh é esposa do pastor Victor Bet Tamraz; ambos foram condenados por agir contra a segurança do Irã. Ela recebeu uma sentença de cinco anos de prisão por organizar pequenos grupos, participar de seminários no exterior e treinar líderes de igrejas e pastores para “agir como espiões”. A cristã espera uma audiência de apelação para ter a pena alterada, já que as acusações foram infundadas. Porém, a justiça do país tem adiado a sessão para a resolução do caso. Clame para que a causa dela seja julgada de maneira reta e imparcial.   



por Portas Abertas

Prefeitura do Rio suspende mostra com Virgem Maria nua e com órgão masculino



Direção de centro cultural diz que material ofende crença religiosa.

  Virgem Maria nua com pênis. (Foto: Reprodução)

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro decidiu suspender uma mostra ofensiva contra os católicos que trazia a Virgem Maria nua e com órgão masculino, além da inscrição: “Deus acima de tudo, gozando acima de todos”.
Denunciada pelo deputado estadual Márcio Gualberto, do PSL, a “exposição” recebeu muitas críticas por ser mais um caso de vilipêndio contra objetivo de culto.
Os autores são alunos e formandos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que incluem mais de 50 pessoas que foram convidadas para exporem obras e realizarem performances.
Segundo Gualberto, ele recebeu uma denúncia anônima sobre a exposição que classificou como uma “agressão desnecessária, injustificada e gratuita”.
“É uma agressão desnecessária, injustificada e gratuita. O autor foi muito infeliz. Peço a Deus que toque o coração e o faça compreender que não produziu uma obra de arte”, disse o parlamentar.
A prefeitura do Rio emitiu nota reafirmando “seu compromisso com o respeito constitucional à liberdade religiosa e a todas as crenças” e anunciando a suspensão da exibição do material.
por Michael Caceres ( Gospel Prime)


Coronavírus: evangélicos e católicos alteram cultos para evitar doença



Doenças tem primeiro caso confirmado no Brasil e mais 182 casos suspeitos.

  Coronavírus no microscópio. (Foto: NIAID-RML/AP)

Em missas, como na Paróquia São Conrado, o padre Marcos Belizário deu orientações sobre o coronavírus, além de disponibilizar álcool gel na entrada da paróquia, permitindo assim que os fiéis se higienizem antes de entrar.
Já na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, a orientação é para que os fiéis evitem dar as mãos na hora de cantar os louvores ou de trocarem abraços, beijos e apertos de mão.
Malafaia também deverá transmitir as recomendações sobre a doença nos seus cultos, principalmente depois da confirmação do primeiro paciente com a doença.
A Igreja Católica também orientou os fiéis a evitar o “abraço da paz” e dar as mãos depois que o coronavírus chegou ao país.
por Michael Caceres ( Gospel Prime)

Consequências da guerra para crianças e adolescentes


No Centro de Esperança de Latakia, crianças e adolescentes traumatizados pela guerra recebem apoio e orientação

Além de aprendizado técnico, adolescentes conversam, à luz da Bíblia, sobre situações emocionais ou psicológicas
Além de aprendizado técnico, adolescentes conversam, à luz da Bíblia, sobre situações emocionais ou psicológicas
Ao caminhar pelo Instituto Confiança, uma das atividades oferecidas pelo Centro de Esperança em Latakia, na Síria, uma onda de vozes de crianças pequenas é ouvida enquanto tentam encontrar seus lugares na sala de aula. Porém, quando as portas se fecham, o barulho é rapidamente substituído pelo silêncio. Mona Yousef, uma professora no instituto disse: “Eu estou tão feliz que as crianças melhoraram ao final do semestre”.
Mona disse que os resultados sempre serão melhores enquanto as atividades do Centro de Esperança continuarem. Sobre o futuro das crianças e adolescentes, ela disse: “Espero vê-los todos na escola dominical aprendendo sobre Jesus. O Centro de Esperança ajuda-os a ter uma vida melhor, mas o principal objetivo é que encontrem vida eterna em Jesus”.
O Instituto Confiança também inclui um ministério apenas para adolescentes de 7ª e 8ª série, chamado “Minha vida tem sentido”. Ele consiste em sete manuais. Cada um discute uma história com uma situação emocional ou um assunto psicológico. Por exemplo, um deles tem a história de uma criança pobre que enfrenta bullying na escola. Então, o menino escreve uma carta para os pais implorando que o tirem de lá. Quando essa história é abordada, os participantes escrevem cartas aos pais, falando sobre sentimentos a respeito do que os incomoda.
Toda semana, os adolescentes se reúnem ao redor de seu mentor e discutem em grupos os tópicos do dia. “Quando as discussões começam, sempre tentamos encontrar as respostas à luz da Bíblia. Eles estão comprometidos com o programa, se tornaram mais abertos sobre coisas pessoais. Também aprenderam a se expressar e desenvolveram amizades fortes uns com os outros e conosco da equipe. Nós oramos para que isso os mantenha ligados à igreja e longe de más amizades”, Judy, uma das mentoras, explica.
As histórias que compartilham são, com frequência, sobre as consequências da guerrra. “Uma menina compartilhou sobre o sequestro do pai, outra sobre a avó que foi morta em sua frente. Um menino contou sobre fugir de sua cidade natal e outra menina narrou uma tentativa de estupro. Eu sou tão grata por eles terem a oportunidade de compartilhar suas histórias”.
Crianças na Síria
A igreja na Síria continua espalhando esperança por meio dos quase 20 Centros de Esperança. Ela faz isso ao espalhar a palavra de Deus durante cultos e estudos bíblicos, mas também por meio de outras atividades oferecidas para grupos de idades diferentes da igreja. Você pode levar esperança para outras crianças e adolescentes na Síria. Sua doação permite que elas sejam alcançadas por meio das ações oferecidas nos Centros de Esperança em sua região.
por Portas Abertas

Feminista defende abolição da família e do conceito de maternidade


Livro defende transformar a barriga de aluguel em um negócio, onde as crianças sejam criadas por todos, não apenas por quem a gerou.

  Sophie Lewis. (Foto: Reprodução / Twitter)

A geógrafa inglesa Sophie Lewis, ativista feminista, lançou no ano passado um livro que propõe a abolição da família, assunto que ela também destaca em seu Twitter que tem como username o termo reproutopia.
Intitulado de “Full Surrogacy Now – Feminism Against Family” (Barriga de Aluguel para Todos – Feminismo contra a Família), o livro traz uma teoria sobre o fim do conceito de família e de maternidade com o objetivo de “libertar” a mulher.
O ponto de vista da autora retrata de uma forma diferente o que outras feministas, como Shulamith Firestone (em A Dialética do Sexo) defendiam em seus textos, que livrar a mulher da maternidade é dar-lhe liberdade.
Sophie defende que gravidez e parto sejam tratados como um trabalho produtivo, sem vínculos familiares, por isso o livro fala sobre barriga de aluguel, mulheres sendo pagas para ter filhos.
Ela sugere que, por meio das barrigas de aluguel, os bebês sejam tratados como “vasos”, ou seja produtos, para quebrar “nossas suposições de que as crianças pertencem necessariamente àquelas cuja genética elas compartilham’, como diz a sinopse do livro.
“Assumir a responsabilidade coletiva pelas crianças, em vez de cuidar apenas daquelas com as quais compartilhamos DNA, transformaria radicalmente as noções de parentesco. A adoção desse conceito expandido de barriga de aluguel nos ajuda a ver que sempre, como diz o ditado, é preciso um vilarejo para criar um filho”, completa a sinopse.
por Redação Gospel Prime

Igreja é refúgio para cristãos e muçulmanos na Síria



Mulher beneficiada pelo projeto conta como percebe Jesus por meio da comunidade

Projeto na Síria beneficia pessoas necessitadas, independente de religião
Projeto na Síria beneficia pessoas necessitadas, independente de religião
A vida parece pacífica em Qamishli, uma cidade no nordeste da Síria, mas os moradores do local convivem com as dificuldades financeiras e com o risco de serem bombardeados. Desde a invasão da Turquia para a criação de uma zona de segurança no país e a retaliação do exército curdo, a moeda síria está ainda mais desvalorizada e a pobreza tem aumentado entre a população. “Nós vemos pessoas remexendo lixeiras em busca de algo para comer. Coisa que nunca tínhamos visto antes”, afirma o pastor George Moushi, da Alliance Church.
Com o suporte da Portas Abertas, a igreja local está pronta para ajudar os necessitados da comunidade. Não importa a fé da pessoa, ela recebe comida, roupas, combustível e até moradia, caso seja um deslocado interno. Fatima* é uma das beneficiadas pelo projeto. A mãe de quatro filhos estava pela terceira vez procurando um lugar seguro para ficar. A família dela chegou à cidade em 2016, após a invasão do Estado Islâmico em Raqqa. Mas a fuga começou em Deir Ez-Zor, no ano de 2012.
Por ser muçulmana, Fatima não queria recorrer à igreja para pedir ajuda, mas após algum tempo, ela fez contato com o pastor George, que encontrou uma casa para ela morar. “Nós tentamos mostrar o amor de Deus a todo mundo porque acreditamos que eles são amados por Deus e cada vida tem valor. Nossa ajuda é incondicional”, testemunha o líder.
O marido de Fatima deseja retornar para a casa da família em Deir Ez-Zor, mas o testemunho do amor de Deus já impactou a vida dela. “Por causa da ajuda da igreja, eu sinto que Jesus Cristo está me ajudando e não encontrei um suporte mais forte que esse”, conta a síria. A região para onde desejam voltar ainda está problemática, dois líderes cristãos foram assassinados por militantes do Estado Islâmico em novembro de 2019.
*Nome alterado por segurança.
Assim como na Síria, a Portas Abertas trabalha no Iraque para empoderar as famílias cristãs. Todos os seis projetos no país visam oferecer apoio material, emocional e espiritual a todos que foram vítimas das invasões e ataques de grupos extremistas, como o Estado Islâmico. Doe e permita que mais pessoas sejam fortificadas, para que sejam discípulas de Jesus onde estão, mesmo em meio à perseguição.
por Portas Abertas