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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Sri Lanka: como estão nossos irmãos após ataques na Páscoa



Muitos cristãos perderam familiares. Conheça Arasaratnam Verl, que perdeu seu único filho

Os cristãos Verl e Nithan mostram fotos da irmã, cunhado e único filho de Verl, mortos no ataque
Os cristãos Verl e Nithan mostram fotos da irmã, cunhado e único filho de Verl, mortos no ataque
Após os ataques no domingo de Páscoa no Sri Lanka, o exército está em todas as partes. Os soldados bloqueiam estradas, revistam veículos e procuram materiais suspeitos. Recentemente, um terminal de ônibus foi completamente interditado devido a ameaças de bomba. Lugares de culto, como igrejas e mesquitas, são altamente vigiados por policiais e seguranças. Todas as entradas têm a presença de homens armados – a Zion Church não é exceção.
Uma equipe da Portas Abertas visitou essa igreja, onde 29 pessoas morreramm na explosão, das quais 14 eram crianças que tinham acabado de sair da classe de escola dominical e tomavam um lanche. Na verdade, o templo original, que foi atacado no domingo de Páscoa, continua interditado. Mas os cultos são realizados em um centro comunitário perto da igreja. Ali, centenas de adoradores enchem o lugar, com mãos erguidas e bradando “amém, aleluia”.
Na explosão, estilhaços tiraram a vida e os membros de muitas pessoas, mas os cristãos se ajoelham, ficam de pé e cantam. Eles clamam por cura e pedem para Deus ajudá-los a perdoar e amar. O pastor da igreja, Roshan Mahesan diz: “Eles são mártires e agora estão em casa com Jesus”. Cinco membros da igreja estão no hospital de Colombo e outros no hospital de Kandy; outros estão na UTI.
“Eles não foram mortos, eles foram semeados”
A primeira casa que a equipe visitou foi a de Arasaratnam Verl, que perdeu o único filho (Jackson, de 13 anos), a irmã (Verlini, 36, que era a professora das crianças na escola dominical) e o marido dela (Ranjith, 39, engenheiro). O casal (Verlini e Ranjith) deixou dois filhos. Na ocasião da visita era o aniversário da mais nova, Eliza, de 6 anos. Ela estava sendo transferida para a UTI de Colombo e perdeu o útero e a visão de um olho na explosão. Os médicos estão tentando salvar o outro olho. Seu irmão, de 8 anos, se chama Rufus Isaac.
Verl testemunha: “Eles não foram mortos, eles foram semeados, pois são como sementes. O sangue dos mártires é a semente da igreja”, citando Tertuliano, um dos pais da igreja no Norte da África. Ele continua: “Jesus morreu na Sexta-Feira Santa e ressuscitou no domingo de Páscoa. Meu filho, minha irmã e meu cunhado morreram, mas foram ressuscitados com Jesus naquele dia”. Mesmo após o acidente, apesar de toda dor, perda e luto, Verl se comprometeu a dedicar sua vida a Deus. Ele diz: “Eu sou zero, Jesus é tudo. Meu filho foi meu por 13 anos, mas é dele para sempre”.
Ajude o Sri LankaA Portas Abertas atua no Sri Lanka em várias frentes há anos e agora também está apoiando as famílias das vítimas dos ataques do domingo de Páscoa. Você pode mostrar para eles que não estão sozinhos e assim fazê-los receber o amor da família da fé. Conheça a campanha e envolva-se.
Pedidos de oração
  • Clame pela cura do Senhor sobre seu povo e por paz sobre toda a nação do Sri Lanka.
  • Peça para que o amor vença o medo que está presente não somente entre a comunidade cristã, mas também entre hindus, budistas e muçulmanos.
  • Interceda pela vida de Verl e de todos os outros cristãos que perderam entes queridos, para que sejam fortalecidos e consolados pelo Senhor. Há famílias inteiras que foram mortas nos ataques.
  • por Portas Abertas

Adorar a Bíblia ou Cristo?


Os bibliólatras colocam a Bíblia acima de Jesus, do mesmo modo como alguns religiosos colocam a tradição acima da Palavra.

Bíblia. (Photo by Ben White on Unsplash)

A ortodoxia protestante firma-se na centralidade das Escrituras, por oposição ao denominado magistério, predominante na Europa religiosa até ao século XVI, isto é, à relevância e autoridade então atribuída à Tradição. A praxis evangélica, como herdeira natural da Reforma protestante, deu sequência a essa perspectiva. Assim, vamos encontrar hoje muito arreigado o princípio do que é ou não “bíblico”, como orientação geral em matéria de fé e doutrina, o que se torna num modo conveniente de afirmar que algo está “certo” ou doutrinariamente sólido de acordo com os padrões cristãos.
O problema é que esta espécie de teste acabou por perder sentido e hoje corre o risco de não passar dum slogan. Na maior parte dos contextos as expressões “bíblico”, “baseado na Bíblia” ou “biblicamente” podem significar qualquer coisa para qualquer pessoa, e o recurso a esse léxico tem em vista normalmente reforçar um ponto de vista ou uma agenda particular, um recurso de linguagem que se destina a aprovar algo como “cristão” sem submissão a Cristo como modelo e inspiração da fé cristã.
Qualquer denominação de inspiração cristã se reclama da Bíblia, a ela recorrendo a fim de obter credibilidade teológica e doutrinária, mas a verdade é que tal estratégia não representa mais do que uma forma de justificar bases de fé, ideias ou práticas, pelo que as mesmas Escrituras são utilizadas para procurar fundamentar conceitos diversos e opostos.
Como alguém disse, a Bíblia é elástica e dá para apoiar qualquer agenda ou ideologia, até mesmo as mensagens anti-cristãs. Os defensores da escravatura, os ideólogos do apartheid, da África do Sul, os racistas e supremacistas dos estados do Sul na América e o Ku Klux Klan ou o nazismo, assim como os promotores da guerra e de grandes massacres sempre se apoiaram na Bíblia…
Convém não esquecer que o próprio Satanás tentou conduzir Jesus Cristo ao pecado, no deserto, com recurso às Escrituras, ao citar o Salmo 91 de forma capciosa. Noutra ocasião Jesus é desafiado pelos seus opositores, que argumentam igualmente com a Bíblia: “E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra” (João 8:5,6).
Ou seja, lançaram esta pergunta como armadilha, a fim de poderem acusá-lo de desrespeito à legislação judaica. No fundo utilizaram a lei de Moisés como os cristãos se referem hoje às Escrituras. Sempre que a hermenêutica não é séria, as Escrituras podem ser manipuladas a fim de parecer confirmar ou significar quase tudo. Já o discurso, os actos e a vida de Jesus não se prestam a tais maleabilidades. Por outro lado, boa parte das divisões no cristianismo são alimentados por diferentes versículos, textos e interpretações da Bíblia, como é exemplo o caso da eterna discussão entre calvinistas e arminianos.
Mas afinal o âmago da fé cristã não é antes a figura do Salvador? Parece que alguns ousam colocar a Bíblia no lugar que só pertence a Jesus Cristo. Ele é que é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). É por Ele que vamos ao Pai. Foi Ele que levou o nosso pecado na cruz do Calvário. Em vez de estarmos centrados num texto (ou melhor, num texto traduzido, na maior parte dos casos), podemos e devemos centrar a nossa fé na pessoa de Cristo, da qual a Bíblia testifica.
Faríamos bem em substituir o conceito de “bíblico” pelo de “semelhante a Cristo”. Apesar de tudo trata-se de dois modelos diferentes. Enquanto um se baseia em interpretações e opiniões textuais, o outro decorre das palavras, acções e postura do Deus que se fez homem e habitou entre nós.
Como a história demonstra com eloquência é muito fácil idolatrar a Bíblia, e ao mesmo tempo ignorar o exemplo de Cristo, deixando que a paixão pelas escrituras substitua a paixão por Jesus. O propósito da Bíblia é ajudar-nos a ser semelhantes a Cristo, e não a tirá-lo do nosso foco. De facto, Jesus é a Palavra: “No princípio era o Verbo (logos, Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:1-4).
Os bibliólatras colocam a Bíblia acima de Jesus, do mesmo modo como alguns religiosos colocam a tradição acima da Palavra. Até a usam de forma descontextualizada para condicionar as palavras do próprio Mestre, como os fariseus, que confrontavam Aquele que dera a lei a Moisés… Um dia Ele perguntou-lhes: “Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10:26). Ambas as questões estão ligadas, a leitura e a interpretação. Jesus é a Palavra feita carne e as Escrituras testificam d’Ele: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39).
Charles Sheldon (1857-1946), pastor da Igreja Congregacional Central em Topeka, Kansas, e editor-chefe do jornal Christian Herald, escreveu o livro “Em Seus Passos o Que Faria Jesus?”, que se tornou a segunda obra mais vendida na época, depois da Bíblia. A vida eterna está em Cristo, não nas Escrituras. Ele, sim, é a essência, o centro, o foco das Escrituras. Portanto, nunca deixe de ler a Bíblia procurando encontrar nela a figura de Cristo, quer como tipo (no Antigo Testamento) quer como testemunho (no Novo).
por José Brissos Lino

Ásia Central: tempo de paz sobre a vida de Tammar e Nadina



Após enfrentarem forte perseguição devido à atuação de sua igreja doméstica, o casal usufrui de um tempo de paz em família

Na Ásia Central há muitos cristão secretos. Tammar e Nadina são líderes locais e, hoje, usufruem de um período de paz
Na Ásia Central há muitos cristão secretos. Tammar e Nadina são líderes locais e, hoje, usufruem de um período de paz
É com muita alegria que compartilhamos boas notícias sobre o novo tempo que Tammar* e Nadina* estão vivendo na Ásia Central. Para quem não acompanhou a história deste casal há dois anos, vale a pena lembrar que Tammar é líder de uma igreja doméstica e Nadina é sua esposa. Diante de um cenário de perseguição, Nadina chegou a ter um aborto espontâneo devido ao stress.
Os perseguidores chegaram a jogar um cachorro morto em seu jardim para provocá-los. Eles também foram multados em 710 euros por pessoa por realizarem uma cerimônia de batismo. Apesar de tudo, eles decidiram continuar porque acreditam que estavam fazendo o que o Senhor lhes pediu.
Na época, a Portas Abertas levantou uma campanha de oração e também compartilhou com o casal mensagens encorajadoras. O resultado tem sido vivenciado pelo casal cristão com alegria até hoje. No ano passado, colaboradores da Portas Abertas na Ásia Central visitaram Tammar e Nadina, que agradeceram muito as palavras e mensagens de apoio que receberam de cristãos ao redor do mundo, por meio da campanha. “Cremos que vencemos o tempo difícil em nosso ministério por causa das orações dos nossos irmãos”, destacou Nadina.
Recentemente, um novo contato com o casal foi feito. Eles estão indo muito bem no ministério e seu bebê tem quase um ano de idade agora. Na região da Ásia Central, a conversão ao cristianismo não é considerada apostasia ou blasfêmia, mas uma traição às normas e valores da cultura dominante. Por isso, o casal enfrentou tantas dificuldades, especialmente, junto a seus vizinhos.

Devido ao aumento de igrejas domésticas na região da Ásia Central, a Portas Abertas atua como apoio aos irmãos secretos que são vítimas constantes dos extremistas de crenças predominantes. Com a sua ajuda, nossos irmãos secretos se aprofundam na fé em Cristo, por meio de materiais cristãos, discipulado e treinamento bíblico. Isso favorece que outros membros da comunidade sejam influenciados e alcançados. Conheça a Campanha de Cristãos Secretos na Ásia Central e fortaleça nossos irmãos.

Pedidos de oração
  • Agradeça a Deus pelo descanso na vida de Tammar e Nadine, e pelo seu filho.
  • Agradeça a Deus pela igreja doméstica do casal, que não teve nenhum problema depois de todo o ocorrido há dois anos.
  • Tammar e Nadina ainda tentam receber um registro. Ore por sabedoria e para que Deus direcione o casal em tudo o que precisa ser feito.

*Nomes alterados por segurança.

por Portas Abertas

“Um novo começo”: Ludmila Ferber lança novo single



“Um novo começo”: Ludmila Ferber lança novo single

Ludmila Ferber. (Foto: Reprodução / Instagram - Ludmila Ferber)

Cantora segue o tratamento contra um câncer no pulmão

Será lançado nesta sexta-feira (17), nas plataformas digitais, o single “Um novo começo”, de Ludmila Ferber. A canção faz parte do próximo trabalho da cantora que há um ano tem enfrentando um câncer no pulmão.
Ainda em tratamento, a cantora e pastora usou sua experiência para escrever canções que revelam este momento de sua vida, chamado por ela como “caminho do milagre”.
As composições falam sobre crer nas promessas de Deus, apesar das circunstâncias.
Este é o primeiro single lançado por Ludmila após três anos sem novidades. A cantora se prepara para lançar um álbum com nove faixas no total.
por Redação Gospel Prime

Cristã conta como preparou a filha para a perseguição: “A Bíblia diz que é normal”



A menina viveu dias de muita oração, intercedendo pelos pais quando eles foram presos


Menina iraniana. (Foto: Portas Abertas)

Uma cristã iraniana preparou sua filha para o dia que ela fosse presa ou morta por conta de sua fé. A mulher revelou ao Portas Abertas que sabia que um dia seria alvo de perseguição, até porque o Irã está no 9º lugar entre os países que mais perseguem cristãos no mundo.
Ela conversou com sua filha quando ela ainda estava na escola primária dizendo: “Quando eles vierem e lavarem o papai e a mamãe, não se preocupe. A Bíblia diz que é normal ser perseguido como crentes. Eles nos levarão para a prisão, nos farão perguntas e nos atingirão. Então nós voltaremos”, disse a mulher cristã que teve sua identidade preservada.
E realmente este dia chegou, durante um inverno as autoridade iranianas foram até a casa do casal, a filha deles já tinha 12 anos, e os levaram presos. “Pensei em Lily (nome fictício da jovem), e em como ela saberia o que fazer quando a irmã fosse encontrar com ela na escola para contar o que acontecera. Sei que ela oraria por nós e quando ela estivesse com medo, oraria ainda mais”.
Ela ligava para suas filhas quatro vezes por semana, mas logo as autoridades começaram a pressioná-la para denunciar outros cristãos e como ela não revelava, impediram que ela voltasse a ligar para suas filhas.
“Um dia eu estava orando e senti um vento quente acariciando minhas bochechas. Ouvi o Senhor dizer ‘Aceite'”, revelou ela. Aquela sensação a fez dançar na cela e louvar ao Senhor e assim ela ficou até a manhã seguinte.
“Eu e meu marido fomos libertos um pouco depois e com lágrimas pude ver minha filha novamente. Ela disse que orou muito por nós e passar por esses momentos em oração, confiando no Senhor, foi uma experiência nova para ela”, completou a mãe.
Ao lembrar sobre o fato, a pequena Lily concorda que durante aquele período a sua fé cresceu muito e sua mãe ficou satisfeita por tê-la preparado para aquele momento.
por Redaçao Gospel Prime

Alabama proíbe aborto até em casos de estupro



A clínica abortista Planned Parenthood Southeast promete entrar na justiça contra o Estado

Grávida. (Photo by Alicia Petresc on Unsplash)

Nesta quarta-feira (15), a governadora do estado do Alabama, Kay Ivey, sancionou uma lei proíbe o aborto no estado, com apenas uma exceção: situações em que a mãe tem risco de morrer.
Em um comunicado, a governadora declarou que toda vida a preciosa. “Hoje eu sancionei o Ato de Proteção da Vida Humana do Alabama. Para os muitos apoiadores do projeto, essa legislação é um poderoso testemunho da crença profundamente arraigada dos cidadãos do Alabama de que toda vida é preciosa e que toda vida é um dom sagrado de Deus”, disse Ivey.
A lei não punirá a mulher que realizar o aborto, mas sim o médico ou pessoa responsável por fazer o procedimento que poderá ser condenada de 10 a 99 anos de prisão.
O Alabama segue outros estados que, recentemente, lançaram leis contra a interrupção da gravidez como Geórgia, Mississippi e Ohio. Esses estados aprovaram projetos que permitem o aborto apenas após a detecção dos batimentos cardíacos do feto.
Defensores do aborto prometem ir na justiça reverter essas leis. No Kentucky, que havia sancionado a lei do batimento cardíaco, conseguiram suspender a legislação em março deste ano.
O direito ao aborto está garantido nos Estados Unidos desde 1973 através de uma decisão da Suprema Corte. Gestações de até 28 semanas podem ser interrompidas sempre que a gestante desejar.
Ao mesmo tempo que alguns estados passam a proibir a interrupção da gravidez, no estado de Nova York aprovaram este ano uma lei que legaliza o aborto até o nascimento do bebê com a justificativa de “proteger a saúde da mulher”.
por Redação Gospel Prime

Cristãos enfrentam ataque do Boko Haram em Camarões


Embora nenhuma vida tenha sido perdida, os cristãos camaroneses estão desmoralizados e fragilizados com a situação

Em ataque, militantes do Boko Haram roubaram 11 lojas e duas motos e danificaram duas igrejas
Em ataque, militantes do Boko Haram roubaram 11 lojas e duas motos e danificaram duas igrejas
No sábado, dia 11 de maio, militantes do Boko Haram atacaram a vila de Gossi, na região do extremo norte de Camarões. Felizmente, nenhuma vida foi perdida, mas os extremistas conseguiram causar grandes danos às propriedades de maioria cristã já desmoralizada. É válido lembrar que, embora Camarões não esteja na Lista Mundial da Perseguição 2019, a nação compõe o grupo de países em observação, ocupando a 56ª posição.
No final da noite de sábado, os militantes invadiram a vila enfrentando os militares que ali trabalham. “Depois disso, o grupo desceu contra a população. As pessoas estavam correndo em desordem. Quando os aldeões deixaram suas casas, os agressores atearam fogo nelas. Eles também incendiaram celeiros e outras propriedades", relatou a fonte que permanece anônima por razões de segurança.
No momento em que eles recuaram, após o apoio militar chegar de Mokolo, por volta das 3 horas da manhã, os militantes saquearam e incendiaram 60 casas (pelo menos 50 delas pertencentes a cristãos). Eles também roubaram 11 lojas e duas motos, e danificaram duas igrejas. Na igreja Full Gospel Mission o grupo incendiou o prédio, danificando parte das paredes e do telhado, enquanto destruíam os bancos dentro da igreja. Os instrumentos musicais da igreja foram danificados severamente.
Além de atear fogo a uma cadeira de madeira na igreja Christ in Nations, os atacantes não conseguiram incendiar o prédio porque não havia muitos produtos inflamáveis lá. Em vez disso, danificaram instrumentos musicais e vandalizaram outros itens. Um líder da igreja na área disse à Portas Abertas por telefone: “Estou feliz e grato a Deus que nenhuma vida foi perdida. Os fiéis me ligaram para dizer que suas casas haviam sido queimadas e que os militantes saquearam muita comida armazenada".
“Os fiéis estão desmoralizados e pensam em sair da região. Nos últimos seis anos, tem sido difícil para eles e muitos até pediram ao oficial da divisão que lhes mostrasse um pedaço de terra em algum lugar onde pudessem se estabelecer até que tudo isso passasse. Mas, eles foram encorajados a ficar e disseram que a segurança seria reforçada. Eles estão cansados”, destacou o líder.
Outro líder da igreja também disse: “As pessoas estão vivendo isto, mas não é fácil para elas. Os militantes saquearam muitas propriedades. Eles até voltaram cedo esta manhã e dispararam tiros. E antes de recuar, eles ameaçaram na língua local que vão retornar. Com tal situação, muitos corações estão fracos. Por favor, ore por nós! Precisamos de suas orações, porque isso nos aliviará”.

Pedidos de oração
  • Peça que Deus dê forças aos militares de Camarões, de forma que impeçam novos ataques às vilas.
  • Interceda pelos líderes da igreja em Camarões, para que eles mantenham a visão de Deus e continuem salvando almas.
  • Peça que o Senhor encoraje e fortaleça seu povo no país, e que a confiança dessas pessoas permaneça e, assim, desistam de fugir.
  • por Portas Abertas

Apesar da perseguição, pastor indiano segue no ministério


O pastor Vipin, que já foi agredido várias vezes e enfrenta ameaças na Índia, conta como venceu o medo

O pastor Vipin, que não teme mais a perseguição, mostra fotos de quando sua igreja na Índia foi vandalizada
O pastor Vipin, que não teme mais a perseguição, mostra fotos de quando sua igreja na Índia foi vandalizada
Vipin*, de 42 anos, é pastor em seu vilarejo na Índia há 12 anos. Ele já foi agredido várias vezes e sua igreja também já foi vandalizada. Ele recebe ameaças de morte regularmente. Ele tinha medo, mas não mais. Uma equipe de parceiros locais da Portas Abertas na Índia se encontrou com o pastor Vipin para ouvir sua história.
A casa de Vipin é ao lado da igreja e foi lá que ele recebeu a equipe. Ele conta que cresceu em um lar cristão. Após ingressar no ministério pastoral, Vipin enfrentou oposição dos moradores do vilarejo. No entanto, ele continuou com os cultos e hoje cerca de cem pessoas participam dos cultos aos domingos.
Vipin compartilha: “Também tentamos construir uma casa no vilarejo, mas os moradores se opuseram e nos ameaçaram. Quando pastores de outros vilarejos vêm à nossa igreja, também são ameaçados e seus veículos são quebrados. Isso aconteceu em várias ocasiões. Mais de dez cristãos voltaram ao hinduísmo por causa da pressão da comunidade”.
Entrando e saindo pela janela
O pastor diz que muitas pessoas já sugeriram que ele saísse do vilarejo, dizendo que será morto se continuar lá. “Já houve tempos quando eu estava com tanto medo por meus filhos e família, mas não agora. Deixem-me lhes mostrar uma coisa.” Ao dizer isso, ele nos leva para um pequeno cômodo, que é seu quarto. Ele aponta para a janela e diz: “Até ano passado, eu usava essa janela para entrar e sair de casa; eu não podia usar a porta da frente”.
Vipin conta que tinha medo de ser atacado quando saísse de casa. “Mas, então, eu comecei a perceber que havia vizinhos hindus que moravam atrás da minha casa e me monitoravam quando eu entrava e saía pela janela. Foi como se Deus estivesse me dizendo que eu só posso encontrar proteção nele. Eu reganhei minha força nele e comecei a usar a porta da frente novamente. Agora, não tenho mais medo. Em todos os momentos de medo e confusão, eu percebi que a adversidade existe, mas Deus também está perto. E eu escrevi uma canção sobre isso”, testemunha o cristão.
O pastor começou a cantar a música de sua autoria e era visível que vinha do coração. A letra dizia: “Quanto mais problemas você enfrenta, mais você percebe a bondade do Senhor. Ele é bom para mim, ele é bom para mim. Embora as pessoas me façam mal, ele é bom para mim. As pessoas vão fazer coisas más, mas sim, ele é bom para mim”.
Nos passos do Mestre
O pastor Vipin foi convidado para participar de um treinamento de preparação para perseguição da Portas Abertas. Nosso objetivo é equipá-lo e encorajá-lo a continuar firme diante da perseguição. Você pode contribuir para que pastores e líderes, como Vipin, sejam fortalecidos através de treinamento bíblico. Conheça a campanha e participe.
*Nome alterado por segurança.
Pedidos de oração
  • Ore pelo lugar que está sendo usado para os cultos dominicais, pois precisa ser reformado. Ore para que não haja oposição dos moradores do vilarejo e para que tenham os recursos suficientes.
  • Peça pelos estudos dos filhos do pastor Vipin, para que sejam bem-sucedidos e tenham um bom futuro.
  • Interceda pela vida dos cristãos do vilarejo que enfrentam perseguição. Clame para que eles prosperem e todos vejam a boa mão de Deus sobre eles.
  • Ore para que mais pessoas sejam acrescentadas à igreja e para que os perseguidores se arrependam e venham a Cristo.
por Portas Abertas

Teologia liberal infiltrada na Assembleia de Deus



Algumas considerações sobre o livro “Experiência e hermenêutica pentecostal”, publicado pela CPAD
Experiência e hermenêutica pentecostal.

O que o prezado leitor diria de um livro supostamente pentecostal que defendesse, por exemplo, que o relato de Atos 2 é uma “ficção historicizada” cuja redação domesticou tradições judaicas? O que pensaria se descobrisse que o mesmo livro propõe uma hermenêutica baseada na experiência pentecostal comunitária, identificada fundamentalmente com o êxtase?
Que avaliação desse mesmo livro o estimado leitor faria se soubesse que ele defende, para a interpretação bíblica, a substituição do consagrado método histórico-gramatical, resgatado pela Reforma Protestante, por um saber intuitivo, afetivo, performático, poético, pneumático e extático? O que pensaria ao ler nesse livro sobre a impossibilidade de o leitor da Bíblia acessar a intenção do autor original?

O que se poderia dizer da afirmação de que a revelação continua em nossos dias, num encontro entre o leitor e a Bíblia, mediado pelo Espírito? E que resposta mereceria a proposição de que o fiel pentecostal, em sua leitura bíblica, tem preferência pela via sensorial, e não pela via cognitiva?
Diante desse arsenal de teorias, o cristão vinculado a uma confissão de fé histórica – como é a fé pentecostal – poderia dizer, com acerto, que se trata de ideias próprias do liberalismo ou modernismo teológico. E seu espanto não seria pequeno ao descobrir que tudo isso consta do livro Experiência e hermenêutica pentecostal: reflexões e propostas para a construção de uma identidade teológica, lançado em 2018 pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), editora oficial da maior denominação evangélica do nosso país.
Como cristão pentecostal e ministro do Evangelho na Assembleia de Deus, sinto-me constrangido por ter de enunciar estas considerações, mas ao mesmo tempo compelido à tarefa, tendo em vista cuidar-se de pontos fundamentais da fé cristã, cuja preservação cabe a cada um dos servos do Senhor, mas principalmente aos líderes eclesiásticos. Dito isso, prossigamos:
Referida obra, escrita pelos pastores David Mesquiati de Oliveira e Kenner R. C. Terra, destoa da tradição editoral da CPAD, algo que os próprios autores reconhecem implicitamente, por imaginarem não haver, em solo brasileiro, teologia tipicamente pentecostal antes de sua proposta (cf. Introdução, p. 17).
Basicamente, a obra escrita por Mesquiati e Kenner defende a experiência como “lugar central da tradição teológica pentecostal” (p. 17), e para isso recorre a contribuições teóricas das ciências humanas e de teólogos pentecostais estrangeiros.
Para ser bem franco, devo dizer que Experiência e hermenêutica pentecostal é um livro embebido em referenciais teóricos correspondentes a uma visão criticista da Bíblia, da teologia e da realidade, que emprega ferramentas metodológicas cujos pressupostos não são os do Cristianismo histórico e ortodoxo.
Pode-se mesmo afirmar que, em vez de ser exatamente um livro de hermenêutica bíblica, Experiência e hermenêutica pentecostal chega a ser uma obra dedicada a uma nova epistemologia cristã, por ser uma teoria do conhecimento que propõe, para o mundo pentecostal, uma forma alternativa de acesso à verdade – sua hipótese é que esse meio alternativo seria o êxtase.
A obra, contendo 224 páginas, está distribuída em dez capítulos, além de Introdução e Conclusão:
  1. A Experiência Pentecostal como Lugar Hermenêutico;
  2. Leitura Semiótica para uma Hermenêutica Pentecostal;
  3. A Leitura Bíblica Pentecostal e a Experiência do Espírito;
  4. O Espírito Santo na Reforma e no Pentecostalismo;
  5. Espírito, Hermenêutica e Reforma Radical;
  6. Afinidades entre a Reforma Radical e o Pentecostalismo;
  7. A Reforma e o Pentecostalismo como Respostas ao seu Tempo;
  8. Poimênica Pentecostal: A Vida Pastoral da Igreja;
  9. Missão e Pentecostalismo a partir da Pentecostalidade;
  10. Hermenêutica do Espírito: Atos 2 e o Empoderamento para a Ação Pentecostal.
Apesar do autoproclamado ineditismo, o livro se aproxima da obra Pentecostalismo e pós-modernidade: quando a experiência sobrepõe-se à teologia, editado pela própria CPAD e escrito por César Moisés Carvalho, então responsável pelo setor de educação cristã da Casa Publicadora. Esse livro já representara uma exceção no catálogo da editora, em razão de uma perspectiva criticista, demasiado influenciada por teorias importadas das ciências humanas e vocalizadora de uma percepção ressentida e negativa quanto à teologia herdeira da Reforma Protestante.
De fato, o pastor César Moisés compartilha percepções muito similares a Mesquiati e Kenner em relação a áreas como hermenêutica, pentecostalismo, cosmovisão e pós-modernidade, e, depois de se tornar responsável pelo setor de livros da CPAD, lhes concedeu espaço para publicação do livro de que ora se cuida.
Os marcos teóricos deixam evidências importantes, não somente sobre a formação intelectual dos autores, mas também sobre sua filiação ideológica, aproximando-os perigosamente do liberalismo teológico e do progressismo, o que permite supor sua identificação com aquilo que se pode chamar de “esquerda teológica” e, mais particularmente, com aquilo que neste artigo se propõe denominar “pentecostalismo liberal-esquerdista”.
Cabe destacar que a refutação dos autores ao método histórico-gramatical – por eles considerado excessivamente adstrito à intenção do autor original – contradita a Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (Cap. 1Sobre as Sagradas EscriturasItem 6: Mensagem) e constitui um risco muito grande às bases de fé.
Os autores dizem expressamente que sua proposta teológica passa pela releitura de “conceitos caros da teologia” (Introdução, p. 18), e que a teologia pentecostal, em sua concepção, deve discutir “desde as questões mais básicas da fé cristã até as metodologias teológicas” (Introdução, p. 18). Há de se ter fundado receio diante de afirmações como estas, notadamente quando se tem ciência do conjunto da obra, que consiste num libelo contra os fundamentos da tradição protestante.
A título ilustrativo do caráter do livro, algumas passagens merecem registro:
  • “Nós entendemos que as demais propostas teológicas produzidas na literatura brasileira, mesmo aquelas escritas por pentecostais, ainda devem, em vários níveis, a caminhos metodológicos e referenciais teóricos tipicamente modernos, o que ainda não permitia afirmarmos ser teologia pentecostal. Podemos chamá-las de teologias produzidas por pentecostais, mas ainda dependentes das hermenêuticas e propostas dogmáticas que não levam às últimas consequências a importância da experiência” (Introdução, p. 17).
  • “Ainda preocupados com procedimentos metodológicos, é importante enfrentarmos a noção de centralidade da Bíblia, mas considerando as diferenças desse lema em relação ao Protestantismo brasileiro. No mundo pentecostal, essa noção e trato com a Bíblia não ocorre preferencialmente pela via cognitiva (sistematização), mas sim pela via da experiência (sensorial), encenando as Escrituras como palavra viva, em que os textos bíblicos são performatizados, recriando novas realidades” (Introdução, p. 20).
  • “Estudando o texto [de At 2.1-4], alguns alguns estudiosos dizem perceber que havia uma tradição intimamente ligada a expressões de êxtase que acabou recebendo tratamento redacional ficando ‘domesticada’. Nessa perspectiva, o narrador [Lucas] então teria transformado o fenômeno de êxtase e línguas, com auxílio das tradições judaicas, em anúncio. O contexto histórico da festa de Pentecostes seria uma estratégia literária. Tal intuição se dá pelo fato de que, no livro de Jubileus (Jub. 6), importante obra judaica do séc. II a.C., é possível encontrar uma conexão dessa festa com a renovação da aliança de Noé e Moisés. Nessa narrativa, Fílon, ao falar da entrega da Lei, diz que ‘uma voz soou do fogo que descia do céu, uma voz muito maravilhosa e terrível. A chama foi dotada de linguagem familiar para seus ouvintes’. Na tradição rabínica (b. Shab. 88b), séc. II d.C., com origens mais antigas, encontramos a crença na inicial proclamação da Lei a setenta nações. Há, por isso, estudiosos que defendem a tese de que Lucas, então, talvez tenha ‘domesticado’ o fenômeno de êxtase usando a tradição da proclamação da Lei às nações, que, em Atos, são os judeus da Diáspora, ocultando o caráter extático da experiência da narrativa mais antiga, fazendo, do texto, uma midrash para proclamação às nações” (Cap. 10, p. 187,188). 
Os trechos acima transcritos são exemplificativos, e justificariam a reação indignada por parte de qualquer crente devidamente informado das doutrinas bíblicas.
Há, ainda, um componente que demanda atenção cuidadosa: Mesquiati e Kenner tentam contrapor a hermenêutica pentecostal à hermenêutica calvinista, mas com argumentos equivocados. O problema reside numa caracterização deturpada do calvinismo, o que, todavia, pode passar despercebido a pentecostais que estejam ansiosos por reunir argumentos em defesa de sua confissão.
Para que não haja dúvida: pentecostais e calvinistas diferem em muitos aspectos, especialmente nas searas da soteriologia, da pneumatologia e da escatologia, mas compartilham as mesmas bases de fé no que concerne à Bíblia Sagrada como sendo a Palavra de Deus inspirada, inerrante, infalível, autoritativa, suficiente e imutável, além de adotarem o método gramático-histórico na interpretação das Escrituras. Bem por isso, os mesmos argumentos que os autores utilizam para criticar a fé reformada serviriam para combater a fé pentecostal, porque o que eles têm em mira é o próprio alicerce da revelação bíblica.
Buscando um liame histórico que sustente a pentecostalidade e que ao mesmo tempo se afaste dos reformadores “magisteriais”, os autores defendem que os espiritualistas da Reforma Radical seriam predecessores importantes do pentecostalismo.
De modo explícito, Mesquiati e Kenner dão crédito à distinção entre “Palavra exterior” e “Palavra interior”, a primeira correspondente ao texto bíblico, ao Jesus histórico, aos sermões e aos sacramentos, e a segunda, a uma suposta Palavra que estaria no coração dos salvos. Citando um dos reformadores radicais, os autores chegam a concordar com a ideia de que “o Espírito vem a ser um modo da Palavra” (Cap. 5, p. 129).
Mais ao final do livro, Mesquiati e Kenner incluem considerações sobre poimênica (ação pastoral) e missiologia, em capítulos que tornam ainda mais nítida sua inclinação a uma visão de mundo “progressista”.
A proposta teológica constante do livro é deveras arriscada e adentra ao campo dos pressupostos da interpretação bíblica, o qual naturalmente precede os terrenos próprios dos métodos e das regras de hermenêutica. Trata-se de algo absolutamente grave.
O emprego de diretrizes forjadas nas ciências humanas serve como instrumento de premissas teologicamente equivocadas, como se a Bíblia não fosse a revelação definitiva de Deus, como se não houvesse na Escritura o caráter celestial, sobrenatural e sagrado, como se os princípios e regras de interpretação não estivessem nela esboçados, podendo, assim, ser objeto da volatilidade das especulações acadêmicas.
O teste de ouro dessa nova abordagem de hermenêutica pentecostal seria pedir aos autores que aplicassem seu método à exegese de textos bíblicos, especialmente daqueles que tratam de temas como a criação do homem e da mulher, o papel da mulher no casamento, pecados sexuais, aborto, sujeição às autoridades civis e eclesiásticas, direito de propriedade, laicidade do Estado. Não é possível que a adoção de pressupostos tão diferentes dos que adotamos até hoje produzam as mesmas consequências no trabalho de interpretação.
É bastante curioso e digno de toda preocupação que os responsáveis pela elaboração e edição da obra tenham se sentido tão fortemente encorajados a oferecer ao público da CPAD uma obra de tamanho desapego aos lastros do Cristianismo histórico, ortodoxo, protestante, evangélico e pentecostal.
Causa verdadeira estupefação que alguém tenha tomado fôlego para uma empreitada dessa natureza, conhecedores que são (os autores e o editor) da tradição da igreja, das crenças do povo, dos costumes ministeriais e eclesiásticos, do acervo bibliográfico precedente (no pentecostalismo assembleiano) e, enfim, daquilo que vai registrado na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, que elege o método histórico-gramatical como forma destinada à compreensão das Escrituras, em sintonia com a Reforma.
É certo que a liberdade de expressão abriga e protege quaisquer manifestações de pensamento, e existe uma farta literatura criticista em livrarias e bibliotecas pelo mundo. Contudo, devemos indagar se é admissível a uma editora confessional conservadora publicar livros de cunho liberal.
Em termos práticos, surge a questão da formação de obreiros, que, uma vez submetidos a professores assembleianos e livros da CPAD que ostentem uma linha teológica dessa espécie, estarão na mira de seduções intelectuais de qualidade comprovadamente prejudicial à fé pessoal e coletiva, pensando tratar-se de algo positivo, porque chancelado por instâncias oficiais da denominação.
Referência da obra analisada:
OLIVEIRA, David Mesquiati; TERRA, Kenner R. C. Experiência e hermenêutica pentecostal: reflexões e propostas para a construção de uma identidade teológica. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, 224p.
por Alex Esteves ( Gospel Prime)

Milionário ateu tem experiência com Deus e agora discipula empresários cristãos



“Uma voz falou comigo em uma língua que eu não entendia”, lembra Michael McIntyre.

Michael McIntyre. (Foto: Cortesia / CBN)

O empresário Michael McIntyre alcançou o sucesso que a maioria das pessoas sonha: um jatinho, vários assistentes e dezenas de milhões de dólares em receita.
No entanto, tudo mudou quando sua filha ficou doente. Embora se declarasse ateu e tivesse raiva dos cristãos, em especial os evangélicos, ele tinha muitas pessoas orando por sua salvação. McIntyre dizia que quando olhava para o mundo via tanto mal, não entendia como podia haver um “Deus bom” em meio a tudo isso.
Com uma carreira de sucesso no ramo de seguros, sua vida era só trabalhar. Sem que o empresário soubesse, seu irmão estava orando há muito tempo para que ele fosse salvo. Chegou a levantar um exército de mais de 1.000 intercessores regulares por Michael.
“Um dia minha filha ficou muito doente. Nós a levamos para o hospital e passamos 8 horas no pronto-socorro e foi muito difícil. No final do dia, estávamos exaustos – mas ela ficou bem”, conta.
Quando chegou em casa, exaurido emocionalmente, Michael lembrou-se das palavras de sua mãe: “Sempre que algo de bom acontecer, dê graças a Deus”.
“Então eu comecei agradecer a Deus por cerca de uma hora. Eu estava me sentindo tão agradecido”, lembra, sem conseguir explicar o que estava acontecendo.
Naquela mesma noite ele teve um sonho. “Uma voz falou comigo em uma língua que eu não entendia. Eu não contei a minha esposa sobre isso, mas liguei para o meu irmão para contar a ele sobre esse sonho”, explicou Michael.
A partir daí seu irmão começou a lhe falar sobre a Palavra e Michael teve um interesse repentino. “Pela primeira vez, li a Bíblia. Por um tempo fiquei chorando porque pude entender o que ela dizia”, testemunha.
Anos depois, seu pastor pediu que ele liderasse um retiro para a igreja. Naquele final de semana o Espírito Santo lhe deu uma visão muito clara do que ele devia fazer.
Ele viria a se tornar o “pastor McIntyre”. Decidiu vender seu negócio bem-sucedido e passou a desenvolver um programa de mentoreamento para empresários cristãos.
O Next Level Experience, nome de seu ministério, tem crescido muito e ajudado a todos os interessados e “reacender sua fé e descobrir quem Deus realmente os projetou para serem na vida”.
Ele entende que seu destino na vida é ajudar aqueles que estão se sentindo “parados” na vida espiritual e na carreira.
“Eles precisam que alguém os ajude a levá-los ao próximo nível (next level, em inglês) e é isso que fazemos”, encerra.
por Redação Gospel Prime