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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cristão é violentado por não jejuar no Ramadã



“...eles questionaram se eu era muçulmano ou infiel, então eu disse a eles que era um cristão”
 
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A Nigéria está posicionada em 12º lugar na atual Classificação da Perseguição Religiosa, no topo da lista dos países que mais hostilizam o cristianismo. Durante o Ramadã, a violência contra os cristãos continua, embora essa seja uma época em que os muçulmanos declaram como um período de oração, jejum, reflexão sobre suas atitudes e a prática mais intensa da caridade. Mas relatos mostram que na pratica, muitos muçulmanos que compartilham da ideologia extremista da religião agem de forma diferente.

Emmanuel Francis, de 41 anos de idade, foi vítima de um grupo de jovens muçulmanos, logo no início das comemorações do Ramadã. Ele efetuava uma compra numa madeireira e enquanto aguardava os funcionários embalarem seus produtos decidiu ir almoçar num restaurante próximo, em Kakuri, um subúrbio de Kaduna, na Nigéria. “Quando me sentei para comer, seis jovens muçulmanos se aproximaram e perguntaram por que eu não estava de jejum. Eu não queria responder, mas eles questionaram se eu era muçulmano ou infiel, então eu disse a eles que era um cristão”, conta ele. Na mesma hora os jovens o espancaram, um deles usou uma faca, deixando o cristão gravemente ferido em várias partes do corpo, inclusive no pescoço.

“Muitos vieram rapidamente me socorrer, mas também muitos ficaram de longe, só olhando”, disse ele. Emmanuel foi levado ao hospital, onde foi visitado por um dos colaboradores da Portas Abertas que o encorajou a seguir em frente com sua fé, apesar do incidente e também o ajudou a cobrir as despesas médicas. “Eu sou muito grato por essa visita, pelo amor cristão, pela ajuda e, principalmente, pela palavra que renovou minha fé para seguir em frente com Jesus. É bom quando encontramos algum irmão para nos amparar nas horas difíceis. Que o Senhor continue abençoando esse ministério que tem apoiado os cristãos perseguidos aqui na Nigéria”, conclui.

Motivos de oração
● Agradeça a Deus por poupar a vida do nosso irmão Emmanuel e ore pela sua breve recuperação.
● Peça ao Senhor para cuidar do coração dele e que assim não haja ressentimentos pelos seus perseguidores.
● Ore para que o amor de Cristo alcance também os corações desses jovens e que eles tenham a mente aberta para conhecer o Deus de amor de verdade.

Muçulmanos conhecem Jesus do Alcorão, mas não sabem quem Ele é de verdade, diz missionário



Resultado de imagem para Muçulmanos conhecem Jesus do Alcorão, mas não sabem quem Ele é de verdade, diz missionário      A figura de Jesus é apresentada de forma parcial e distorcida aos muçulmanos pelo livro sagrado de sua religião, o Alcorão, e a única forma de fazer essa percepção mudar é apresentá-los à verdadeira história do Filho de Deus. Essa é a conclusão do líder missionário Perry LaHaie.

No Alcorão, Jesus é apresentado como um profeta do islamismo, como Isa (versão árabe do nome Jesus), e é mencionado em 93 versos de 15 capítulos diferentes. Nessa tradição, o nazareno não foi crucificado, e sim, levado aos céus por Alá, para que ele seja testemunha contra os judeus no dia do julgamento.

Dentro dos relatos do Alcorão, uma pessoa morreu na cruz no lugar de Jesus, e pode ter sido Judas ou Simão de Cirene, segundo LaHaie relatou.

LaHaie é um dos líderes da entidade missionária Frontiers USA, que se dedica à evangelização de muçulmanos, com uma estratégia de abordagem a partir da figura de Jesus no próprio Alcorão.

“Jesus falou mais de 90 vezes no Alcorão, mas esse não é o quadro completo de quem Ele é. Eles só precisam conhecer os reais seguidores de Jesus, que podem explicar quem é Ele e apresentá-los à Bíblia. Queremos apresentar Jesus aos muçulmanos, para que eles possam experimentar a alegria que temos n’Ele”, afirmou LaHaie ao site Mission Network News.

De acordo com estudos feitos pela Frontiers USA, 80% dos muçulmanos nunca tiveram contato com um cristão a ponto de conhecerem suas crenças e entenderem o que o Evangelho prega.

Esses dados apresentados são coerentes com relatos de outros missionários, que apontam a alienação promovida pelos líderes religiosos islâmicos sobre seus seguidores como o fator principal gerador de intolerância e perseguição religiosa.

Atualmente, o islamismo é a religião que mais cresce no mundo, e hoje já é a segunda maior, atrás apenas do cristianismo, de acordo com informações do Christian Daily.

A estratégia de aproximação de forma amigável usada pela Frontiers é essencial, segundo Perry, para construir uma relação respeitosa e confiável com a comunidade muçulmana. A entidade missionária já enviou, com apoio de igrejas norte-americanas, mais de dois mil missionários a países de maioria muçulmana.

“Nós vamos porque Jesus nos transformou. Nós fomos atraídos pela graça de Deus, e queremos compartilhar essa graça”, concluiu.

 Por Tiago Chagas

O que o cessar-fogo na Colômbia significa para os cristãos



A base da Portas Abertas na Colômbia se pronunciou a respeito do acordo de paz entre o governo colombiano e as Farc, anunciado recentemente

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Depois de 52 anos de conflito e quase 4 de negociações de paz, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) acordaram um cessar-fogo bilateral. Muitas dúvidas se criaram mundialmente sobre a implementação do acordo. Espera-se que o documento oficial seja assinado em julho, mas de qualquer forma, os dois lados afirmaram que a decisão não tem volta.

O conflito de meio século, considerado um dos mais longos do mundo, marcou gerações e deixou mais de 220 mil mortos. Os combates também obrigaram milhões de campesinos a se deslocar desde o início das hostilidades, em 1964. A Colômbia ocupa este ano a 46ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa. Muitas são as notícias sobre violência e perseguição religiosa envolvendo grupos armados como as Farc na Colômbia. Como mostram as matérias Família cristã é ameaçada e agora vive escondida e Líderes religiosos negociam resgate de seus próprios filhos.

Os desafios da Igreja Perseguida continuam

A base da Portas Abertas na Colômbia se pronunciou sobre a importância do acordo para a igreja. Segundo eles, esse é um momento de colocar estratégias em ação para responder aos desafios que se apresentam. Muitos cristãos pagaram o preço de viver para Cristo no meio de uma guerra irregular que ultrapassou o número de 6 milhões de vítimas. Os filhos dos pastores assassinados, suas mulheres e muitos outros estão vivendo o pós-conflito e pedem que sejam ouvidos e que os mártires da igreja não sejam apagados da memória do país.

Na Colômbia, não há proteção do Estado a um religioso que é ameaçado por exercer sua fé, por isso o reconhecimento que há Igreja Perseguida é um dos desafios. A Portas Abertas não só tem trabalhado com o programa de atendimento pós-trauma e discipulado para ex-combatentes desde 2015, mas também com o escritório dos Direitos Humanos. Audiências em diferentes cidades colombianas a fim de levantar pontos de discussão sobre os direitos humanos e necessidades dos cristãos têm sido realizadas. O apoio da ONU e do Ministério do Interior do país para que a igreja seja tratada com igualdade no aspecto internacional humanitário, legal e prático também tem sido buscado.

Além disso, debates sobre a liberdade religiosa em territórios indígenas estão acontecendo. Líderes e pastores têm recebido treinamento em questões pós-traumas com base nas Escrituras e hoje são facilitadores de processos de reconciliação formais em suas regiões. Ainda é muito cedo para dizer que o acordo representa para os cristãos perseguidos, pois há muitas indecisões no processo. A Portas Abertas na Colômbia está trabalhando com o objetivo de responder às necessidades da Igreja Perseguida, se preocupando com sua restauração. É muito provável que a perseguição religiosa continue por outros grupos armados ilegais. O que os cristãos colombianos pedem é a sua oração para o processo resultar em bons frutos.

Fonte O Estado de S. Paulo
 
Por Portas Abertas

Oração de atleta cristão por homem que passou mal durante voo comove milhares nas redes sociais



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Uma emergência médica durante um voo entre as cidades de Atlanta, no estado da Geórgia, e Phoenix, no Arizona (EUA) se tornou um testemunho de conduta de um cristão.

O ex-jogador de futebol americano Tim Tebow estava no voo quando um senhor de 60 anos de idade passou mal. Os familiares que o acompanhavam pediram ajuda aos comissários de bordo da companhia Delta Airlines, e ao ver o tumulto, o atleta se dirigiu a eles e ofereceu ajuda.

Tebow, que ficou conhecido por suas expressões públicas de fé em Jesus durante as partidas da NFL, impôs as mãos sobre o passageiro que passava mal e orou. O relato da situação foi feito por um passageiro que viu toda a situação de perto e compartilhou a história no Facebook.

“Tenho de partilhar esta história! Eu estava viajando no voo nº 1772 da Delta Airlines, de Atlanta, Georgia, para Phoenix, Arizona, quando houve uma emergência médica a bordo. Um senhor de idade começou a ter o que pareciam ser problemas cardíacos, e ele ficou inconsciente. Eu vi estranhos de todo o mundo e todas as etnias, irem até o assento para ajudar este homem por mais de uma hora! Seja com compressões torácicas, começando um IV, ajudando a dar vida a este homem, ou orando, todos ajudaram! Eu ouvi o choque do desfibrilador e som sem pulso. Ninguém desistiu. Observei as pessoas orando e apresentando este homem ao Senhor de uma forma que nunca vi antes. A equipe da Delta Airlines foi incrível. Agiram de uma forma rápida e profissional! Então, de repente, observei um cara andando pelo corredor. Aquele cara era Tim Tebow. Ele encontrou-se com a família enquanto eles choravam em seu ombro! Eu vi o Tim orar com toda a seção do avião por aquele homem. Ele buscou a Deus em uma situação difícil. O avião pousou em Phoenix e essa foi a primeira vez que eles tiveram um pulso de volta!”, escreveu o passageiro.

A narrativa emocionante foi compartilhada por mais de 16 mil usuários do Facebook. O ex-jogador não comentou o incidente em suas redes sociais, nem concedeu entrevista falando sobre o ocorrido.
O gesto de solidariedade e fé de Tim Tebow alcançou milhares de pessoas nas redes sociais, inspirando vidas: “Graças a Deus que ainda temos pessoas de fé que, em tempos de dificuldade, olham para o Senhor!”, concluiu o passageiro que testemunhou a situação.

De acordo com informações da revista People, Tim Tebow ajudou a família na retirada da bagagem, enquanto o senhor era socorrido pela equipe médica do aeroporto, e os acompanhou até o hospital. Infelizmente, o homem acabou falecendo posteriormente.

Por Tiago Chagas

Ultraortodoxos admitem centenas de conversões de judeus ao messias Jesus


Resultado de imagem para Ultraortodoxos admitem centenas de conversões de judeus ao messias Jesus   Da pequena Petach Tikva à capital Jerusalém, ocorre um avivamento silencioso

Algumas semanas atrás a imprensa divulgou que os líderes haredi (ultraortodoxos) da cidade de Petach Tikva, estavam denunciavam a “atividade missionária” na cidade. A pequena cidade na região central de Israel é governada pelo partido Shas, de linha-dura. A preocupação deles é que os moradores estivessem aceitando o material distribuído por grupos de judeus messiânicos (que acreditam em Jesus como messias).

Na verdade, a campanha contra os missionários é uma prática antiga de organizações como Yad L’Achim e a Judeus para o Judaísmo. O argumento mais usado é que o objetivo dos cristãos é “destruir o povo judeu” ao fazê-los abandonar sua fé milenar em um único Deus.

Para o site messiânico Kehila News, “parece que a comunidade haredi está enfrentando uma crise espiritual de proporções históricas”. Os seguidores do ramo ultraortodoxo passam a maior parte do seu tempo estudando a Torá, mas agora mostram-se dispostos a buscar respostas em outras fontes além de suas tradições.

Esse seria o motivo pelo qual o material dos messiânicos está proibido nas cidades governadas por esse ramo estrito do judaísmo, com as autoridades pedindo que as pessoas não o leiam e entreguem na prefeitura para que “não causam mais dano”.

Os missionários que divulgam Jesus como Messias apresentam-se como uma corrente judaica que também usa o Novo Testamento, um livro judaico que complementa a Tanach (Antigo Testamento).

Muitas vezes eles não podem falar abertamente, por isso distribuem literatura sobre o assunto. Pelo fato de correrem risco de perseguição, seu trabalho seguidamente é feito sem chamar atenção. Para muitos especialistas, o que ocorre em Israel é um “um avivamento silencioso”.

Curiosamente, ao fazer o apelo para que os cidadãos de Petach Tikva parem de ler o material, o prefeito admitiu que já eram “centenas” de pessoas que estavam sendo enganadas. Ao fazer isso, admitiu involuntariamente que muitos ultraortodoxos estão, de fato, reconhecendo Jesus como o Messias.

Para quem conhece a realidade de Israel, a afirmação é chocante, uma vez que o principal argumento dos rabinos é que só se “deixava enganar” pelos missionários aqueles que são ignorantes da Torá. Contudo, a admissão de que o grupo mais religioso dentro do país está perdendo membros para os messiânicos é o mesmo que soar um alarme de incêndio.

O “avanço” do número de seguidores de Cristo tem incomodado tanto os líderes religiosos judeus, que foram criadas leis visando suprimir a liberdade religiosa. Por exemplo, desde junho de 2015, a Prefeitura de Jerusalém é obrigada a consultar os rabinos da cidade antes de permitir que os cristãos realizem eventos na cidade, temendo que eles convençam os judeus a seguir Jesus.

Esta semana, cerca de uma dúzia de ultraortodoxos invadiu um encontro de cristãos no local tradicional do Cenáculo, onde foi realizada a última ceia e se encontra o suposto túmulo do rei Davi. Alguns gritavam “O povo judeu vive para sempre!”, enquanto outro os amaldiçoavam: “Que o nome do seu falso deus se apague para sempre”.

Mais intrigante ainda foram as declarações recentes do rabino Chaim Kanievsky, uma das maiores autoridades na sociedade judaica Haredi. Suas mensagens recentes têm sido claras e inequívocas: todos os judeus devem voltar para Israel o mais rapidamente possível.

Para ele, essa é uma ação espiritual que marca a vinda do Messias judeu. Durante um encontro público no início de junto, ele afirmou: “O Messias já está aqui. Ele irá revelar-se muito em breve”.

Por Jarbas Aragão

Governo tunisiano rejeita a política islâmica



A notícia favorece os cristãos, principalmente os que vivem nas áreas rurais, que enfrentam uma perseguição religiosa mais intensa29 Tunisia_2015_0240100111

Os cristãos tunisianos têm enfrentado a violência cada vez mais intensa do Estado Islâmico (EI) que, em 2015, invadiu até mesmo um hotel na cidade de Sousse, atirando em turistas e deixando 55 mortos. Recentemente, a imprensa local relatou outro incidente em que quatro agentes de segurança morreram no Sul do país, em um ataque suicida. O exército local entrou em guerra com os soldados extremistas, matando dois supostos militantes e prendendo outros 16, em um esforço para conter a violência atual. A população continua em estado de alerta, impedida de sair às ruas no período das 8h da noite às 5h da manhã.

A liderança tunisiana espera que os Estados Unidos ajudem a conter os extremistas islâmicos e assim diminuir a ação deles em diversas regiões. Até agora, sabe-se que os americanos já colaboraram com aviões, jipes e equipamentos de comunicação para ajudar o exército a proteger a fronteira da Tunísia com a Líbia. Embora os extremistas estejam em ação, o governo não compactua com os planos deles. O partido Ennahda da Tunísia distanciou-se oficialmente do islamismo político para assumir uma identidade secular, declarando valorizar a neutralidade religiosa, através de programas mais práticos, humanitários e mais compatíveis com uma democracia tolerante e moderna.

A notícia favorece os cristãos, principalmente os que vivem nas áreas rurais, que enfrentam uma perseguição religiosa mais intensa. Se a Tunísia realmente caminhar para ser uma nação secular, ao menos politicamente, a pressão sobre a igreja no país poderá diminuir. Relatórios da Portas Abertas apontam que o número de cristãos no país esteja em torno de 30 mil, entre tunisianos e estrangeiros. Em suas orações, interceda por eles.


Por Portas Abertas

Papa afirma que Lutero não estava errado ao propor a reforma



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Durante sua viagem de volta para Roma, o Papa Francisco concedeu uma coletiva onde foi questionado a respeito da Reforma Protestante, dizendo que para a Igreja da época, Lutero não estava errado.

"Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas, era um reformador, talvez alguns métodos não foram corretos, mas naquele tempo, se lemos a história do Pastor – um alemão luterano que se converteu e se fez católico – vemos que a Igreja não era precisamente um modelo a imitar: havia corrupção, mundanismo, apego à riqueza e ao poder”, declarou o líder católico que voltava da Armênia.

Francisco afirmou que Lutero era “inteligente” e “deu um passo adiante” dizendo os motivos que o levaram a tomar tais passos. “Hoje protestantes e católicos estamos de acordo na doutrina da justificação: neste ponto tão importante não havia errado. Ele fez um remédio para a Igreja, depois esse remédio se consolidou em um estado de coisas”.

O líder católico, porém, criticou as divisões entre as igrejas propondo uma aproximação. “A diversidade é o que talvez nos fez tanto mal a todos e hoje procuramos o caminho para encontrar-nos depois de 500 anos. Eu acho que o primeiro que devemos fazer é rezar juntos. Depois devemos trabalhar pelos pobres, os refugiados, tantas pessoas sofrendo, e, por fim, que os teólogos estudem juntos procurando… Este é um caminho longo".

Contudo, o Papa entende que só haverá uma unidade plena depois da volta de Cristo. “Certa vez disse brincando: ‘eu sei quando será o dia da unidade plena, o dia depois da vinda do Senhor’. Não sabemos quando o Espírito Santo fará esta graça. Mas, enquanto isso, devemos trabalhar juntos pela paz”.


Para “conter terrorismo”, Rússia proíbe evangelização



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Temas religiosos só poderão ser tratados dentro dos templos 

As leis que restringem a liberdade religiosa na Rússia já impediram que a seita da Cientologia chegasse ao país. O Ministério da Justiça ordenou no ano passado a dissolução da organização, que contava com 10 mil fieis no país.

Agora, uma decisão tomada nos principais órgãos legislativos russos, a Duma e o Conselho da Federação, mostra-se favorável a coibir também a evangelização cristã. Segundo a revista Christanity Today, novas leis proíbem toda forma de proselitismo fora dos templos, incluindo pregação e distribuição de literatura. Isso afetará o trabalho missionário, bem como atividades evangelísticas ao ar livre. Nem mesmo reuniões em residências para esse fim ou divulgação online de qualquer grupo religioso são permitidas. As multas previstas são equivalentes a 2.500 reais para um indivíduo e até 50.000 para uma organização. Caso a infração seja cometido por um estrangeiro, ele será deportado.

As medidas são consideradas as mais restritivas na história pós-soviética da Rússia. Proposta pela deputada Irina Yarovaya, do partido Rússia Unida, acredita-se que a iniciativa foi da Igreja Ortodoxa, a religião oficial da nação. Com o nome oficial de “leis de vigilância e antiterrorismo” elas visariam a restrição ao crescimento do islamismo, mas se estendem a todas as outras crenças.

De acordo com Frank Goble, especialista em questões religiosas e étnicas na região, a identidade nacional russa vem sendo promovida por Vladimir Putin desde o início do seu governo. Agora, somente um veto do presidente mudaria as decisões do legislativo, o que parece improvável.

Para o pastor Sergey Rakhuba, presidente da Missão Eurásia, o anúncio gerou preocupação nas sete denominações autorizadas a funcionar no país. Os evangélicos russos são menos de um por cento da população. Eles estão convidando a comunidade cristã mundial a orar para que Deus “pode intervir milagrosamente neste processo”. Caso isso não aconteça, Rakhuba diz que eles estão preparados: “Mesmo se a lei passar, não nos impedirão de adorar e compartilhar nossa fé. A Grande Comissão não vale apenas para os tempos em que há liberdade.”

A associação de Igrejas Protestantes da Rússia divulgou uma carta aberta onde reclama da violação da liberdade religiosa e de consciência pessoal que a Rússia desfruta desde o fim do regime comunista. Na década de 1920, no governo de Stalin, foi implantada a proibição de todas as atividades religiosas fora das “igrejas registradas” e a proibição de os pais ensinarem sobre a fé aos seus filhos.

David Aikaman, professor de história e especialista em religião, afirmou à Christianity Today: “Não acho que podemos subestimar o desejo do governo russo de exercer controle total. Se a história serve como base, essas propostas revelam que o padrão de totalitarismo estão de volta ao país”.

De fato, desde 2012 está vigente na Rússia a lei “agente estrangeiro”, que oferece total controle ao governo sobre a atuação de qualquer liderança religiosa vinda do exterior. Os missionários estrangeiros têm dificuldades para a obtenção de vistos. Quando conseguem, precisam enfrentar uma complexa burocracia e estão sujeito a auditorias e restrições de suas atividades. Desde então, a presença de ONGs religiosas encolheu em um terço, de acordo com estatísticas oficiais.

Enquanto os evangélicos da Rússia rezar para que os regulamentos propostos são alterados ou vetado, eles têm ido no subsolo antes, e eles vão estar dispostos a fazê-lo novamente, disse Rakhuba.

Por Jarbas Aragão