asaph 1Nos últimos 22 anos, eu vivo a linda experiência de ser pai de dois filhos maravilhosos: Aurora e André.
Ela chegou primeiro, e desde o início transformou a nossa vida. Sempre alegre, esperando por um abraço e por um beijo estralado. Ele bem diferente. Quando chegou, a irmã já tinha seis anos e o esperava ansiosamente. Desde cedo foi reservado, sisudo, olhava o mundo com desconfiança e interesse. Um beijo era uma conquista.
Rosana e eu fomos vendo que a expectativa de que os filhos fossem pelo menos parecidos, era absolutamente utópica, pois o que descobrimos é que eles são totalmente diferentes.
A gente vai vendo que são justamente estas diferenças que enriquecem uma família e dão a singularidade e até mesmo “cor” a cada um dos membros da mesma. Deus os fez assim, diferentes.
Porém, o que mais chama a atenção não são as diferenças, mas a alegria que a paternidade traz, não uma alegria qualquer, mas aquela que vem junto ao desafio e à responsabilidade. Falei há pouco tempo para uma amiga que acabara de saber que estava grávida, que sua vida iria mudar, e como! Nunca mais somos os mesmos depois da paternidade e maternidade.
Ter uma pequena vida pra cuidar é uma bênção e um dos maiores compromissos de um ser humano. Por isso, não adianta ser pai ou mãe antes de saber governar a própria vida, pois breve terá que administrar outra. Creio que aqui temos uma chave para a paternidade: o governo. Não apenas com a conotação de controle, mas principalmente com o sentido de administração, cuidado e principalmente visão e orientação. Um pai precisa saber para onde vai. Se este não souber tampouco seus filhos o saberão. Por isso, temos no mundo tantos filhos perdidos.
A Bíblia narra a história de um filho que foi embora por livre e espontânea vontade, gastou tudo que tinha e acabou pobre, cuidando de porcos. Porém, apesar de suas escolhas nunca esteve perdido, pois tinha uma referência segura em sua vida: SEU PAI. Sabia para onde voltar. Um filho que tem um pai verdadeiro, dificilmente se perde, ao contrário, pode dar muitas voltas, mas volta pra casa do pai. O mundo hoje sofre com a decadência e o enfraquecimento da paternidade.
O número de filhos sem pais cresce assustadoramente levando os governos a um estado de alarme. Em Porto Alegre, por exemplo, o assunto tem levado as varas de famílias a buscarem soluções alternativas, como as casas de passagem, em que as crianças desamparadas encontrem alguém que possa cuidar delas pelo menos por um tempo, enquanto as autoridades buscam outra solução.
Que falta faz um pai, um pai que ame a mãe e os filhos, que traga segurança e direção à sua família. Que falta que faz um pai, que leve sua casa para um lugar ainda mais seguro: para junto de Deus. Por falar nisso, creio que o maior legado de um pai além do que já falei, é a fé. Não apenas a crença religiosa, dogmática e com tradições, mas aquela com princípios bem firmados, que levam a criança a uma edificação interior, a ser grande por dentro, em que a palavra de Deus é o caminho.
Dogmas são praticados ou não, podem ser alternativos, mas um caminho que é trilhado por um pai com firmeza e direção, por certo será seguido por seu filho, pois indica uma forma de viver. Por isso, o maior legado de um pai é ensinar ao seu filho no caminho do Senhor, pois mesmo depois de muito tempo não se desviará dele. Com esta certeza eu agradeço a Deus pela bênção de ser pai. Eu sei que, sempre, meus filhos me darão alegria!
Feliz dia dos pais a todos os pais!
“Que eu esteja sempre em pé
Quando tudo em volta cai
Honrando sempre a bênção 
E a alegria de ser PAI”.