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domingo, 16 de abril de 2017

Igreja oferece crucificação literal para fiéis terem “experiencia da Páscoa”


Resultado de imagem para Igreja oferece crucificação literal para fiéis terem “experiencia da Páscoa”   Projeto acabou cancelado após muitas críticas

Há uma década a cidade de Manchester, na Inglaterra, não via uma encenação da Páscoa, com o julgamento e a paixão de Cristo. Preocupada com o declínio no número de membros e o avanço do islamismo no país, a liderança da Catedral Anglicana resolveu oferecer aos membros uma “experiência da Páscoa”, visando ao mesmo tempo arrecadar fundos para a manutenção do templo.
Ao preço de 750 libras (cerca de 3 mil reais), os interessados poderiam desfrutar da “experiência” prometida, que incluía uma crucificação real. A pessoa seria amarrada a uma cruz colocada no terreno da igreja por algumas horas.
Ainda que pareça uma ideia absurda, essa prática é comum em países como as Filipinas, onde centenas de cristãos aceitam serem flagelados e literalmente crucificados para “participarem” dos sofrimentos de Cristo.
Contudo, na Inglaterra os organizadores da Paixão de Manchester 2017 cancelaram o evento, que ocorreria nesta sexta-feira (14), após os líderes da Igreja receberam acusações que seria algo inseguro e blasfemoreporta o jornal The Guardian.
A “experiência completa de crucificação” não havia sido aprovada pelo pastor Falak Sher, um dos responsáveis pela Catedral de Manchester. “Logo que ouvi falar sobre isso, disse que não gostei. Acho que é uma vergonha, toda a mensagem da cruz é sobre esperança e amor. Quando eu vi que levaram adiante, pedi ao comitê que cancelasse. Não era uma mensagem muito positiva”, explica Sher.
O objetivo do projeto era, além de fazer uma peça contando a história da Páscoa cristã, levantar 8.000 libras esterlinas para cobrir os custos, estimados em 55 mil libras. Ao todo, 120 pessoas farão parte da encenação.
O diretor criativo da peça, Geoff Millard, disse que as crucificações oferecidas “seriam muito reais” e o objetivo era “dar uma experiência que provavelmente eles não esqueceriam”. Mas ele se defende: “Claro que não haveria pregos nem qualquer dor infligida, mas o restante da experiência seria muito real”.
Alexander Stewart-Clark, que admite ter sido o autor da ideia de oferecer as crucificações, disse que não achava que seria uma blasfêmia, mas admitiu que para muitos, isso era de mau gosto.
Revelou que apareceram interessados, mas não quis informar quantos seriam. Acrescentou que a Catedral vem estudando outras formas de arrecadar fundos, mas não vem tendo sucesso.

por Jarbas Aragão

Como será a Páscoa para os cristãos egípcios?




“Alguns estão com medo de ir à igreja nesse domingo, mas eu percebo que a maioria está disposta a celebrar a vitória em Cristo; ele nos faz vencer o medo e a morte”
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Durante as comemorações do Domingo de Ramos, duas igrejas no Egito, uma em Tanta e outra em Alexandria, foram atacadas por militantes islâmicos. No total, 49 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas. A equipe da Portas Abertas conversou com Arif *, um parceiro e líder cristão no Egito. Ele e sua família estavam a caminho da igreja quando souberam dos ataques. “O clima era bom e eu estava feliz, até que li a notícia do primeiro ataque, em Tanta. Fiquei chocado. As pessoas estavam ali celebrando a fé, em paz. Senti muito pelos nossos irmãos”, disse.
Arif conta que, em pouco tempo, soube do segundo ataque, em Alexandria. “Liguei novamente o celular e li a notícia. Eu vi a tristeza nos olhares das pessoas, membros da igreja. Todo o nosso país está sendo alvo nesse momento, até mesmo os militares estão sendo atacados”, conta. O líder explicou que os feridos e as famílias que estão preparando os funerais de seus entes queridos estão recebendo ajuda através do ministério de presença. “Depois vamos avaliar o tipo de ajuda que nossos irmãos precisarão a longo prazo”, explicou.
Ele também disse que nos treinamentos de discipulado e nas conversas com líderes de igrejas, eles tentam conscientizar para o fato de que a perseguição faz parte da vida cristã. Ao ser questionado sobre a Páscoa no Egito, ele disse: “Alguns estão com medo de ir à igreja nesse domingo, mas eu percebo que a maioria está disposta a celebrar a vitória em Cristo. Ele nos faz vencer o medo e a morte”. Alif contou que algumas igrejas decidiram cancelar a reunião de Páscoa e simplesmente se manter em oração. As demais vão comemorar a ressurreição de Jesus.
Certos de que a perseguição vai piorar para a igreja no Egito, o colaborador pede a todos que intercedam pela paz: “Tomara que eu esteja errado, mas outros ataques não me surpreenderiam. Por isso, nos ajudem a orar por proteção. Que todos os cristãos ao redor do mundo também clamem pelos perseguidores e por aqueles que ainda planejam o mal contra nós. Peçam para que muitos ‘Saulos’ sejam transformados em ‘Paulos’ nessa nação.”
*Nome alterado por motivos de segurança.
por Portas Abertas

“Jesus foi o maior socialista que já existiu”, declara Jefferson Ramalho



Resultado de imagem para “Jesus foi o maior socialista que já existiu”, declara Jefferson Ramalho    Foi lançado, no dia 8 de abril, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um livro que, não tenha dúvida, desencadeará uma série de análises, artigos e comentários nas redes sociais. Em Jesus, o maior socialista que já existiu, o teólogo, historiador e doutorando em História pela UNICAMP, Jefferson Ramalho delineia alguns aspectos que, segundo ele, aproximam Jesus do que hoje conhecemos por “socialista”. Nesta entrevista conversaremos um pouco sobre o quarto livro de Ramalho e sua compreensão sobre alguns temas polêmicos no meio evangélico. Esta entrevista não versará sobre uma análise teológica dos Evangelhos, mas alguns exemplos humanitários de Cristo. Convém deixar claro que os pontos aqui abordados não refletem a opinião deste Gospel+.

Cristãos Progressistas. Jefferson, tudo bem?
Jefferson Ramalho. Por favor, não quero parecer indelicado na resposta, mas eu aprendi com um grande amigo – o qual, inclusive, me honrou com o prefácio deste meu novo livro – que não devemos responder que está tudo bem -“tudo é muita coisa”, diz ele. Eu posso dizer que estou bem, mas não plenamente bem.
 Existem muitas pessoas que não conheço que neste exato momento estão vivenciando sofrimentos terríveis. Mesmo que, na maioria dos casos, eu nada possa fazer – se é que eu não posso mesmo – o simples fato de saber que há pessoas sofrendo, agora, me impede de dizer que está “tudo” bem. Eu posso estar, mas quantos não estão? Muitos, muitos mesmo. Então, eu prefiro dizer, com um certo constrangimento, que estou apenas bem.
Cristãos Progressistas. É um grande prazer poder conversar contigo e conhecer um pouco mais sobre o seu mais novo livro, Jesus, o maior socialista que já existiu.
Jefferson Ramalho. Eu me sinto honrado em falar com você sobre este meu novo trabalho. Espero contribuir de alguma maneira. Nem que seja provocando dúvidas e reflexões. Aproveito para agradecer tanto pelo convite para esta entrevista quanto pela oportunidade de divulgar meu trabalho.
Cristãos Progressistas. Não há dúvida de que Jesus é a figura mais emblemática da História e que tem sido descrito de diversas maneiras, como um grande líder, visionário, e exemplo de administrador e psicólogo, e agora como o “maior socialista que já existiu”. De onde surgiu a inspiração para chegar a essa conclusão?
Jefferson Ramalho. Simples. A inspiração surgiu da releitura que passei a fazer dos evangelhos de alguns anos para cá, desde que deixei de frequentar, por opção, os templos religiosos. Houve tempos nos quais eu via em Jesus um grande curandeiro, milagreiro, mágico, enfim. Passei a perceber que faria muito mais sentido se começasse a prestar atenção tão somente na experiência humana de Jesus de Nazaré. Não quero entrar na discussão em torno da divinização de Jesus que, como sabemos, resultou de um processo de construção discursiva, dogmática, teológica e até política. Tenho percebido que o mundo, para ser melhor (não perfeito, pois é algo impossível) não precisa de uma compreensão de um Jesus sobrenatural, divino, ressuscitado dos mortos. O mundo precisa, antes de tudo, conhecer o jovem de Nazaré, que era humano como todos nós, inconformado com a injustiça e a desigualdade, que denunciava os poderosos e que não se envergonhava de manter amizades com pessoas rejeitadas pela sociedade. O comportamento de Jesus seria, não tenho dúvida, execrado pelas igrejas de hoje.
Cristãos Progressistas. Você tem consciência de que está entrando em um campo minado, ou seja, que há uma forte resistência a temas associados ao Socialismo? Acredita ser possível apresentar aos cristãos uma nova compreensão da face humana de Cristo?
Jefferson Ramalho. Sim. Primeiro, porque dizer que Jesus foi socialista é um grande problema do ponto de vista histórico-filosófico. Por quê? Porque ele viveu há cerca de dois mil anos. O Socialismo é uma corrente ideológica que ainda não completou duzentos anos. Portanto, é anacrônico dizer que ele foi socialista, tanto quanto seria chamá-lo de capitalista, psicólogo, líder executivo, mas é inegável que muitos – senão todos – os princípios de solidariedade, igualdade, justiça, relações humanas de respeito pelo outro, independentemente de sua condição, raça, cor, sexo, gênero, religião, orientação sexual são comuns tanto na vida e comportamento de Jesus de Nazaré, como no Socialismo. 
Sabemos, sim, que o Socialismo é plural. Mas, os grupos que ao longo da história se disseram seguidores de Jesus também foram e são plurais. No entanto, há uma essência que os une. E, não tenho dúvida, de que se existem diferenças entre a mensagem do jovem galileu e a mensagem socialista, estas estão longe de superar aquilo que as aproxima. Há muito mais pontos em comum do que diferenças. É para isso que quero chamar a atenção de leitores e leitoras que me derem a honra e o privilégio de suas atenções para o meu livro.
Cristãos Progressistas. Que elementos dos Evangelhos podemos tomar como fundamentos para a compreensão de que Jesus foi o maior socialista que já existiu?
Jefferson Ramalho. Exatamente aqueles que mencionei: os princípios da solidariedade, da igualdade, da justiça social e econômica, das relações humanas de respeito pelo outro independentemente de qualquer coisa. As pessoas têm que ser respeitadas em suas condições e escolhas. Mas, quero chamar a atenção para um ponto muito importante. Jesus era um sujeito que estava disposto a enfrentar cara a cara a injustiça, a arrogância, o poder opressor de líderes políticos e religiosos, a exploração do ser humano e a falsa ideia de meritocracia a ser aplicada numa sociedade na qual as oportunidades são desiguais desde quando o seres humanos nascem. Defender a meritocracia em uma sociedade desigual é desumano, é injusto, é sem o mínimo sentido, é sem critério racional e ético. Jesus, por outro lado, foi defensor da justiça, dos menos favorecidos, dos excluídos, dos explorados, das vítimas de preconceito. A leitura mais simplória dos evangelhos já permite que percebamos isso. 
Infelizmente, líderes religiosos de hoje, sem o mínimo conhecimento exegético, sem o mínimo conhecimento das línguas originais da Bíblia, distorcem a narrativa de tal maneira, fazendo-as falar aquilo que elas não estão falando. E, com isso, enganam pessoas, enriquecem às custas da fé alheia, fazem alianças políticas que não promovem o avanço da sociedade em todos os sentidos, mas que na prática servem apenas para encher seus bolsos e legitimar visões de mundo que são conservadoras, retrógradas, excludentes e preconceituosas. É uma pena que seja assim. Dizem que promovem o amor (claro que vão dizer isso), mas promovem o ódio, a exclusão e até a violência.
Cristãos Progressistas. No capítulo 7 do livro você trabalha com a temática de que “não se deve matar um criminoso”. É uma resposta a cultura do punitivismo que caracteriza países como o Brasil? Que dizer dos que têm como base sua fé no Evangelho, e, ao mesmo tempo, são defensores de práticas como linchamento e pena de morte? Não está em franca contradição com o segundo maior mandamento – amarás o próximo como a ti mesmo?
Jefferson Ramalho. Em total contradição. Quem defende a violência não pode se dizer seguidor de Jesus de Nazaré. Pode até dizer que segue a Bíblia, pois de fato há muitos momentos, especialmente no Primeiro Testamento, que trazem a ideia de um Deus vingativo, punitivo, violento. Mas, devemos sempre lembrar que a Bíblia, antes de qualquer coisa, é resultante de várias construções discursivas de um povo que queria legitimar suas crenças, sua identidade étnica e suas guerras. E, para isso, nada como dizer: “Deus está do nosso lado e não do lado dos outros”. Mas, se vamos para o Segundo Testamento, o Jesus de Nazaré que ali é apresentado, em meio a uma série de narrativas míticas e repleta por metáforas, tem uma mensagem muito clara a passar. Quem agride um agressor, se torna tão agressor quanto ele; quem mata um assassino, se torna tão assassino quanto ele. É simples e básico isso nos evangelhos. Quando uma mulher foi flagrada em adultério, quiseram matá-la, pois a lei em certo sentido os permitia fazer isso. Jesus, porém, dado ao enfrentamento como era, desafiou-os: “aquele que entre vocês jamais cometeu algum erro, pode apedrejá-la.” E o que mais vemos na narrativa desse episódio? O machismo.
Mulheres flagradas em adultério eram apedrejadas. E homens adúlteros? Não deveriam, então, receber o mesmo castigo? Mas, não era assim naquela sociedade machista dos tempos de Jesus, que não difere muito da sociedade atual. Para Jesus, nem mulheres nem homens flagrados em adultério mereciam a pena de morte. Um garoto menor infrator e um filho de família burguesa, ambos usuários de drogas – e que roubam em função disso – não merecem ser açoitados. Ambos são dependentes químicos e merecem o mesmo tratamento para terem as suas vidas recuperadas. Isso sem falar das condições precárias dos presídios. Presídio não existe para punir o criminoso ou para proteger a sociedade dos infratores da Lei que estão presos. Presídio existe para recuperá-los e torná-los pessoas que possam voltar a viver na sociedade. Mas, considerando as condições do sistema prisional brasileiro, são poucos os que saem da prisão recuperados. Vivemos um verdadeiro caos! Por isso tantos defendem a pena de morte. Só que um Estado que aplica a pena de morte admite que não tem competência para recuperar e reeducar seres humanos. 
Precisamos entender que pessoas são recuperáveis. Basta haver instrumentos eficazes para isso.
Cristãos Progressistas. Os textos de Atos 2.44-47 e 4.32-37 são evidências de que os apóstolos tinham uma visão diferenciada, que acreditavam em princípios como igualdade e justiça social?
Jefferson Ramalho. Diferentemente do que ocorria na igreja de Corinto, na qual os ricos se empaturravam e não dividiam nada com os mais pobres, a igreja descrita nesses dois pequenos trechos do livro de Atos dos Apóstolos era solidária, desprendida de todo e qualquer bem material, não havia teologia da prosperidade, mas havia compartilhamento. É revoltante saber que existem pastores milionários e, ao mesmo tempo, em suas igrejas há pessoas que não têm o que comer em casa. E o que é pior: o sujeito (o pastor) é tão sem escrúpulos que é capaz de dizer que a pessoa está naquela situação porque não tem tido fé suficiente para melhorar de vida.
Cristãos Progressistas. Você considera os países nórdicos, como Suécia, Noruega e Finlândia como modelos de governos comprometidos com o bem-estar dos cidadãos? São hoje os melhores modelos de eficiência em políticas sociais, de igualdade de gêneros, e democracia participativa?
Jefferson Ramalho. Ainda não tive a oportunidade de conhecer esses países e nem sei se algum dia terei. O que sabemos é que eles estão muito à frente de nós em muitos quesitos. Não apenas em termos econômicos. A Economia desenvolvida é apenas uma consequência. Eles estão à frente de nós porque têm uma cultura política mais responsável, levam mais a sério aquilo que chamamos de ser humano. Você vai ao médico num país desse e é tratado como alguém que precisa ser assistido com responsabilidade; você tem uma Educação de ponta para todas as crianças e jovens, sem distinção; você aprende desde cedo a conviver com o outro, independentemente do quanto ele possa ser diferente de você. A nossa sociedade somente será melhor no dia em que aprender a viver com aquilo que melhor a caracteriza: a diversidade. E, nesses países em particular – o que, aliás, não ocorre em todo país economicamente desenvolvido – o convívio com o outro, seja ele de outra raça, cor, religião, identidade de gênero, etc, é muito respeitoso. Ser um país desenvolvido economicamente não significa que ele esteja livre de marcas e manchas culturais que expõem seus preconceitos e suas discriminações ainda tão notáveis.
Cristãos Progressistas. Para finalizar, apresente suas últimas considerações sobre o lançamento do livro Jesus, o maior socialista que já existiu.
Jefferson Ramalho. Eu pediria para que as pessoas façam a leitura completa do livro antes de o avaliarem ou o rotularem. E, apesar de já ter recebido muitas críticas de conservadores religiosos e, claro, de pessoas que têm convicções políticas neoliberais e capitalistas sem que sequer tenham lido o livro, quero deixar meu convite a todos e todas para o lançamento que será neste dia 8 de abril, a partir das 18h30, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo (Rua Serra do Japi, 31, Tatuapé, São Paulo/SP). Teremos uma mesa com alguns convidados, boa música e, acima de tudo, muito diálogo e reflexão.

3 anos do sequestro das meninas de Chibok


“As lágrimas nunca secam e a dor permanece em nossos corações; queremos ver nossas meninas retornando”

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Hoje, dia 14 de abril, faz exatamente 3 anos que as “meninas de Chibok” foram sequestradas de uma escola pública secundária, no estado de Borno, norte na Nigéria, por militantes do grupo extremista islâmico Boko Haram. Um dos pesquisadores da Portas Abertas, Isaac*, visitou a vila recentemente e passou algum tempo conversando com os pais que ainda oram pelo retorno de suas filhas. Elas foram levadas para a floresta de Sambisa e, desde então, tudo o que restou delas foi saudade. Embora algumas tenham sido resgatadas (cerca de 70), outras já morreram ou ainda permanecem em cativeiro. “A triste realidade nos inspira a querer fazer mais por elas. Meu coração está pesado enquanto escrevo essas palavras”, disse um dos colaboradores.
É impossível saber exatamente qual a situação de todas. “São três longos anos de muita espera para os pais, que nunca deixaram de orar. Sabe-se que 23 deles já morreram de doenças cardíacas, enquanto outros ainda sofrem com doenças relacionadas ao estresse. Eles nunca se recuperaram disso”, comenta o colaborador. “A morte delas não é o que eles mais temem, pois sabem que morrendo elas estarão na presença de Jesus. Mas eles temem por cada dia que elas podem passar nas mãos de homens rudes, que abusam de mulheres e que ainda esperaram a recompensa de Alá”, explicou.
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O paradeiro de algumas meninas
Em 18 de maio de 2016, soldados nigerianos resgataram Amina Ali Darsha Nkeki (19), perto de Damboa, ao sul de Maiduguri, com um bebê de quatro meses e seu “marido”. No dia 13 de outubro do mesmo ano, outras 21 meninas retornaram graças ao esforço em conjunto do presidente nigeriano, o governo suíço e a Cruz Vermelha, que negociaram com os jihadistas. E em 5 de novembro de 2016, foi a vez de Mary Ali Maiyanga, em Pulka, Gwoza, com um bebê de 10 meses de idade.  Todas elas pareciam atordoadas, mas quando se encontraram com os pais a emoção foi incontrolável. Na ocasião, Rebecca Mallum falou em nome de todas elas e agradeceu ao presidente e aos demais.
Comemorando o retornoEm seguida, elas cantaram alegres. “Estamos felizes por viver esse dia maravilhoso porque não sabíamos que voltaríamos para casa. Agradecemos a Deus por seu amor e oramos pelas demais meninas que ainda estão na floresta. Que Deus as ajude a voltar também”, disse Rebecca. A mãe de Raha Emmanuel comentou: “Eu não esperava ver minha filha novamente. Agora estamos orando para que as demais não sejam deixadas para trás, que Deus as traga de volta em segurança, assim como trouxe minha filha”, disse.
Negociações
As negociações para a liberação de cerca de 200 outras meninas continuam. As críticas contra o governo por não fazer o suficiente estão aumentando. Alguns relatórios apontam que algumas sentem vergonha de voltar para casa por terem sido forçadas a se casar com extremistas e por terem tido bebês com eles. Aquelas que querem voltar são justamente as que negaram se converter ao islã. “As lágrimas nunca secam e a dor permanece em nossos corações. Queremos ver nossas meninas retornando”, disse um dos pais.
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Condições pós-resgate
Infelizmente, os pais das meninas que foram resgatadas não podem ficar com elas. “Desde que elas chegaram, os pais as viram apenas duas vezes”, explica o colaborador. “Não estamos satisfeitos com a forma como o governo está mantendo nossas filhas em Abuja, sem escola, sem nada. A presidência está nos dizendo uma coisa e está fazendo outra. Acho que estamos sendo enganados”, disse Yakubu, representante dos pais em Chibok.
“A situação é intolerável. Depos de três anos, ainda é difícil acreditar que algo assim pode acontecer. Quase 300 garotas são sequestradas e não são resgatadas em pouco tempo. Como é possível que um grupo tão grande permaneça desaparecido depois de tanto tempo, com toda a experiência e tecnologia disponíveis neste mundo? É realmente assustador”, diz Yakubu. “A Portas Abertas permanece o mais próximo possível das famílias, fornecendo todo o necessário, desde alimentos, cuidados médicos até tratamento pós-trauma. Milhares de cartas de encorajamento foram escritas como forma de apoio.
Podemos fazer mais pelas meninas de Chibok e suas famílias?
Sim, podemos. Em nome dos pais dessas garotas sequestradas, podemos orar a Deus e interceder por essa situação, por mais difícil que pareça. Não há nada que eles apreciem e valorizem mais do que as orações. “Estamos sobrevivendo pelo poder das orações dos nossos irmãos ao redor do mundo. Precisamos muito de vocês”, conclui um dos pais, o pastor Ayuba.
por Portas Abertas

Série 13 Reasons Why impulsionou busca de adolescentes por ajuda contra o suicídio no Brasil



Resultado de imagem para Série 13 Reasons Why impulsionou busca de adolescentes por ajuda contra o suicídio no Brasil    A série 13 Reasons Why, produção exclusiva da Netflix, está preocupando médicos e voluntários pró-vida por ter impulsionado a busca por ajuda contra o suicídio em entidades de apoio, como por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Na história de ficção de 13 Reasons Why – que é baseada em um livro – uma jovem adolescente grava fitas contando os motivos que a levaram ao suicídio, e o bullying aparece como a fonte principal de sua dor.
De acordo com os voluntários do CVV, desde que a série estreou, o número de e-mails de pessoas procurando ajuda subiu 445%, além de um crescimento de 170% nas visitas ao site da entidade.
A menção direta à série surgiu em pelo menos 100 casos apenas na última semana. O CVV informa ainda que a maioria das pessoas que buscaram ajuda desde que a série estreou é jovem e disseram que se identificam com a dor da protagonista de 13 Reasons Why.
O CVV sugeriu que pais de adolescentes mantenham-se alertas para mudanças de comportamento, e não tenham receio de procurar ajuda profissional. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, especialistas sugerem que adolescentes devem estar acompanhados por adultos quando assistirem a série.
A página do CVV na internet oferece apoio 24 horas para pessoas que consideram o suicídio como única saída. Os canais são diversos: e-mailchat, Skype e telefone. A média de visitantes, nessa primeira quinzena de abril, saltou de 2,5 mil para 6.700.
O lançamento de 13 Reasons Why aconteceu no dia 31 de março, e depois que muitas pessoas criticaram a história nas redes sociais, houve um pico de procura ao site do CVV: 9.269 pessoas acessaram o site da entidade.
O número de pessoas que sentiu necessidade de conversar com alguém sobre o desejo de tirar a própria vida, mesmo que por e-mail, também cresceu, segundo o CVV. Entre os dias 1º de abril e 10 de abril, 1.840 mensagens foram enviadas aos voluntários, contra 635 no mesmo período do mês anterior. A média que antes era de 55 e-mails diários, nos primeiros dez dias de abril cresceu para mais de 300.
Robert Paris, presidente do CVV e voluntário há 23 anos, afirma que quem procura ajuda da entidade citando a série afirmam que se sentiram tocados pelo conteúdo. “Então, na conversa que temos com essa pessoa, podemos trafegar livremente pelo personagem e por ela. Às vezes, dessa maneira, a pessoa fica mais à vontade para desabafar”, explicou.
Luciana Zobel Lapa, psicóloga e pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é orientadora educacional e diz que a série não é adequada para adolescentes que ainda não entraram no Ensino Médio. A dica deixada pela psicóloga aos pais é que eles precisam estar ao lado dos filhos. “Ou, pelo menos, assista primeiro e avalie a pertinência de os filhos assistirem”.
A Netflix reconhece que a série tem uma história pesada. A gerente de Comunicação da empresa, Amanda Vidigal, afirmou ao Estadão que foi tomado “total cuidado” ao produzir a série, por que a história trata de “temas sensíveis”, e salientou a produção contou com apoio de uma consultoria de profissionais da saúde.
“Também foi criado um after show de 30 minutos, exibido após a série, com produtores, atores e esses consultores que falam da importância do tema. Além disso, criamos um site que dá o contato dos grupos de suporte”, informou Vidigal, acrescentando que nos três episódios mais chocantes, 9, 12 e 13, há alertas no início para o espectador.
Por Tiago Chagas

A igreja não está pronta para o que vem por aí, afirma especialista em profecias



Resultado de imagem para A igreja não está pronta para o que vem por aí, afirma especialista em profecias   Ignorar as profecias bíblicas é um perigo, na opinião de Jake McCandless

Redator de um site sobre profecias bíblicas e autor de livros sobre o tema, o teólogo Jake McCandless está preocupado com a situação da igreja no Ocidente. Para ele, a fidelidade dos cristãos está sendo desafiada “de muitas maneiras”. Acrescenta que somos abençoados por termos liberdade de culto, mas ao mesmo tempo isso nos torna “fracos” na fé.
“Na maior parte do mundo de hoje, se você decidir seguir a Cristo, sabe que vai enfrentar a perseguição de imediato. Nós somos simplesmente fracos! Nem imaginamos que poderíamos enfrentar lutas. Isso nos coloca em um lugar perigoso”, assegura.
Ele acaba de lançar seu novo livro, “Preparação Espiritual: Profecias ignoradas sobre os últimos dias”, onde relata que há um “abandono” das igrejas no estudo da profecia, especialmente entre os crentes mais jovens.
O estudioso foi pastor por alguns anos, mas resolveu dedicar-se somente ao ensino. Ele argumenta que conhecer a profecia é “crítico” para revitalizar a igreja, pois é algo essencial no estudo da Bíblia. “Aproximadamente um quarto da Escritura é profecia, e metade delas tem a ver com os últimos dias, a geração que precederá o retorno do Senhor”, lembra.
“Eu acho que está mudando, mas até muito recentemente, a igreja não prestava muita atenção nas profecias. Há quem zombe do que a Palavra de Deus diz que irá acontecer nos últimos dias”, desabafa.
McCandless disse que os cristãos deveriam entender que as profecias não tratam apenas de eventos grandiosos que aconteceram no passado ou ainda ocorrerão, mas oferecem uma nova visão sobre o que está acontecendo agora e os desafios específicos que a igreja enfrenta.
“A profecia é evitada por muitos”, disse ele. “Não apenas pelos pastores, mas pelas pessoas em geral… A grande maioria da igrejas simplesmente não fala sobre elas. Então acho que eles estão precisando voltar ao nível básico do que a Escritura diz.
O teólogo acredita que um erro comum é achar que “profecia” é algo que remete apenas à Marca da Besta, ao Anticristo que surgirá ou a cena geopolítica nos tempos finais.
“Há muitas passagens que são conhecidas, mas não olhamos para elas como proféticas. Realmente é preciso observar as passagens que descrevem a humanidade e especialmente o comportamento dos cristãos no final dos tempos, no tocante à sua moralidade e fé”, justifica.
Ele cita 2 Timóteo, quando fala sobre as pessoas serem cada vez mais egoístas, 2 Pedro 3, que mostra sobre como a fé em Jesus seria motivo de zombaria e Mateus 24:10, onde Jesus afirma que muitos se desviarão nos últimos dias.
Como conferencista, ele disse visitar muitas igrejas, mas o cenário de desconhecimento na maioria delas é o mesmo. Por isso decidiu escrever um livro, na esperança de atingir mais pessoas com essa mensagem de alerta.
“No livro, mostro os desafios que enfrentamos por negligenciarmos as profecias, especialmente as de Mateus 24”, sublinha. Ele lembra que a perseguição dos seguidores de Jesus em lugares como o Iraque e a Síria apontam para uma tendência global.
“O que eu mais via quando eu era pastor, o motivo pelo qual as pessoas paravam de  frequentar regularmente a igreja é porque eles diziam que tiveram seus sentimentos feridos!”, por isso a sua conclusão é que a Igreja, de modo geral, simplesmente não está preparada para o que está por vir sobre o mundo.
“Você acha um tipo diferente de igreja em cada esquina, onde estão ensinando coisas muito diferentes. Nem todo mundo vai estar certo mas há muitas mensagens saindo, sabe? Acredito que realmente temos que buscar a verdade”, insiste.
Portanto, um bom caminho é começarmos a estudar as profecias e incorporamos esses ensinamentos, “só assim poderemos fortalecer a nossa fé”, encerra. Com informações WND
Por Jarbas Aragão

Igrejas também foram alvo na Índia


A situação para os nossos irmãos indianos nesse período de Páscoa é ainda mais preocupante. Interceda também por eles
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No mesmo dia em que duas igrejas foram bombardeadas no Egito, cinco igrejas na Índia, em cinco Estados diferentes também foram alvo, mas de extremistas hindus. Agora as comunidades cristãs estão reivindicando mais segurança para as comemorações de Páscoa, além de pedirem justiça pelo que foi feito. “Modi, como de costume, quer manter uma boa imagem internacional”, disse Roger Gaikwad, um dos líderes cristãos que atua no país.
A Associação Evangélica da Índia divulgou na última terça-feira, uma declaração na qual critica “o foco nos cristãos em dias especiais de adoração, como o Domingo de Ramos e a Páscoa”, como algo condenável. A associação ainda pede ao governo medidas responsáveis que venham reduzir esses ataques. “Incidentes como esses, especialmente durante a Semana da Paixão, são tendenciosos e devem aumentar para as minorias religiosas”, dizia ainda a declaração. Quatro dos cinco Estados em que os incidentes ocorreram são governados pelo Partido Hindu-nacionalista BJP (Bharatiya Janata Party – Partido do Povo Indiano).
Enquanto isso, as chamadas “leis anti-conversão” que, por sua vez, protegem as pessoas contra conversões forçadas, estão proibindo os cristãos de qualquer tipo de evangelismo. O Conselho Nacional de Igrejas na Índia disse que o surto súbito na violência anticristã é um “sinal” de que os grupos nacionalistas hindus querem enfatizar que as minorias, como cristãos e muçulmanos, representam uma ameaça para a nação que privilegia o hinduísmo.
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Sobre os incidentes (informações da Comunidade Evangélica da Índia)
Madhya Pradesh (aldeia de Sitabedi, Khandwa)
Extremistas hindus, acompanhados por policiais, interromperam o serviço religioso. A polícia prendeu os pastores e suas esposas, entre outros cristãos, e os levou à delegacia local. Três pastores foram detidos sob a Lei de Liberdade de Religião (lei anti-conversão), e os demais foram libertados naquela noite.
Haryana (cidade de Kaithal)
Os extremistas hindus interromperam o culto de uma igreja liderada por um pastor chamado Yashpal. O grupo “ameaçou e maltratou” os cristãos e depois apresentou uma queixa oficial na delegacia da polícia local, alegando que os cristãos estavam forçando as pessoas a se converterem. A polícia levou os cristãos sob custódia. O inspetor local alegou ter sido “custódia protetora” e que eles foram liberados após as alegações serem consideradas sem fundamento.
Uttar Pradesh (aldeia de Jahanpur, Ghazipur)
Uma multidão espancou Krishna Paul, um líder cristão, e entregou-o à polícia. Ele foi libertado depois que outros líderes locais conversaram com a polícia.
Rajastão (Sri Ganganagar)
Os extremistas hindus interromperam um culto, e o líder cristão Saji Mathew, foi preso e colocado sob custódia policial, junto com outros sete cristãos. Aldeões locais, com a ajuda de um sacerdote hindu, reclamaram para o chefe da aldeia que os cristãos estavam “envolvidos em conversões forçadas”. O chefe da aldeia então assinou uma queixa e entregou à polícia local, que prendeu os cristãos. Depois que outros líderes locais conversaram com a polícia, os critãos foram liberados.
Tamil Nadu (Keeranur, Dindigul)
Funcionários do governo interromperam uma reunião de oração particular na casa de um cristão chamado Gunasekaran. Os funcionários filmaram e tiraram fotos das pessoas orando e depois disseram que deveriam parar. A família de Gunasekaran (cerca de 20 pessoas) costuma se reunir na casa dele todos os domingos, nos últimos 24 anos, para orar. O cristão foi forçado a assinar um pedaço de papel e convocado a comparecer no escritório do governo local, no dia seguinte. A Sociedade Evangélica da Índia observou que as orações são feitas apenas por membros da família, e não por pessoas de fora, e que nenhum sistema de alto-falante é usado durante as reuniões. Ore pela igreja na Índia.
Por Portas Abertas