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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Quanto tempo para a censura alcançar o Evangelho?

Perseguição ao pensamento conservador é uma ameaça à Igreja.

  STF. (Carlos Moura/SCO/STF)

Corremos sério risco sob nossos direitos e liberdades individuais neste país e, ao contrário do que possam imaginar alguns, também há riscos quando o assunto é liberdade religiosa. Já começo com esta pegada para dar o tom da conversa: quando os direitos de um são violados, acho que é hora de intervir e repensar o caso. Principalmente quando isso tem relação com a liberdade de expressão.

Falo caro leitor, sobre os recentes episódios envolvendo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), cujas decisões violam a Constituição e colocam em risco a ordem legal. Isso importa para os religiosos? E muito! Os leitores — católicos, evangélicos, espíritas, judeus, umbandistas, etc. — devem saber que não existe nada mais valioso do que as garantias constitucionais que asseguram nossa liberdade.
Porém, pelo andar da carruagem, nem mesmo nossa Constituição tem valor garantido diante de uma Corte aparelhada e tendenciosa. O chamado ativismo judicial, a meu ver, representa um grave risco ao Estado Democrático de Direito. Mais do que isso, temos a sensação de que forças do mal se uniram em torno de um propósito: acabar com a liberdade.
Ora, como eu poderia estar exagerando, quando chegamos ao ponto de um ministro do Supremo reunir poder suficientes para, sozinho, censurar contas em redes sociais e mandar prender críticos sem nenhum respaldo legal? Se isso não preocupa aos líderes evangélicos, então temos um problema ainda mais grave. Não há como um ato tão violento contra a liberdade de expressão não causar estranheza e indignação.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito ilegal e inconstitucional das fake news, decidiu bloquear contas de empresários, jornalistas, políticos, blogueiros e militantes críticos ao Supremo no Twitter e Facebook. A decisão monocrática ataca diretamente as liberdade de pensamento e expressão. Se a moda pega, um pastor que opinar contra algum tema considerado negativo pelos ministros do Supremo poderá ser impedido de ter contas nas redes sociais.
Antes que prossiga: os líderes conservadores devem parar de criticar as novas mídias. Por que digo isso? As redes sociais são, sim, o melhor instrumento que temos para espalhar as Boas Novas e confrontar ideologias perversas que tentam desconstruir a cultura judaico-cristã. Se desprezamos no passado a transmissão televisiva como ferramenta de influência cristã, não podemos fazer o mesmo com as redes sociais.
Mas voltemos ao tema da censura. A ideia de calar vozes que se opõem ao progressismo e silenciar aqueles que discordam do pensamento esquerdista alcançará em breve o Evangelho. Isso está cada vez mais evidente, principalmente com a ideia de que a influência religiosa na política deve ser barrada. Como expôs o ministro Edson Fachin, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), querem um meio de punir o que chamam de “abuso de poder religioso”. Uma tese sem respaldo legal e eivada de preconceito.
Quem é o alvo desta tese falaciosa? Os cristãos, evangélicos e católicos. No entanto, a tese afeta a todos que carregam valores religiosos. Vamos ver: um umbandista decide, por exemplo, opinar em um terreiro sobre a violência contra sua religião, defendendo leis que reforcem sua liberdade de culto e orientando para que seu grupo religioso eleja seus representantes. Isso não seria enquadrado como “abuso de poder de autoridade religiosa”?

Constituição

Desde a primeira Constituição do Brasil, de 1824, a liberdade religiosa já era garantida. Na chamada Constituição Imperial, havia a proibição de perseguição por motivos religiosos, ainda que estabelecesse algumas regras sobre os cultos que não fossem da religião oficial do Estado, já que naquela época o Brasil ainda não era um país laico.
Foi somente com a promulgação da Constituição de 1891 que o Estado passou a ser laico, mas os direitos religiosos continuaram sendo preservados, sendo assegurados em todas as suas versões posteriores. Ao todo, o Brasil já teve sete Constituições, sendo que jamais abriu mão dos direitos de crença e liberdade religiosa.
E, por isso, qualquer tese que viole direitos por motivo de crença vai contra a Constituição. Aliás, tentar excluir a religião do debate público é um ato de preconceito e violação destes direitos. No artigo 5º está previsto que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo que no inciso VI, assegura “o livre exercício dos cultos religiosos garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”.
O inciso VIII garante que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Mas, como disse anteriormente, tem sido reiterado o desrespeito à Constituição Federal. O Supremo, que deveria ser o guardião da Carta Magna, tem usurpado competências, criado teses mirabolantes e ido muito além do que lhe é permitido.
Todavia, o Brasil é signatário desde 1948 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que defende em seu artigo 18 que “toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos”.
Portanto, entendo que esse argumento de “abuso de poder religioso” tem um objetivo em si, que é interferir no processo eleitoral, já que os cristãos têm ganhado cada vez mais importância política, enquanto a sociedade se conscientiza dos objetivos torpes da esquerda no país, já que nosso Brasil é de maioria conservadora e cristã.
Reitero que não concordo com militância partidária na Igreja. Não acho correto quando líderes cristãos colocam a imagem da instituição em políticos ou partidos. Mas não creio que instituições religiosas devam ser apolíticas ou deveriam ter seus direitos políticos cassados.

Bíblia

O cristão tem seus valores fundamentados na Bíblia, única regra de  e prática. Isso significa que não devemos respeitar as autoridades? Ao contrário! A Palavra de Deus traz diversos textos que reforçam a importância de nosso respeito pelas autoridades constituídas. Devemos fazer isso “por causa do Senhor” (1 Pedro 2.13), sabendo que agindo assim estaremos honrando a Deus.
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.” (Romanos 13.1)
Lembrando sempre que, em relação a laicidade do Estado, foi o próprio Cristo que orientou: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21). Isso significa a exclusão da Igreja em um cenário político? Jamais.
Quer dizer que devemos nos conscientizar das nossas responsabilidades com Deus e com as autoridades. É preciso separar bem as coisas.
Recentemente, li a acusação de que a participação de ministros evangélicos no governo seria uma forma de “abuso de poder religioso”. A afirmação é absurda e ultrajante para a democracia. Na infame teoria, um evangélico não poderia participar de um cargo público. Qualquer outro grupo pode ocupar cargos sem este tipo de comentário preconceituoso, mas tratando-se dos evangélicos, tudo é motivo de polêmica.
Cabe aí a pergunta: Quanto tempo para a censura alcançar o Evangelho? Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) decidiu formar um “dossiê” sobre uma suposta “rede de desinformação” formada por líderes evangélicos. Para isso, eles assistiram cultos, pregações, opiniões e até profecias, acusando os pastores de desinformar.
Concluo dizendo, que se esta guerra travada contra o pensamento conservador continuar na direção que segue, logo veremos o Evangelho sendo censurado e criminalizado. Não demorará muito para os líderes religiosos serem punidos por suas falas dentro dos templos. Repudiar toda essa investida contra os direitos e apontar essas injustiças como repugnantes, é o dever da Igreja.
por Michael Caceres ( Gospel Prime)

China manda cristãos removerem imagens representativas de Jesus


Partido Comunista da China vai avaliar pessoas por pontuação e promover perseguição.

  Cruz substituída por Xi Jinping (Bitter Winter)

O Partido Comunista da China (PCCh) segue sua linha de perseguição à Igreja, ordenando que os cristãos removam de suas casas imagens representativas de Jesus Cristo ou símbolos ligados ao Cristianismo. Para o regime ditatorial de Xi Jinping, os cristãos devem adorar os lideres do partido.

As autoridades comunistas chinesas estariam pressionando cristãos pobres, que dependem de programas de ajuda em meio à pandemia, que se afastem da  sob risco de terem esses benefícios cancelados. Violações de direitos religiosos são frequentes no país.
Segundo denúncia do ministério Bitter Winter, a ordem é para que os cristãos “deixem de adorar Deus e passem a adorar o Partido Comunista Chinês”. Pequim teria ordenado que todas as cruzes, símbolos e imagens religiosas sejam removidas das casas das pessoas que recebem auxílio.
Assim como acontece na Coreia do Norte, os comunistas chineses esperam que os líderes do regime ditatorial sejam adorados como “deuses”, por isso espalharam imagens de Xi Jinping e Mao Tsé-Tung, o fundador do partido, que  foi responsável por milhões de mortos no país.
Frequentemente o regime chinês é acusado de perseguição religiosa contra minorias, como muçulmanos e cristãos, incluindo a destruição de igrejas e descaracterização dos templos religiosos que ainda têm permissão para continuar promovendo cultos.
Neste ano, a China está implantando o “sistema de crédito social” baseado em pontuação, ou seja, o Partido Comunista vai avaliar as pessoas segundo seus critérios de aprovação e classificação, a fim de controlar seu comportamento e acesso a recursos.
“Há temores de que o novo ‘sistema de crédito social’ da China – projetado para recompensar a boa cidadania e punir a má – seja usado para discriminar os cristãos”, denunciou uma organização católica.
Cristãos temem que o partido ofereça “recompensas em dinheiro para quem informa sobre igrejas subterrâneas e outros locais de culto ‘não oficiais’”, o que irá promover uma grande perseguição de cristãos com base em altas pontuações e créditos.
por Michael Caceres ( Gospel Prime)

Cristãos são presos e assediados frequentemente no Marrocos



Campanha policial força ex-muçulmanos a retornar ao islamismo.

  Casal cristão ex-muçulmano mantém uma igreja em casa, apesar da pressão da família e ameaças constantes do governo (Portas Abertas)

No Marrocos, ser marroquino significa que se espera que se seja muçulmano – e não apenas por sua família e comunidade.

“O código penal sustenta que todos os marroquinos são muçulmanos; portanto, aqueles que se convertem ao cristianismo enfrentam problemas legais, além de ameaças à sua segurança”, revela Jawad Elhamidy, presidente da Associação Marroquina de Direitos e Liberdades Religiosas.
De acordo com a lei marroquina, tanto o proselitismo (falar de outras religiões ou evangelizar) quanto a conversão para outra religião que não o islã é um crime que acarreta uma sentença de prisão de seis meses a três anos.
Enquanto os cristãos estrangeiros que vivem no país desfrutam de relativa liberdade para praticar sua , desde que não pratiquem proselitismo, essa liberdade não se aplica aos cristãos marroquinos.
“Se um marroquino entrar em uma igreja, uma de duas coisas pode acontecer – um policial sentado em frente à igreja o prende ou o clérigo encarregado da igreja pede que a pessoa saia, a menos que o objetivo seja o turismo”, explica Elhamidy.
Os líderes das igrejas autorizadas pelo governo para uso dos estrangeiros estão sob pressão para não permitir a entrada de marroquinos porque podem ser presos por tentar evangelizar.
Em 2019, o Marrocos se classificou para a Lista Mundial da Perseguição, produzida pela Portas Abertas e que classifica os 50 países onde é mais difícil viver como cristão. Desde então o país não saiu mais da classificação e subiu de 35º para o 26º lugar.
O relatório do país de 2020 detalha “pressão extrema” forçando os cristãos marroquinos a se encontrarem secretamente nas igrejas domésticas. Quase tão intensa é a pressão da família e das comunidades que os convertidos enfrentam quando querem praticar sua nova fé, de acordo com a Portas Abertas.
“Enquanto a lei pune apenas a proselitismo, os convertidos ao cristianismo podem ser punidos de outras maneiras, por exemplo, perdendo os direitos de herança e a custódia dos filhos”, afirma o relatório.

“Eu vou matar vocês dois”

Quando uma cristã recém convertida a Jesus disse à família que se tornara cristã juntamente com seu noivo, imediatamente sofreu as consequências.
“Um irmão me espancou depois que minha irmã mais velha gritava, dizendo a ele que me matasse, e meus outros irmãos e irmãs também me deram muitos problemas. ‘Eu vou matar vocês dois’, um dos meus irmãos nos disse um dia e uma cunhada uma vez começou a me acusar em voz alta, e na rua, de ser cristã”, disse a mulher, cujo nome está sendo preservado por motivos de segurança.
Quando ela disse à família que queria se casar com o noivo cristão, as coisas ficaram ainda mais difíceis.
“Ambas as famílias fizeram de tudo para impedir que nos casássemos, e depois trabalharam para o nosso divórcio. Chorei muito porque isso me causou muito sofrimento”, disse ela.
Agora, anos depois, as famílias ainda não aceitaram sua fé cristã, mas as coisas são menos difíceis. Com o apoio da Portas Abertas, o casal hospeda uma igreja doméstica em sua casa enquanto o marido estuda teologia.

Coragem para ser diferente

A Igreja Perseguida é formada em sua maioria por cristãos ex-muçulmanos. Nossos irmãos que renunciaram ao islã vivem em um ambiente hostil, marcado pela opressão islâmica. Na maioria dos casos, a perseguição começa dentro de casa, pois são rejeitados pela própria família.
Muitos são expulsos da comunidade onde vivem. Eles precisam de muito apoio para serem encorajados a viver a nova fé em Cristo em meio a um contexto tão opressor. É por isso que no DIP 2020 o convidamos a se unir a eles nessa jornada. De mãos dadas com você, eles podem dar passos firmes e crescer na fé!
Saiba mais sobre o Domingo da Igreja Perseguida 2020 e cadastre sua igreja! Participe dessa onda de oração e amor aos cristãos perseguidos.
por Neto Gregori ( Gospel Prime)

terça-feira, 28 de julho de 2020

Cristãos são mortos na Índia por causa de sua fé


Após expulsão de aldeia, cristão ex-hindu é caçado por grupo extremista e morto por causa de sua fé em Jesus

   Altares são espalhados por todo país, para que fiéis adorem a centenas de deuses hindus (Portas Abertas)

O assassinato aconteceu em 11 de julho. Munshu Tado, um cristão convertido do hinduísmo, praticante de sua  em Jesus e evangelista em sua aldeia, já havia escapado dos naxalitas (grupo rebelde maoísta ativo na Índia) há alguns meses.
Ele e sua família foram expulsos da aldeia junto com outras 3 famílias por causa de sua fé cristã.
Infelizmente, em 11 de julho, eles o encontraram e o mataram, acusando-o falsamente de ser um informante da polícia que estava delatando os naxalitas à polícia.
Um parceiro da Portas Abertas  compartilha sobre a situação naquela região da Índia:
“A maioria dos cristãos é morta dessa maneira em áreas propensas aos naxalitas. Muitas vezes, as pessoas da aldeia que perseguem e boicotam os cristãos são incapazes de convencê-los a deixar o cristianismo. Finalmente, alguns deles se queixam falsamente aos grupos naxalitas de que os cristãos estão perturbando a paz da vila atraindo pessoas ao cristianismo, dando-lhes benefícios e informando a polícia sobre o paradeiro dos naxalitas. Os naxalitas então buscam esses cristãos (que muitas vezes já foram boicotados socialmente, perseguidos e expulsos pela vila) e os ameaçam a fim de que parem de se reunir com outros cristãos e compartilhar sobre Jesus e, assim, parar de perturbar a paz da vila. Quando eles não desistem da fé, são mortos aos olhos e conhecimento de todos. Foi isso o que aconteceu com Munshu Tado”.
Munshu era um jovem cristão vibrante, comprometido com sua fé e em compartilhar as boas novas de Jesus em todos os lugares que passava.
Membros do grupo extremista o advertiu várias vezes para interromper suas atividades cristãs. Ele quase foi morto no ano passado, mas fugiu com a família. Dessa vez, ele não se salvou.
Continue orando pela Índia 
Assassinatos são cometidos a cristãos sem que haja punição. Todos os cristãos são vistos como traidores de sua fé original, o hinduísmo, que aceitam dinheiro e benefícios para escolher o cristianismo. Escolas e hospitais missionários que antes eram o orgulho do país agora são vistos como bases de conversão, onde as pessoas são atraídas ao cristianismo.
Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus

Atitude de fé


Há uma diferença entre fé e atitude de fé. Mas também existem inúmeros equívocos sobre o que é a fé, essa centralidade de toda a vida cristã.

   Mãos esperando receber uma oração (Jeremy Yap / Unsplash)

O homem de  não é aquele que grita muito, que elabora grandes proclamações em público. A fé não é alvoroço, ajuntamento, multidões, mas apenas uma atitude do coração.
Tem que ver com o interior do ser e não tanto com o que se projecta e muito menos em público. Onde podemos encontrar o exemplo mais perfeito de fé é em Jesus Cristo, visto ser ele a referência maior para qualquer dimensão da vida espiritual.
A essência da fé não é a proclamação que se faz da boca para fora. Apesar disso a fé deve ser confessada:
“Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos. A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:8,9)
Por outro lado, as nossas palavras devem expressar a fé que nos anima: “Cri, por isso falei” (Salmos 116:10a).
O Livro de Hebreus dá-nos talvez as melhores definições de fé, quando diz que Abraão creu contra a esperança: “O qual, em esperança, creu contra a esperança” (Romanos 4:18), ou quando afirma que “(…) a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam.”
Porque uma mulher grávida crê que vai ter uma criança prepara o quartinho para o bebé. Ela não tem uma prova material de que vai levar a gravidez até ao fim, sem saber ao certo se aquela criança vai nascer viva, mas crê que sim.
O autor da Epístola aos Hebreus diz ainda que a fé é “a prova das coisas que se não vêem.” De facto não se trata de uma prova material, como nos tribunais, mas de convicção profunda de algo que Deus prometeu, mesmo que ainda não possamos estar a ver. Mas também é preciso que tenha sido mesmo Deus a prometer e não a vontade ou o desejo humanos.

Atitude de fé

O que Deus espera de nós é uma atitude de fé.
Desde logo porque sem essa atitude não lhe podemos agradar: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe” (v 6). Quando somos recebidos por uma personalidade muito importante procuramos cair no seu agrado, ou porque necessitamos do seu favor ou simplesmente porque queremos deixar uma boa imagem.
Por outro lado Deus não aceita aproximações desconfiadas“porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe”. A criança confia no seu pai, a menos que tenha fortes razões para não o fazer. Mas isso não chega. Também é necessário crer que o Pai celestial é abençoador e tem planos de paz para os seus filhos. Ou seja, que Ele “é galardoador dos que o buscam.”
Mas uma atitude de fé não é mandar Deus fazer o que eu quero! Deixo um conselho aos “soberbos da fé”. Estudem as orações que Jesus dirigiu ao Pai, quando estava a só com Ele, e que ficaram registadas nos evangelhos.
Há ali alguma exigência, algum ultimato, algum relembrar as Escrituras para o “empurrar” a fazer o que aquele que ora pretende? Não. Leia-se a oração do Getsémani, descrita em Lucas 22:41,42:
“E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”
O homem de  não é aquele que grita muito, que elabora grandes proclamações em público. A fé não é alvoroço, ajuntamento, multidões, mas apenas uma atitude do coração.
Tem que ver com o interior do ser e não tanto com o que se projecta e muito menos em público. Onde podemos encontrar o exemplo mais perfeito de fé é em Jesus Cristo, visto ser ele a referência maior para qualquer dimensão da vida espiritual.
A essência da fé não é a proclamação que se faz da boca para fora. Apesar disso a fé deve ser confessada:
“Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos. A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:8,9)
Por outro lado, as nossas palavras devem expressar a fé que nos anima: “Cri, por isso falei” (Salmos 116:10a).
O Livro de Hebreus dá-nos talvez as melhores definições de fé, quando diz que Abraão creu contra a esperança: “O qual, em esperança, creu contra a esperança” (Romanos 4:18), ou quando afirma que “(…) a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam.”
Porque uma mulher grávida crê que vai ter uma criança prepara o quartinho para o bebé. Ela não tem uma prova material de que vai levar a gravidez até ao fim, sem saber ao certo se aquela criança vai nascer viva, mas crê que sim.
O autor da Epístola aos Hebreus diz ainda que a fé é “a prova das coisas que se não vêem.” De facto não se trata de uma prova material, como nos tribunais, mas de convicção profunda de algo que Deus prometeu, mesmo que ainda não possamos estar a ver. Mas também é preciso que tenha sido mesmo Deus a prometer e não a vontade ou o desejo humanos.
Atitude de fé
O que Deus espera de nós é uma atitude de fé.
Desde logo porque sem essa atitude não lhe podemos agradar: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe” (v 6). Quando somos recebidos por uma personalidade muito importante procuramos cair no seu agrado, ou porque necessitamos do seu favor ou simplesmente porque queremos deixar uma boa imagem.
Por outro lado Deus não aceita aproximações desconfiadas“porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe”. A criança confia no seu pai, a menos que tenha fortes razões para não o fazer. Mas isso não chega. Também é necessário crer que o Pai celestial é abençoador e tem planos de paz para os seus filhos. Ou seja, que Ele “é galardoador dos que o buscam.”
Mas uma atitude de fé não é mandar Deus fazer o que eu quero! Deixo um conselho aos “soberbos da fé”. Estudem as orações que Jesus dirigiu ao Pai, quando estava a só com Ele, e que ficaram registadas nos evangelhos.
Há ali alguma exigência, algum ultimato, algum relembrar as Escrituras para o “empurrar” a fazer o que aquele que ora pretende? Não. Leia-se a oração do Getsémani, descrita em Lucas 22:41,42:
“E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”
Apenas humildade e sujeição à soberania divina.
Deus não procura fezadas, isto é, pessoas com grande quantidade de fé, pois a fé não se mede a metro nem ao quilo! Aliás, quem tiver fé do tamanho de um grão de mostarda poderá fazer grandes coisas:
“Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé. E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria” (Lucas 17:5,6).
Deus não procura supercrentes, até porque eles não existem, e os que se armam em tal apenas revelam soberba espiritual, pois Jesus era manso e humilde de coração.
O que Deus procura é adoradores genuínos: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24), ou seja, pessoas que se chegam a Ele numa verdadeira atitude de fé. Por outras palavras, pessoas que crêem no amor e confiam no cuidado de Deus.
Se achas que tens pouca fé, não te preocupes com isso. Mas chega-te a Deus numa atitude de fé e confia inteiramente n’Ele.
José Brissos-Lino
 (Gospel Prime)
Nasceu em Lisboa (1954), é casado, tem dois filhos e um neto. Doutorado em Psicologia, Especialista em Ética e em Ciência das Religiões, é director do Mestrado em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona, em Lisboa, coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo e investigador.

Jovens preferem se reunir em culto menores, diz pesquisador


Ele analisou algumas igrejas nos EUA para chegar a essa conclusão.


   Jovem de mãos levantadas no culto. (Shaun Frankland / Unsplash)

Para o presidente da LifeWay Christian Resources, Thom S. Rainer, as gerações mais novas de evangélicos estão optando por frequentar cultos menores.

Ele chegou à essa conclusão após pesquisas realizadas por sua instituição e fez algumas anotações sobre este fenômeno, dizendo que é possível encontrar nessa informação algumas formas de aproximar os mais jovens.
Segundo Rainer, a geração Baby Boomer era mais atraída por cultos grandes, mas os millenials (Geração Y) e a Geração Z preferem cultos menores.
“Se as gerações mais novas comparecerem aos cultos, é mais provável que elas participem de um culto menor”, pontuou ele. Vale lembrar que essas gerações mais novas (pessoas com menos de 40 anos) estão cada vez mais afastadas das igrejas nos EUA, onde a pesquisa da LifeWay foi realizada.
“Nossa pesquisa inicial indica que o tamanho preferido das reuniões de culto terá um pico em torno de 300 pessoas”, diz Rainer.
“Realizamos um estudo limitando igrejas por tamanho para determinar suas taxas de conversão e taxas de assimilação. As melhores taxas atingiram cerca de 300 pessoas no culto. Nesse ponto, as informações podem não ser suficientes para considerá-las como pesquisa. Pode ser mais preciso classificá-lo como uma hipótese”, explica ele em seu site.
Diante dos fatos coletados ele diz: “Se este postulado for verdadeiro, terá um efeito dramático nas congregações locais. As práticas da igreja terão que se adaptar. As instalações da igreja serão dramaticamente diferentes. O financiamento e a administração da Igreja terão novas prioridades. O pessoal da igreja não será parecido com o de hoje”.
por Redação Gospel Prime

segunda-feira, 27 de julho de 2020

99% dos missionários não têm dinheiro para necessidades básicas


Muitos missionários não pedem ajuda financeira por vincularem a falta de fé na provisão de Deus.

   Missionário prega e batiza indianos. (Living Waters Mission)

ONG Stewardship, organização que apoia cerca de 3 mil missionários que alcançam cerca de 250 mil pessoas, revelou que 99% dos cristãos que estão em projetos missionários ao redor do mundo vivem abaixo do custo de vida recomendado e possuem dificuldades para cobrir o essencial.
A instituição mostra que a maioria dos voluntários em tempo integral no ministério cristão renuncia às necessidades básicas e deixa de atender às demandas financeiras ao longo do ano.
O diretor de generosidade Daniel Jones disse ao Premier que a maioria vive com o suficiente, mas quando despesas maiores são necessárias, como o carro quebrar ou o aluguel aumentar, por exemplo, não há nenhum valor disponível para cobrir.
“Para as pessoas que trabalham no exterior com frequência, pode haver casos de doenças em que não há serviço público para recorrer, precisando pagar por custos médicos adicionais”, explica.
Diante desta informação, a organização lançou uma nova campanha para fornecer aos voluntários apoio adicional durante o período de Natal.
Jones diz que as necessidades essenciais de cada trabalhador podem variar dependendo de vários fatores, entre eles o tanto de viagem que eles realizam, o número de filhos e outros.
Além disso, muitos missionários não pedem ajuda financeira por vincularem a falta de  na provisão de Deus.
Ele argumenta que, embora a confiança em Deus seja sempre essencial, isso não significa que não podemos procurar ajuda: “Vejo evidências na Bíblia de épocas em que o povo de Deus foi mostrado e incentivado pelo Senhor a arrecadar fundos e ir a outras pessoas dentro da comunidade de crentes para dizer: ‘Olha, eu estou fazendo este trabalho evangélico específico, por favor, você vai me apoiar?'”.
A organização sediada no Reino Unido lançou uma nova campanha em uma tentativa de dar a cada trabalhador cristão em tempo integral da Stewardship apoio adicional de 100 libras durante o período de Natal.
por Redação Gospel Prime

Cristianismo pode desaparecer do Iraque, diz relatório


O documento alerta que “sem uma ação imediata e assertiva”, o cristianismo no Iraque poderá estar perto da erradicação daqui a quatro anos

   Após invasões do Estado Islâmico, cristãos foram deslocados e obrigados a viver em campos de refugiados. (Portas Abertas)

Um dos berços do cristianismo, o Iraque foi apresentado ao cristianismo já nos primeiros anos desta era e, segundo a tradição, o evangelho foi levado ao país pelo apóstolo Tomé, no caminho para Índia.


No início do século 20, os cristãos constituíam cerca de 30% da população. Pouco depois dos britânicos garantirem ao Iraque sua independência, em 1932, a população cristã caiu para menos de 8%.
O número de cristãos no Iraque diminuiu como resultado de uma violência sectária após a Guerra do Golfo e a invasão norte-americana nos anos 1990 e início do século 21. Na época da destituição de Saddam Hussein, em 2003, ainda havia mais de um milhão de cristãos no Iraque. Devido à guerra civil e o domínio brutal do Estado Islâmico no Norte, esses números diminuíram.
Hoje, restam pouco mais de 100 mil cristãos nas antigas áreas ocupadas pelo Estado Islâmico das planícies de Nínive e, se nada for feito, isso poderá diminuir para 23 mil até 2024, adverte o relatório “Vida após o Estado Islâmico – Novos desafios ao cristianismo no Iraque”, documento produzido por instituições que trabalham e apoiam cristãos no país.
“Isso moveria a comunidade cristã da categoria de “vulnerável” para a categoria crítica de “ameaçada de extinção””, afirmou o relatório.
Segundo o relatório, 36% dos cristãos nas planícies de Nínive disseram que estavam pensando em emigrar nos próximos cinco anos. Razões políticas e de segurança foram os principais fatores. Uma grande maioria disse que se sentia “insegura ou absolutamente insegura” (87%) e 67% “acreditavam que era provável ou muito provável que o Estado Islâmico ou um grupo semelhante retornasse nos próximos cinco anos”.
“Eu acho que a extinção de cristãos no Iraque é um perigo real que precisamos levar a sério. No entanto, existem muitas razões para os números cada vez menores”, disse Henriette Kats, analista de perseguição da Portas Abertas.
Um dos berços do cristianismo, o Iraque foi apresentado ao cristianismo já nos primeiros anos desta era e, segundo a tradição, o evangelho foi levado ao país pelo apóstolo Tomé, no caminho para Índia.

No início do século 20, os cristãos constituíam cerca de 30% da população. Pouco depois dos britânicos garantirem ao Iraque sua independência, em 1932, a população cristã caiu para menos de 8%.
O número de cristãos no Iraque diminuiu como resultado de uma violência sectária após a Guerra do Golfo e a invasão norte-americana nos anos 1990 e início do século 21. Na época da destituição de Saddam Hussein, em 2003, ainda havia mais de um milhão de cristãos no Iraque. Devido à guerra civil e o domínio brutal do Estado Islâmico no Norte, esses números diminuíram.
Hoje, restam pouco mais de 100 mil cristãos nas antigas áreas ocupadas pelo Estado Islâmico das planícies de Nínive e, se nada for feito, isso poderá diminuir para 23 mil até 2024, adverte o relatório “Vida após o Estado Islâmico – Novos desafios ao cristianismo no Iraque”, documento produzido por instituições que trabalham e apoiam cristãos no país.
“Isso moveria a comunidade cristã da categoria de “vulnerável” para a categoria crítica de “ameaçada de extinção””, afirmou o relatório.
Segundo o relatório, 36% dos cristãos nas planícies de Nínive disseram que estavam pensando em emigrar nos próximos cinco anos. Razões políticas e de segurança foram os principais fatores. Uma grande maioria disse que se sentia “insegura ou absolutamente insegura” (87%) e 67% “acreditavam que era provável ou muito provável que o Estado Islâmico ou um grupo semelhante retornasse nos próximos cinco anos”.
“Eu acho que a extinção de cristãos no Iraque é um perigo real que precisamos levar a sério. No entanto, existem muitas razões para os números cada vez menores”, disse Henriette Kats, analista de perseguição da Portas Abertas.
“A ausência geral de segurança como resultado de ataques turcos; mas também pressões e ameaças de milícias e células do Estado Islâmico apoiadas pelo Irã; falta de um sistema jurídico que funcione bem; a situação econômica; discriminação e exclusão – todos são fatores que levam as pessoas a pensar em emigração. A família e os amigos que moram no exterior também podem formar um “fator de atração” que pode diminuir a barreira da emigração. Por último, mas não menos importante, muitos cristãos iraquianos perderam a esperança de que a situação melhorasse”, disse ela.

Esperança para o Iraque

Com guerras, invasões e expulsões sequentes desde 2003, o cristão iraquiano se vê em constante luta para enfrentar desafios diários.
Nesses momentos de incertezas, os cristãos no Iraque precisam manter a confiança em Deus. Com a campanha Famílias fortes no Iraque, a Portas Abertas entende não é apenas sobre casas, mas sobre lares restaurados e esperança renovada. Para que haja uma igreja forte na região, é necessário que as famílias sejam resilientes.
Através de parceiros locais, a Portas Abertas disponibiliza seis programas de desenvolvimento psicossocial que possibilitam a edificação de famílias resilientes no Iraque. Para participar, acesse a campanha Famílias Fortes no Iraque e ajude.
Interceda, Doe, Encoraje!
Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus