Cristãos protestam contra interferência do governo na igreja e fecham rodovia nas Filipinas

Um processo movido contra líderes de uma denominação cristã resultou em uma série de protestos expressivos nas Filipinas. Na última segunda-feira, 31 de agosto, pelo menos 20 mil fiéis bloquearam uma rodovia na capital do país.

O problema começou quando um ex-membro da Iglesia ni Cristo (INC, na sigla em inglês) resolveu processar os líderes da denominação por causa da interferência na escolha do voto dos membros.

Como eles possuem grande respeito pelos fiéis, acabam sendo cortejados por políticos, interessados em conseguir apoio da denominação. Por outro lado, os pastores ganham prestígio e influenciam nas nomeações do governo.

Os protestos começaram na quinta-feira, 27 de agosto, e a principal reclamação era a “interferência” do governo em assuntos da igreja, segundo informações da agência Reuters.

Para acalmar os fiéis e dissipar os protestos, um líder da igreja se reuniu com os fiéis no local onde um dos protestos acontecia e disse que havia resolvido os problemas com os políticos, preservando as decisões internas da denominação.

“A INC e o governo se reuniram e, nesta discussão, as duas partes explicaram seus lados. Por isso, tudo está calmo agora. Esta reunião pacífica, que começou na quinta-feira à tarde, vai terminar também pacificamente nesta manhã de segunda-feira”, disse disse Bienvenido Santiago, evangelista e porta-voz da INC, em um comunicado.

O autor do processo é um antigo ministro da INC, que resolveu tomar medidas legais contra os líderes. A ação pode levar à prisão de alguns integrantes da denominação, caso a Justiça entenda que houve crime.

O porta-voz da INC não se manifestou sobre o processo, e as autoridades também ignoraram a questão e não se manifestaram sobre o assunto.

Publicado por Tiago Chagas

Evento com apóstolo Agenor Duque no DF quase termina em tragédia, diz Corpo de Bombeiros

Uma visita do apóstolo Agenor Duque a uma filial da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus em Brasília (DF) quase terminou em tragédia na última segunda-feira, 31 de agosto.

O templo da denominação na via 513 Sul, que tem capacidade para 300 pessoas, estava superlotado, com mais de dois mil fiéis aglomerados.

Uma viatura do Corpo de Bombeiros, que passava pelo local, foi parada por alguns dos frequentadores, que pediram socorro por pessoas que estavam passando mal no interior do templo.

“Estávamos passando na W3 Sul, na 516, quando fomos abordados por uma grande quantidade de pessoas que estavam passando mal aqui no local”, afirmou o major Lourival Correia, em entrevista ao telejornal DFTV. “Quando descemos da nossa viatura e fomos averiguar, era um evento religioso. O templo não comporta o número de pessoas que estava aqui no local e tomamos a iniciativa de interromper o evento”, acrescentou.

Segundo o major, o templo não possui estrutura para um evento com o número de pessoas que compareceram: “O local estava insalubre, a pista movimentada, o trânsito muito forte e muitas pessoas correndo o risco de serem atropeladas no local. Interrompemos o evento e trouxemos todo mundo para o lado externo”, disse, explicando o motivo de o culto ter terminado na rua.

A medida, segundo o major, foi tomada para prevenir uma tragédia como a ocorrida anos atrás na boate Kiss, de Santa Maria (RS): “Se acontecesse um incidente qualquer, as pessoas seriam pisoteadas e poderiam até chegar à morte”.

Agora, uma nova vistoria no local será feita para ver se o templo tem condições de voltar a funcionar: “Vamos fazer uma vistoria no local para verificar a colocação de extintores, saída de emergência […]. A princípio está interditado para saber se o local pode ou não ser liberado”, concluiu.

Publicado por Tiago Chagas 

Fotógrafo flagra homem em clamor a Deus durante momento de desespero em ação de despejo

A Região Metropolitana de São Paulo vive, há décadas, uma grave crise de habitação, com famílias de baixa-renda vivendo em áreas invadidas. Invariavelmente, a Justiça sempre acaba determinando a restituição de posse do terreno ao proprietário, o que leva a despejos coletivos. Em uma dessas ações, um fotógrafo flagrou o momento em que um homem, ajoelhado, ora a Deus instantes antes de ser obrigado a deixar o local.

Essas desocupações, na maioria das vezes, são marcadas por tumultos e revolta dos moradores, que terminam por incendiar os barracos de madeira para dificultar a ação da Polícia Militar (PM) e expressar sua indignação.

No dia que a foto foi feita, na zona norte de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, a PM tentava conter a revolta dos moradores e lidar com um incêndio causado por um grupo, para garantir que a decisão judicial fosse cumprida.

Nesse caos, corre-corre e gritaria, o homem da foto acima foi flagrado em um momento de angústia e desespero, fazendo seu clamor a Deus. Com sua Bíblia nas mãos, ele orava expressando toda sua sinceridade. A sensibilidade do fotógrafo gerou comoção nas redes sociais.

Na maioria dos casos, essas famílias são despejadas e ficam sem ter lugar para ir, recorrendo a amigos e familiares. Meses depois, movimentos sociais se organizam, invadem outra área e iniciam uma nova ocupação.

A imagem do homem orando por não saber o que fazer foi compartilhada por diversos usuários no Facebook, de acordo com informações do portal Terra. Em um dos comentários, um internauta questionou: “Como não sofrer com os que sofrem? E chorar com os que choram?”.

Publicado por Tiago chagas.