Foto: Internet
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Sabemos que, infelizmente, muitos casos de racismo acontecem diariamente, e isso não é “de agora”. Mas um caso específico ganhou notoriedade nos últimos dias: as ofensas contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju. Na véspera do Dia Nacional do Combate à Discriminação Racial (3 de julho), a profissional recebeu comentários racistas pela internet e disse, em rede nacional, que lida com a questão do preconceito desde sempre.
É difícil acreditar que, ainda hoje, isso é um fato na sociedade; que, às vezes, o caráter e a integridade de uma pessoa são definidos pela cor de sua pele.
Como escreveu Teorilang: “Quando se faz a fusão de um terço de racismo, com a mesma porção de discriminação e ainda somando-se a isso mais um terço de indiferença com o próximo, obtém-se a fórmula infalível do maior câncer sofrido pela humanidade”. Concordo com ele, pois atos racistas são a prova de que existem pessoas “doentes”, que precisam conhecer o amor de Deus e serem curadas.
O racismo é totalmente contrário ao segundo maior mandamento bíblico: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12.31). Devemos amar TODAS as pessoas; não há exceções. Jesus disse: “Como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (João 13.4). Ele não escolheu a quem amar; amou incondicionalmente, sem fronteiras, sem limites, sem levar em consideração cor, raça ou sexo. E não amou só no falar, mas, também, no agir. E é assim que Ele quer que façamos.
A ofensa que Maju sofreu é apenas uma entre incontáveis casos de intolerância racial que acontecem cotidianamente. Nas redes sociais, várias pessoas manifestaram carinho e defenderam a jornalista, como forma de demonstrar que estavam inconformadas com a atitude dos ofensores. Sim, eles fizeram certo ao apoiá-la.
Acontece que, do mesmo jeito que Maria Júlia recebeu o carinho e o respeito de boa parte do Brasil, aqueles que são simples, desconhecidos e não têm tanta visibilidade também devem receber. Diariamente, nos deparamos com essas pessoas, que passam por situações semelhantes – quando não é racismo, é outro tipo de preconceito – e, às vezes, elas passam despercebidas.
Que estejamos cada vez mais atentos às pessoas que estão ao nosso redor e, se preciso, que entremos na causa delas para ajudá-las; que não haja discriminação por causa de cor, raça, sexo, religião, idade ou profissão; que a defesa contra o racismo – entre outros tipos de preconceito – e o amor ao próximo não sejam registrados apenas em comentários nas redes sociais, mas, também, em atitudes no nosso dia a dia.
:: Dayane Cristina