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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mais uma denominação evangélica se junta a movimento antissemita



Resultado de imagem para Mais uma denominação evangélica se junta a movimento anti semita   Igreja Luterana da América aprovou resoluções contra Israel

A Igreja Evangélica Luterana da America (ELCA) aprovou uma resolução pedindo ao governo dos EUA que interrompa toda ajuda financeira dada a Israel se os “assentamentos” continuarem sendo construídos nas regiões da Judéia e Samaria.

Também exigem que Israel acabe com sua “ocupação” e reconheça a existência de um Estado palestino. Os luteranos também pedem que o presidente Barack Obama não vete o pedido de adesão plena do Estado da Palestina na Organização das Nações Unidas.

De acordo com o Breaking Israel News, durante a assembleia trienal da denominação, realizada este ano em Nova Orleans, o pedido foi aprovado por uma margem extremamente ampla. Foram 751 votos a favor e apenas 162 contra. Atualmente, eles congregam cerca de 4 milhões de pessoas, em 10 mil igrejas espalhadas por todo o país.

A denominação passou uma resolução em separado, subscrevendo o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), pedindo que se baseie no “investimento para o fundo de responsabilidade social”, que essencialmente significa tirar dinheiro de Israel e investir “na Palestina e outras áreas com poucos recursos, onde as violações dos direitos humanos causam um impacto substancial sobre o bem-estar de todas os habitantes”.

As resoluções foram inicialmente promovidas por um grupo anti-Israel dentro da igreja luterana, chamado Isaías 58. Eles declaram que seu objetivo é “assegurar que a igreja não está lucrando com os abusos dos direitos humanos, incluindo a ocupação militar de Israel de terras palestinas que já dura meio século”.
Conheça mais sobre os prejuízos causados pelo BDS (aqui).

Outras denominações anti-Israel

 

A declaração da ELCA também diz estar orgulhosa de se juntar a outras denominações contrárias a Israel, dizendo que agora se juntam ao “crescente número de igrejas norte-americanas que endossaram atos de consciência econômica em apoio à liberdade palestina e aos direitos humanos, incluindo a Igreja Metodista Unida, a Igreja Presbiteriana dos EUA, a Igreja Unida de Cristo, entre outras”.

Na verdade, embora a Igreja Metodista Unida tenha críticas a Israel, em sua assembleia em maio, a igreja votou contra quatro resoluções pró-BDS.

Entre os movimentos anteriores, tiveram maior destaque:

2005 – Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA) adere ao BDS
2006 – A Comunhão Anglicana – que reúne as Igrejas Episcopais do Reino Unido – aprova o BDS contra Israel
2010 – Conselho Mundial de Igrejas pede boicote de produtos de Israel
2011 – A Igreja Unida do Canadá decide pelo boicote
2015 – A Igreja Nacional da Finlândia, de origem luterana, anuncia seu boicote


Corrente contrária

 

Na corrente contrária, vários ministérios e denominações norte-americanas estão entre os principais defensores de Israel. A Igreja Batista do Sul aprovou uma resolução pró-Israel em junho, que condenou o BDS e afirmou que a igreja firmemente “apoia o direito de Israel a existir como um Estado soberano.”

O pastor John Hagee, líder da organização Cristãos Unidos por Israel (CUFI), classificou de “equivocada” a decisão de cristãos serem anti-Israel. “Nossos valores cristãos exigem que tenhamos compaixão por aqueles que sofrem. Mas se você culpar Israel pelo sofrimento dos palestinos, você ignora a realidade deste conflito”, sublinhou.

Por Jarbas Aragão

Muçulmanos divulgam islã na Olimpíada “em nome da paz”



Resultado de imagem para Muçulmanos divulgam islã na Olimpíada “em nome da paz”      Literatura e cópias do Alcorão foram distribuídos aos interessados

A Secretaria municipal de Turismo do Rio de janeiro divulgou que durante a Olimpíada estão na cidade um milhão de turistas, sendo 350 mil deles estrangeiros. Assim como grupos cristãos estão acostumados a utilizar esse tipo de encontro de proporções globais em uma única cidade, durante a Rio 2016 os muçulmanos brasileiros decidiram usar a oportunidade para propagarem a sua fé.

No entorno do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca estão pessoas ligadas ao Centro de Divulgação do Islã para a América Latina. O líder do trabalho é o sheik sírio Kamal Chain, da mesquita de São Bernardo do Campo. Ele anda acompanhado de mulheres brasileiras convertidas à religião de Maomé. Segundo o líder religioso, o objetivo é esclarecer que o verdadeiro muçulmano defende a paz.

“Tanto a Bíblia, quanto a Torá (livro sagrado dos judeus) e o Alcorão (dos muçulmanos) condenam a violência e que se matem pessoas”, afirmou a O Globo.


Panfleto distribuído sobre o Alcorão.
Panfleto distribuído sobre o Alcorão.

O grupo afirma que está conversando com todos os interessados – brasileiros e turistas – em conhecer mais sobre sua religião e “lutar contra o terrorismo”. Afirmam que trazem uma mensagem de paz, para isso tentam associar o nome do profeta do Islã com o do cristianismo.

“Carregamos placas com mensagem de paz, [dizendo] que Jesus promovia a paz, o profeta Mohamed também promovia a paz. São conceitos que mostram a verdade da religião”, assevera o sheik Chahin.

A brasileira Jamilia de Lima, que participa da distribuição de literatura e cópias do Alcorão, reclama das ofensas que tem ouvido de alguns. “Já nos chamaram de terroristas, teve quem desejasse que queimássemos no inferno. Mas se assustam quando desejamos um bom dia em português. O importante é esclarecer a todos”, assegura.

Chahin faz eco, explicando que “Tem vários tipos de pessoas: os interessados, que perguntam, debatem, e os que são grossos, acusam a gente de ser homem-bomba, mulher-bomba.” Com informações de JB

por Jarbas Aragão

Ajude os cristãos perseguidos nigerianos



"Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo". (Hebreus 13.3)


A igreja nigeriana está em crescimento, mas paga um alto preço por isso. Desde 2000, o número de ataques a igrejas e aldeias cristãs aumentou consideravelmente. Hoje, o país ocupa a 12ª posição na atual Classificação da Perseguição Religiosa. Entre os anos de 2006 e 2014, mais de 11.500 cristãos foram mortos e Mais de 2 milhões de cristãos nigerianos estão deslocados. A pressão para que eles voltem ao islamismo é grande, às vezes, a proposta é feita com a oferta de alimentos, já que a maioria enfrenta uma grande crise financeira.


A Revista Portas Abertas do mês de agosto ilustra bem a situação dos nossos irmãos nigerianos e também daqueles que arriscam suas vidas para realizar o trabalho de campo, enfrentando grandes desafios e ficando longe de suas famílias. Mas eles garantem que vale a pena. "Lá, eu encontro pessoas que perderam seus entes queridos e inúmeras vezes não sei o que dizer. Eu me sinto tão privilegiado e protegido e me deparo com pessoas que perderam tudo", disse Osagie*, um dos colaboradores da Portas Abertas (leia mais na Revista). 


Todos os casos que envolvem a perda das pessoas amadas são tristes, mas o que mais se destaca é o caso das meninas do Chibok. No dia 14 de abril de 2014, o grupo extremista Boko Haram sequestrou 275 meninas, que tinham entre 9 e 17 anos de idade, de uma escola secundária que fica no Estado de Borno, na Nigéria. Pais e mães lamentam a perda até os dias de hoje e alimentam a esperança de encontrá-las novamente, através da fé em Cristo (leia mais na matéria "O abraço de quem fica e de quem vai", também na revista de agosto). A Portas Abertas já tem trabalhado em favor dessas famílias e agora está planejando também a criação de um centro de atendimento especializado em traumas, que visa atender aos cristãos vítimas de perseguição. 


*Nome alterado por motivos de segurança.


Você também pode ajudar os cristãos nigerianos perseguidos

"Confiamos em Deus e confiamos em vocês", disse um dos pais do Chibok que teve a filha sequestrada. Eles precisam saber que não estão sozinhos e que podem contar com a nossa ajuda e orações. 

"Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo". (Hebreus 13.3). Envolva-se!

Por Portas Abertas

Nadadora diz que Deus é mais importante que ouro olímpico



Resultado de imagem para Nadadora diz que Deus é mais importante que ouro olímpico          Madeline “Maya” Dirado, 23 anos sai das Olimpíadas Rio 2016 com 4 medalhas na bagagem. Foram 2 medalhas de ouro (200m costas e 4 por 200m); uma prata nos 200 medley e o bronze nos 400 medley. Contudo, ela surpreendeu a todos quando afirmou que isso não era o mais importante em sua vida. Geralmente os atletas de alto rendimento como ela literalmente vivem para o esporte.

Como não era favorita, as atuações de Dirado chamaram muita atenção e ela deu várias entrevistas depois de voltar aos Estados Unidos. Numa delas disse: “Eu não acho que Deus realmente se preocupa muito como eu nado. Estar numa equipe olímpica não é o meu objetivo final de vida. Eu acho que Deus se preocupa mais com a minha alma e se eu estou anunciando seu amor e misericórdia para o mundo”.

Formada pela Universidade de Stanford, ela anunciou sua aposentaria das piscinas após os Jogos Olímpicos. Depois de 17 anos praticando natação, ela disse que seu foco agora é a família e sua profissão na área de consultoria.

Evangélica, ela e o esposo Rob Andrews são membros da The River Church Community, na região de San Francisco. Conta que seus pais sempre lhe deram uma sólida formação cristã.

“Jesus tem sido uma constante em minha vida”, comemora.

Para a atleta, sua confiança está em saber que não importa o que aconteça Deus a ama. Para Maya, “o amor de Jesus por mim e por toda a humanidade é algo que sempre me ajuda a amar as pessoas ao meu redor quando as coisas ficam difíceis”, afirmou ela ao Christianity Today.

Esse é um grande contraste com sua carreira de nadadora, que ela considera uma “atividade muito egoísta”, pois passava a maior parte do tempo sozinha na piscina.

O posicionamento da jovem ganhou elogios do pastor Franklin Graham, líder da Associação Evangelística Billy Graham. “Saber que Deus te ama e se preocupa com sua alma eterna é uma notícia muito melhor que os Jogos Olímpicos”, afirmou ele em postagem no Facebook.

por Jarbas Aragão



E-mail de brasileiro preso por ligação com Estado Islâmico é divulgado




         Resultado de imagem para E-mail de brasileiro preso por ligação com Estado Islâmico é divulgado    A mensagem fala sobre treinar para o combate, assaltar bancos e contrabandear armas

Uma reportagem exibida pelo programa Fantástico deste domingo (14) mostrou com exclusividade um e-mail trocado por um dos brasileiros presos por ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico.

Cerca de dez homens foram presos no mês de julho pela “Operação Hashtag” da Polícia Federal suspeitos de terem ligação com o terrorismo. As autoridades acreditam que o grupo se planejava para atacar durante as Olimpíadas.

O e-mail mostrado é uma das principais provas de que o grupo estava interessado em agir como soldados do EI no Brasil, pois falava em treinar para o combate, contrabandear armas e assaltar bancos.

A mensagem divulgada pelo programa da Rede Globo foi escrita por Leonid El Krade de Melo que se converteu ao islamismo quando estava preso, isso em 2006, quando cumpria pena de 19 anos por roubo, assassinato e participação em associação criminosa.

A reportagem afirma que ele deixou a cadeia em 2009 e foi se tornando cada vez mais fanático pela religião até que em fevereiro deste ano ele enviou este e-mail para um grupo convocando-os muçulmanos brasileiros para lutar pela religião.

“Formemos um grupo com as seguintes intenções: nos preparar física, intelectual e espiritualmente para o combate”, escreve o acusado. “Treinaremos artes marciais e manuseio de armas de pequeno e médio porte, assim como artilharia pesada, formando assim combatentes preparados”.

Com este e-mail as autoridades chegaram aos nomes de 12 pessoas que juraram lealdade os terroristas do EI. A acusação desses homens, incluindo um adolescente e mais outros dois que foram presos na semana passada, é de “atos preparatórios para o terrorismo e promover organização terrorista”.

A ideia de Leonilde, como o programa destacou através do e-mail, era levar o grupo para treinar em um sítio na fronteira com a Bolívia onde também poderiam comprar equipamentos.

O acusado tinha intenção de “saquear” para conseguir financiar as atividades do grupo, incluindo roubar instituições financeiras. O jornalista Álvaro Pereira Júnior, que produziu a reportagem exclusiva, acredita que a intenção era assaltar bancos.

Mas no e-mail, não há detalhes de ataques no Brasil, mas sim de se juntarem ao califado no Oriente Médio.

por Leiliane Roberta Lopes

Mais famílias cristãs mexicanas estão deslocadas



A perseguição religiosa aumenta a cada dia, os acontecimentos são graves e fazem parte dos problemas sociais que o México está enfrentando 


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Recentemente, mais 164 famílias do Estado de Chiapas, no México, tiveram que deixar suas casas por causa da fé cristã. Há relatos de outros 31 novos casos de deslocamento, mas ainda não foram confirmados. A intolerância religiosa no país está aumentando rapidamente e o assunto vem sendo negligenciado pelo governo.


Os acontecimentos são graves e fazem parte dos problemas sociais que o México está enfrentando ultimamente. Nas zonas rurais, a hostilidade contra os cristãos é ainda maior. Há dois meses, 11 pessoas de uma mesma família foram assassinadas em Puebla, cidade oficialmente conhecida como Heroica Puebla de Zaragoza. Se os crimes forem oficialmente divulgados, será o caso de perseguição religiosa mais violento do país até agora.


Muitos cristãos mexicanos que vivem em comunidades indígenas vêm sendo atacados fisicamente e os casos de expulsão de famílias aumentam a cada dia. As forças de segurança nacionais não estão abordando adequadamente os crimes, o que tem favorecido a perseguição aos cristãos num dos países mais violentos do mundo. Os fieis que se recusam a pagar o dinheiro solicitado pelas organizações criminosas enfrentam fortes represálias. A corrupção e o narcotráfico afetam diretamente a igreja no México. 

por Portas Abertas

Fiel morre ao passar por “teste de fé” em culto



Resultado de imagem para Fiel morre ao passar por “teste de fé” em culto     Uma jovem morreu durante o culto em uma igreja da África do Sul. O responsável seria o pastor, que para ilustrar o poder da fé pediu que ela se deitasse no chão. Obedecendo ordens, obreiros colocaram sobre ela uma pesada caixa de som.

O líder religioso ficou sentado sobre ela enquanto afirmava que a mulher não sofreria nada e continuou a pregar alguns minutos sobre o milagre que ela estaria precisando e que receberia por ter crido.

De acordo com relatórios do site WND, ela acabou morrendo devido a ferimentos internos causados pelo peso excessivo colocado sobre seu corpo. As fotos do incidente estão disponíveis no Facebok do pastor. Ele se recusou a falar com a imprensa.

O pastor Lethebo Rabalango, líder da Assembleia Geral do Monte Sião desejava fazer uma demonstração de poder. Garantiu aos presentes que a jovem cujo nome não foi revelado, não sentiria dor. Ela fazia parte do grupo de louvor e teria se voluntariado, pois estava enfrentando problemas de saúde.

O sermão da noite era sobre quando Jesus andou sobre as águas. O pregador insistia que os presentes também poderiam fazer “qualquer coisa, desde que fosse com fé”.

Segundo a imprensa local, a mulher desmaiou durante a pregação. Socorrida, afirmou que tinha muita dor. Desconfiados que ela tinha quebrado uma costela, membros da igreja a levaram para um hospital. Ela não resistiu e acabou morrendo por que o grande peso esmagou seus pulmões. Aos membros da congregação, Lethebo disse que a “culpa” era da mulher que não teve fé para resistir a “algo simples”.

Abusos investigados

 

Este é mais um caso que será investigado pela Comissão para os Direitos Culturais, Religiosos e Linguísticos da África do Sul (CRL Rights Commission).

As autoridades estão exigindo que vários líderes religiosos da África do Sul respondam judicialmente pela “comercialização de religião e abuso de crença”.

Em junho, o pastor Penuel Mnguni gerou grande polêmica ao passar com seu carro sobre duas pessoas que estavam deitadas na rua. As imagens foram feitas em frente ao estádio Kameelrivier, onde ocorria uma de suas cruzadas de fé.

Ele explicou aos presentes que se tratava de uma “demonstração de poder”. Deu um “comando” para que os homens caíssem no sono. Quando estava com o carro sobre seus corpos, mandou que eles acordassem. Depois de passar por cima dos fiéis, perguntou se eles sentiram alguma dor e a resposta foi “nós não sentimos nada”.

Não satisfeito, o pastor deu marcha a ré, passando novamente sobre eles. Para espanto dos presentes, os homens se levantaram e começaram a dançar e louvar a Deus. Segundo o pastor, a demonstração de fé serviu para comprovar que o cristão tem em si “o poder e a habilidade dados pelo Espírito Santo de Deus”.

por Jarbas Aragão


Exército jihadista tem 10 mil crianças-soldados




Resultado de imagem para Exército jihadista tem 10 mil crianças-soldados   Meninos são ensinado que matar cristãos "é o caminho para o céu"

O mundo ficou horrorizado quando o grupo terrorista nigeriano Boko Haram sequestrou 276 adolescentes que estudavam em uma escola cristã na cidade de Chibok. Isso foi em 2014, mas recentemente foi divulgado um vídeo mostrando que todas estão islamizadas e a maioria se tornou escrava sexual. Nas imagens, algumas aparecem com filhos pequenos no colo. O assunto voltou a ser pauta da imprensa.

De fato, o empobrecido norte da África recebe menos atenção da mídia que os conflitos no Oriente Médio, mas o Boko Haran hoje é a face mais mortal do Estado Islâmico, a quem jurou lealdade. O novo líder dos extremistas nigerianos, Abu Masab el Barnaw foi apontado pelo EI e ao assumir, avisou que a prioridade deles é “matar todos cristãos e queimar todas as igrejas“.

O Wall Street Journal (WSJ) publicou uma extensa matéria-denúncia, dando conta que os jihadistas sequestraram mais de 10.000 meninos nos últimos três anos na Nigéria e no Camarões. Seguindo o modelo do EI, as crianças são forçadas a se converter ao Islã e recebem treinamento militar. Muitos são órfãos de pais e mães cristãos mortos nos ataques do Boko Haran às aldeias do interior.

O relatório investigativo dá conta que esse novo exército é formado por meninos com idade entre 7 e 17. 

Existem campos de treinamento para essas crianças-soldados. Os instrutores também são dessa faixa etária. Segundo o WSJ, “O que está acontecendo no nordeste da Nigéria é parte de um inquietante endurecimento do jihadismo infantil. Todos eles estão sendo doutrinados para aceitar o fundamentalismo violento e participar de combates contra adultos. Há entre eles futuros homens-bomba e espiões”. Muitos são espancados quando desobedecem e alguns morreram de fome ou sede para servir de exemplo aos outros.
O jornal vai além, lembrando que as facções da Al Qaeda no Iêmen, Somália e Mali também estão usando crianças como soldados. Até agora a ONU não tomou nenhum tipo de atitude em relação a isso.

Meninos-bomba com 6 anos de idade

 

O WSJ entrevistou 16 jovens nigerianos que escaparam das mãos do Boko Haram. O que eles descrevem é um cenário de horror, pois em alguns casos, os meninos são enviados para a batalha sem armas e sob o efeito de drogas. Eles funcionam como escudos-humanos.

A parte mais terrível do testemunho de quem viveu essa realidade é a descrição das execuções. “Os soldados nos disseram ‘Está tudo bem se você matar, mesmo que sejam os seus pais'”, narra Samiyu, uma dessas testemunhas vivas da barbárie. Ele viu um jovem ser decapitado por outro no primeiro dia de seu cativeiro. O tempo todo os meninos ouvem que precisam obedecer as ordens de acabar com os infiéis “para chegarem ao céu”.

Fatima, 20, uma das poucas meninas que vivem nesses acampamentos, explica que em cada um vivem cerca de mil pessoas. Alguns poucos adultos supervisionam tudo com mão de ferro. “Você pode ver crianças de 12 anos falando sobre queimar aldeias”, disse ala ao WSJ.

Há relatórios de ações do exército nigeriano, que prendeu 34 terroristas-mirins, com idades variando de 9 a 15. Muitos deles receberam algum dinheiro e um galão de gasolina. Sua tarefa era incendiar suas escolas, o que condiz com o nome do grupo. Na língua local, Boko Haram significa: Educação não islâmica é pecado.
Felicité Tchibindat, que dirige a operação da Unicef em Camarões, disse crianças a partir dos seis anos foram treinadas para carregar bombas em mercados e mesquitas. Segundo explica, eles não chamam atenção e por isso conseguem praticar atentados terroristas com mais facilidade.

Já Mausi Segun, pesquisador da ONG Human Rights Watch acredita que “dessa geração inteira de meninos desaparecidos, a grande maioria vai morrer no conflito”.

Por Jarbas Aragão