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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A mulher, a massa e o fermento

Foto: pixabay.com
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Muito se fala sobre o Reino de Deus sem que se compreenda bem do que se trata. Sim, sabemos que o Reino é uma maneira poderosa de expressar a realidade da ação do Senhor Criador do universo em Seu mundo criado. Reconhecemos que é como uma chave que nos ajuda a entender muito da vida cristã; que também aponta para a nova realidade surgida em Jesus e, depois, vivida e proclamada pelos seus discípulos.

Agora, como explicar o Reino de Deus de uma maneira simples e clara de tal forma que as pessoas entendam essa nova realidade? Jesus o fez de inúmeras maneiras, e, em especial, através da linguagem popular, com as suas parábolas sobre o Reino. A parábola sobre a mulher, a massa e o fermento é uma delas (Lucas 13.20-21).

“Mais uma vez ele perguntou: ‘Com que compararei o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada’”.

Como essa parábola tão pequena nos ajuda a entender melhor o Reino e a vivê-lo em nossa realidade hoje? Pensemos juntos em quatro rápidos aspectos.

1. O Reino cresce de onde menos se espera, com os protagonistas mais improváveis

A mulher, na cozinha, um personagem impensado para exemplificar as grandes expectativas para o Reino. Os discípulos, juntos a todo o povo judeu da época, esperavam um reino de evidente poder político e institucional. Chega Jesus e fala do Reino como uma mulher trabalhando na cozinha! Lembremos que as mulheres nem tinham “direitos”, não eram protagonistas de nada à época. Jesus utiliza a mulher no seu lar, na sua cozinha, como ilustração do que significa o Reino. Uma mensagem simbólica poderosa acerca do caráter dessa nova realidade.

O humilde, o simples, o menos valorizado, o pequeno, como a semente de mostarda na parábola registrada por Lucas logo antes. Aí está o Reino! No simples, no que parece pequeno, no que aparenta ser desprovido de poder. Claro, só aparenta, porque nessas ações pequenas começam as verdadeiras revoluções. A Bíblia nos mostra que muitas vezes são os personagens que estão nas margens que possuem grande e genuíno poder.

2. O Reino tem a ver com o cotidiano de nossas vidas

A mulher cozinhando também nos ajuda a ver como Reino de Deus é algo muito mais próximo de nossa realidade do que muitas vezes imaginamos. Ou seja, não é algo para ser experimentado só no futuro, não é relacionado somente aos grandes projetos, mas se trata de um Reino que se manifesta também, e de maneira importante, nas microrrelações de nossas vidas. Aliás, o Reino só pode chegar a produzir grandes impactos, em escala maior, se, em verdade, também é algo real e presente nas vidas e nas relações daqueles que começam a experimentá-lo.

Claro que isso nos leva a perguntar, a avaliar e a revisar o que for preciso para que o Reino de Deus não seja apenas uma categoria abstrata, mas uma expressão concreta da presença de Deus que atua e intervém nas relações e no cotidiano de nossas vidas.

3. O Reino se expressa, cresce e se implementa através de processos

O Reino começa pequeno (o inexplicável aos olhos humanos), se dá através de processos que dão trabalho (a mão na massa), que levam tempo (a dimensão da expectativa positiva, que alimenta o trabalho e a espera ativa no tempo presente). Qualquer um que trabalha na cozinha sabe como funciona. Não é algo mágico, que se dá de uma hora para a outra. É preciso, literalmente, colocar a mão na massa, mexer, bater a massa, misturar cada um dos ingredientes, por fim, misturar bem o fermento. Sem trabalho, sem mão na massa, é impossível ver o Reino.

O Reino, apesar de ser algo presente em nosso meio porque Jesus já o trouxe em toda a potencialidade do que pode vir a ser, também se define pela espera. Uma espera esperançosa cheia de expectativa que alimenta a nossa obediência e a fidelidade em cada momento do processo, naquilo que nos cabe fazer.

4. O Reino tem alcances redentores amplos: toda a massa é fermentada

Não há aqui explicação científica sobre como o fermento atua. Aos olhos humanos não há muita clareza sobre como, na verdade, funciona a dinâmica do Reino. O que sabemos é que provoca transformação, crescimento, algo que atinge toda a massa. Ou seja, primeiro, o Reino é marcado pela agenda da conversão, da transformação, e, segundo, se trata de algo com amplo alcance, que vem para abençoar a muitos.

Quando o Reino chega, ele demanda conversão, arrependimento (Mc 1.15). Mas ele também provoca oposição e leva à expulsão do mal como evidência da chegada do Reino (Mateus 12.28). A transformação será inevitável. “Evangelizados transformados”, como já dizia Orlando Costas, serão o resultado do Reino que veio até nós. Esse testemunho transformador prossegue até que todas as coisas sejam reconciliadas, reivindicadas e consumadas em Jesus Cristo (Ef 1.9-10). Vivemos nessa esperança, crendo que o Senhor do Reino estabelecerá definitivamente o governo de Deus quando o Cristo ressurreto voltar.

Ainda segundo Costas, essa conversão será “um momento distinto e o primeiro de uma série de experiências transformadoras. É uma virada única e um movimento transformador contínuo, possibilitado pela força capacitadora do Espírito da liberdade”.

Essa é uma conversão pessoal e comunitária, da igreja, para que esta seja voltada para os que são de fora, para alimentar com essa massa levedada, que cresceu, a todos os de fora que estão famintos. O Reino (como deveria ser sempre com a agenda da Igreja) traz essa marca de sempre ser voltado para os que (ainda) não são membros. O Reino, a Igreja, o Corpo de Cristo estão para defender a vida, para promovê-la, restaurá-la e nunca para limitá-la a um só grupo. No Reino, a massa fermentada resultante é bem grande, a mesa está servida para todos os famintos.

Assim, nessa “espiritualidade do Reino”, cremos que o Reino pode ser vivido e experimentado, antecipadamente degustado, de maneira que nos tornamos agentes para influenciar, salgar e transformar o mundo ao nosso redor. É preciso contar com a ajuda do Senhor para que trabalhemos bem a massa como aquela mulher na sua cozinha. Assim, essa massa fermentada que cresceu, através da ação de Deus em nós, de nossa conversão, de nossa transformação, poderá também ser oferecida nas mesas de nossas vidas a todos que desse Reino necessitam.

:: Ricardo Borges [Ultimato]

Cristãos formam exército para defender cidade bíblica do Estado Islâmico na Síria


 Cristãos formam exército para defender cidade bíblica do Estado Islâmico na Síria  Um exército formado por cristãos da resistência ao Estado Islâmico tem defendido a cidade de Sadad, na Síria, que é mencionada na Bíblia pelo nome de Zedade, e evitado o avanço dos terroristas.

O grupo de defesa militar é formado por centenas de combatentes de diversas regiões da Síria, de acordo com informações reveladas pelo chefe da Igreja Ortodoxa Siríaca.

Embora o Estado Islâmico já tenha conquistado a cidade de Maheen, os cristãos têm vindo a Sadad de todas as regiões do país para evitar que essa cidade também caia nas mãos dos extremistas muçulmanos.
Segundo o Christian Post, Sadad é vista como uma cidade estratégica por ficar em uma estrada que liga Damasco e Homs.

Em entrevista à revista Newsweek, Mor Ignatius Aphrem Karim II, o líder da Igreja Ortodoxa Siríaca, disse que mais de 500 combatentes cristãos têm lutado para manter os militantes do Estado Islâmico fora da cidade.

Ele mesmo é um dos que foram a Sadad para ajudar no combate, e revelou que quando saiu de Damasco, tinha como meta levantar o moral da tropa: “Eles estão sob ataque”, salientou Karim. “[O Estado Islâmico] está avançando em direção Sadad, mas não foi capaz de entrar. Os jovens em Sadad, com a ajuda de alguns grupos armados, foram capazes de lutar para empurrá-los de volta para trás. Eles são ajudados por alguns grupos vindos de diferentes partes da Síria também”.

Além de tentar proteger a capital do país, Damasco, para que esta não caia nas mãos do Estado Islâmico, os cristãos veem na defesa de Sadad um ponto de honra na luta contra os terroristas e extremistas islâmicos, que pretendem ampliar o território de seu califado.

Publicado por Tiago Chagas 



Cristãs são demitidas por recusarem chamar aluna de “menino”


Caso se tornou símbolo da luta pela liberdade religiosa  


Cristãs são demitidas por recusarem chamar aluna de “menino” Cristãs demitidas por não chamar aluna de "menino"

Duas professoras de uma creche na cidade de Katy, Texas, foram demitidas no início do mês por se recusarem a chamar de ‘menino’ uma aluna de seis anos de idade.

Madeline Kirksey e sua colega Akesha Bogany Wyatt entraram na justiça contra o Centro de Aprendizagem Infantil Lighthouse, alegando que sua demissão foi por motivos religiosos.

Segundo ambas, a direção da escola as demitiu por que elas não aceitaram a “imposição da agenda transgênero”. Katy é uma pequena cidade na periferia de Houston, onde a prefeita Annise Parker, que é lésbica, tem atacado abertamente as igrejas.

Kirksey acredita que seus direitos a liberdade religiosa foram violados e quer o emprego de volta. Elas contrataram como advogados Andy Taylor e Briscoe Cain, que já defendem outros casos de discriminação religiosa.

Recentemente, Taylor derrotou a prefeitura de Houston na batalha legal relacionada a uma lei que possibilitava aos transgêneros escolher qual banheiro público preferiria. Durante o longo processo, vários pastores da cidade, que lutavam contra essa lei foram obrigados a submeter seus sermões a um juiz, sob alegação que estavam pregando homofobia.

Os cristãos se mobilizaram e como resultado, o governador Greg Abbott assinou a lei 2065, conhecida como “Lei de proteção ao Pastor”, a qual assegura aos ministros o direito de não celebrarem cerimônias de casamento homossexual nas igrejas pelas quais são responsáveis.

O caso das professoras cristãs está gerando uma nova onda de protestos no Texas. Tudo começou quando um casal gay, responsável por um dos alunos, pediu que as funcionárias da escola chamassem a sua filha de “menino”. Além de trocarem o nome da criança, cortaram seu cabelo e a vestiam como um menino.

Contudo, as professoras dizem que a criança já frequentava a escola por quatro meses antes que seu pais decidissem que ela mudaria de ‘gênero’. Contam ainda que a menina alternava seu comportamento, em alguns dias afirmava ser menina e em outros, menino. Quando procuraram a direção da escola, receberam um documento que as ‘ensinava’ como lidar com alunos trangêneros.

Quando elas se recusaram, alegando que isso contrariava seus princípios religiosos, e que isso era uma forma de ‘abuso infantil’, foram demitidas. O caso da menina estaria criando problemas na escola, que tem cerca de 100 alunos, pois ela estava sendo ‘exposta ao ridículo’, afirma o processo.

A professora Wyatt afirmou: “Ser ou não ser uma menina ou um menino não é um assunto adequado para as crianças discutirem nessa idade. Como cristã e mãe de uma criança que frequenta a mesma escola, não queria expor meu filho nem as outras crianças a este assunto. Os pais dos demais tinham o direito de saber o que estava acontecendo “.

O advogado Andy Taylor disse à imprensa que “Novamente a insistência das comunidades LGBT na criação de direitos especiais para um pequeno grupo de pessoas está atropelamento as liberdades civis dos demais.” Com informações CBN

por Jarbas Aragão


Escola revoluciona sala de aula ao colocar crianças e idosos para aprenderem uns com os outros

Idosos possuem uma vida de sabedoria, as crianças têm sede de conhecimento e um conceito revolucionário em sala de aula está trazendo as duas gerações juntas de segunda a sexta no programa iGen.

A sala de aula intergeracional foi lançada no Centro Comunitário de Sherbrooke, em Saskatoon, em setembro de 2014.

A professora Keri Albert está no meio de um projeto de escrita intergeracional, que ela disse que tem sido uma das maiores lições até agora.

“Um exemplo pode ser o transporte”, disse Albert. “Então, como foi para eles quando eles eram jovens?”, disse ela referindo-se aos idosos em sua sala de aula “e, em seguida, os alunos iGen falam sobre como é para eles agora.”

As lições são recíprocas, com os residentes aprendendo sobre a tecnologia e o ritmo rápido de crianças do século 21. Celulares, iPads e computadores estão em sala de aula, e dois estudantes passam parte da manhã ensinando um residente como jogar um jogo online.

Além do currículo, os alunos aprendem empatia, compaixão, comunicação e as lições gerais de vida.
“É a criação de uma apreciação para a humanidade de todas as idades das pessoas”, disse Albert.
E os princípios básicos permanecem: leitura, escrita e aritmética, assim como nos velhos tempos.

O programa tem impactado tanto idosos quanto estudantes. “Essas crianças trazem tanta energia e vida e emoção aos idosos aqui”, disse a porta-voz de Sherbrooke, Patricia Roe.

O atendimento e serviço prestado no Centro Comunitário de Sherbrooke baseia-se na filosofia Eden Alternativa, que tenta combater as pragas de cuidados de longa duração: a solidão, desamparo e tédio.

Trazendo plantas e animais para o ambiente foram os primeiros passos.

Fonte: Global News / Razões para acreditar

 


Eyshila fará sessão de autógrafos do seu 1º livro; confira!


Eyshila fará sessão de autógrafos do seu 1º livro; confira!

Imagem: DivulgaçãoAlô povo de Recife! Nesta quinta-feira (12/11), a partir das 11h, a cantora Eyshila participará de uma sessão de autógrafos do seu primeiro livro, a biografia chamada Uma história de amor e perseverança, lançada recentemente pela Editora Central Gospel. O evento será na livraria Luz e Vida.

Prepara-se para ler a extraordinária história de uma das ministras de louvor mais usadas na obra de Deus. Com muita unção e transparência, Eyshila narra sua trajetória de vida. Esse livro traz, no final da maioria dos capítulos, as letras cifradas de suas principais músicas, e foi enriquecido por fotos e entrevistas das pessoas mais próximas à adoradora.

Aproveite essa grande oportunidade para conhecer pessoalmente a cantora, tirar fotos e pegar dedicatórias nos seus livros e CDs. Adquira a biografia também através do televendas (21) 2187-7000, ou pelo site da Central Gospel.

Endereço livraria Luz e Vida: Praça Joaquim Nabuco, 167, Santo Antônio, Recife – PE

 Verdade Gospel. Fonte: CGM


Cristãos assírios são libertos pelo Estado Islâmico, após negociação



“As negociações foram difíceis, pois eles estavam exigindo 100 mil dólares por refém”12 Syria_2015_0510100099

Há nove meses, o Estado Islâmico (EI), libertou 37 cristãos assírios, incluindo homens e mulheres, entre 60 e 70 anos. Agora eles fazem parte dos 253 cristãos que estão livres, logo após os ataques contra as aldeias assírias, na província de Hassaka, na parte nordeste do país.

No total, três mil cristãos assírios indígenas foram expulsos de suas casas quando os jihadistas invadiram as 35 aldeias, no rio Khabur, no mês de fevereiro. Os reféns recém-libertos chegaram a salvo, no dia 9 de novembro, na cidade de Tel Tamar, de acordo com a agência internacional de notícias da Assíria (AINA).

Os cristãos libertados foram levados de ônibus para uma igreja local, e recebidos pelo líder da Igreja Assíria do Oriente, Ephrem Athanaël, que também é responsável pela Rede de Direitos Humanos, com sede em Estocolmo. Conforme relatos de cristãos locais, as negociações foram difíceis, pois eles estavam exigindo 100 mil dólares por refém. Há outras negociações em andamento.

No mês passado, o EI havia lançado um vídeo de seus militantes matando três reféns assírios, enquanto ameaçavam matar outros, caso as exigências não fossem atendidas. Há cerca de 168 outros cristãos mantidos em cativeiro, de onde poucos conseguem escapar. As minorias religiosas sofrem incontáveis atos de violência. Vários observadores internacionais, incluindo o Conselho de Segurança da ONU, acusaram o EI por "violação grosseira, sistemática e generalizada" dos direitos humanos. Ore por essa nação.

PorPortas Abertas

Conferência global reúne líderes cristãos de todas as denominações



“É a primeira vez na história moderna do cristianismo, que uma reunião dessa dimensão acontece”
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Há 25 anos, o presidente Enver Hoxha, e também primeiro chefe do governo comunista da Albânia, havia declarado a abolição da fé cristã, instituindo o primeiro Estado ateu do mundo. Esse ano, o atual presidente, Bujar Nishani, recepcionou em seu palácio oficial, cerca de 145 líderes de igrejas globais para uma conferência que abordou questões de discriminação, perseguição e martírios enfrentados por milhões de cristãos ao redor do mundo. 

É a primeira vez na história moderna do cristianismo, que uma reunião dessa dimensão acontece. Os líderes eram representantes das várias tradições da igreja, desde a ortodoxa e católica até a protestante, evangélica e pentecostal. Eles argumentaram que mesmo em períodos onde o cristianismo foi tido como ‘morto’, ele na verdade não parou de crescer e deram como exemplo a Síria, o Iraque e a Nigéria.

Segundo eles, a perseguição e martírio contra os cristãos e minorias étnicas se dá através de uma complexa variedade de fatores, em diferentes realidades e contextos. “O século 21 está repleto de histórias de fieis que pagaram com a vida por sua dedicação a Cristo e muitos que sofrem torturas e são fortemente discriminados”, disse um dos líderes. De acordo com a imprensa, um dos objetivos do presidente, era tomar conhecimento das causas de tanta violência e também de destruição por parte do Estado Islâmico. 

Embora a conferência tenha causado um certo impacto nos participantes, sabe-se que a maior motivação de Nishani é política e que não há interesse religioso algum. Uma das conclusões mostrou que os meios de comunicação estão informando corretamente e com imparcialidade sobre as violações da liberdade religiosa, incluindo a discriminação e perseguição aos cristãos. Mas a conclusão é refutada pela maioria dos cristãos que acompanham as notícias e que observam que a mídia além de ser omissa, também é, de certa forma, controlada.

Por Portas Abertas

Papa Francisco: combater até o fim o ‘câncer’ da corrupção


O Papa Francisco está em Florença por razão do V Congresso Nacional da Igreja que acontece durante esta semana na Itália.

 

Primeiramente visitou a cidade vizinha de Prato, localizada a poucos quilômetros de Florença, onde advertiu que “a vida de cada comunidade exige que se combatam até o fim o ‘câncer’ da corrupção e o veneno da ilegalidade”.

Prato conta com uma das indústrias têxteis mais importantes do país e, ao chegar a esta cidade, Francisco saudou milhares de fiéis que o esperavam na praça da Catedral e que o escutaram falar acerca da dignidade do trabalho e da necessidade de acolher a todos.

O Pontífice expressou: “Venho como peregrino a esta cidade cheia de história e beleza, que durante muitos séculos foi conhecida como a ‘cidade de Maria’. São bem-aventurados porque estão em boas mãos!”, acrescentou dizendo que “também são privilegiados porque custodiam a relíquia do ‘Santo Cinto’ da Virgem, o qual acabo de venerar”.

Recordou as palavras de São Paulo, que convida os fiéis a vestirem uma couraça ‘particular’, a de Deus, que combate os espíritos do mal e cinge com a verdade. “Não se pode fundar nada de bom sobre as tramas da mentira e da falta de transparência. Procurar e optar sempre pela verdade não é fácil; é uma decisão vital que marca profundamente a existência de cada um e da sociedade, para que seja mais justa e honesta”.

Neste sentido, “a sacralidade de todo ser humano requer, para cada um, respeito, acolhida e um trabalho digno”. “A vida de toda comunidade exige que se combatam, até o fim, o ‘câncer’ da corrupção e o veneno da ilegalidade”, denunciou.

Por isso, continuou, “não nos cansemos de lutar pela verdade!”. Aos jovens, convidou-os “a não cederem nunca ao pessimismo e à acomodação”.

Francisco ofereceu alguns pensamentos relacionados à Escritura. O primeiro foi sobre o “caminho de salvação empreendido pelo povo de Israel, da escravidão do Egito à terra prometida”.

O Papa explicou: “Antes de libertá-lo, o Senhor pediu para celebrar a ceia pascal e comê-la ‘com os rins cingidos’: cerrar as vestes significa estar prontos, preparar-se para partir, para colocar-se em caminho”.

“É este o convite do Senhor ainda hoje, mais do que nunca: a não ficarmos fechados na indiferença, mas a nos abrirmos, a sentirmo-nos chamados para deixar nossas coisas e ir até o outro, a compartilhar a alegria de encontrar o Senhor e a fadiga de caminhar na sua estrada”, recordou o Santo Padre.

Em seguida, o Papa encorajou os presentes a arriscarem, a aproximarem-se dos homens e mulheres de nosso tempo, a tomar a iniciativa e envolverem-se, sem medo, pois não existe fé sem riscos.

O Santo Padre advertiu a respeito do “risco de sofrer o turbilhão dos acontecimentos, perdendo a coragem de procurar o caminho”.

“Preferimos, então, refugiar-nos em qualquer porto seguro e renunciamos a levar a sério a Palavra de Jesus”, mas “Jesus, que quer chegar àqueles que não o amam, nos anima”.

“Deseja que nasça em nós uma renovada paixão missionária e nos confia uma grande responsabilidade. Pede à Igreja, sua esposa, caminhar pelos caminhos acidentados de hoje, acompanhando àqueles que perderam a vida, semeando a esperança e acolhendo àqueles que não esperam nada da vida”.

O Santo Padre recordou que “Cristo nos serviu, se tornou nosso próximo, para servir todos aqueles que estão perto de nós”.

“Para um discípulo de Jesus nenhum próximo pode estar afastado” porque “existem pessoas afastadas que estão muito distantes, mas próximas de alcançar”.

O Papa lhes agradeceu por tudo aquilo que fazem a fim de acolher e dar trabalho às pessoas. “Não desanimem ante as dificuldades”, disse-lhes. “Sejam sempre animados pelo desejo de estabelecer vários ‘pontos de proximidade’”.

Antes de despedir-se o Papa Francisco deixou um conselho: “Quem se sente cansado e oprimido pelas circunstâncias da vida, confie em nossa Mãe que está perto de nós e nos consola”.

Fonte: ACI Digital