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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Cristãos são presos e assediados frequentemente no Marrocos



Campanha policial força ex-muçulmanos a retornar ao islamismo.

  Casal cristão ex-muçulmano mantém uma igreja em casa, apesar da pressão da família e ameaças constantes do governo (Portas Abertas)

No Marrocos, ser marroquino significa que se espera que se seja muçulmano – e não apenas por sua família e comunidade.

“O código penal sustenta que todos os marroquinos são muçulmanos; portanto, aqueles que se convertem ao cristianismo enfrentam problemas legais, além de ameaças à sua segurança”, revela Jawad Elhamidy, presidente da Associação Marroquina de Direitos e Liberdades Religiosas.
De acordo com a lei marroquina, tanto o proselitismo (falar de outras religiões ou evangelizar) quanto a conversão para outra religião que não o islã é um crime que acarreta uma sentença de prisão de seis meses a três anos.
Enquanto os cristãos estrangeiros que vivem no país desfrutam de relativa liberdade para praticar sua , desde que não pratiquem proselitismo, essa liberdade não se aplica aos cristãos marroquinos.
“Se um marroquino entrar em uma igreja, uma de duas coisas pode acontecer – um policial sentado em frente à igreja o prende ou o clérigo encarregado da igreja pede que a pessoa saia, a menos que o objetivo seja o turismo”, explica Elhamidy.
Os líderes das igrejas autorizadas pelo governo para uso dos estrangeiros estão sob pressão para não permitir a entrada de marroquinos porque podem ser presos por tentar evangelizar.
Em 2019, o Marrocos se classificou para a Lista Mundial da Perseguição, produzida pela Portas Abertas e que classifica os 50 países onde é mais difícil viver como cristão. Desde então o país não saiu mais da classificação e subiu de 35º para o 26º lugar.
O relatório do país de 2020 detalha “pressão extrema” forçando os cristãos marroquinos a se encontrarem secretamente nas igrejas domésticas. Quase tão intensa é a pressão da família e das comunidades que os convertidos enfrentam quando querem praticar sua nova fé, de acordo com a Portas Abertas.
“Enquanto a lei pune apenas a proselitismo, os convertidos ao cristianismo podem ser punidos de outras maneiras, por exemplo, perdendo os direitos de herança e a custódia dos filhos”, afirma o relatório.

“Eu vou matar vocês dois”

Quando uma cristã recém convertida a Jesus disse à família que se tornara cristã juntamente com seu noivo, imediatamente sofreu as consequências.
“Um irmão me espancou depois que minha irmã mais velha gritava, dizendo a ele que me matasse, e meus outros irmãos e irmãs também me deram muitos problemas. ‘Eu vou matar vocês dois’, um dos meus irmãos nos disse um dia e uma cunhada uma vez começou a me acusar em voz alta, e na rua, de ser cristã”, disse a mulher, cujo nome está sendo preservado por motivos de segurança.
Quando ela disse à família que queria se casar com o noivo cristão, as coisas ficaram ainda mais difíceis.
“Ambas as famílias fizeram de tudo para impedir que nos casássemos, e depois trabalharam para o nosso divórcio. Chorei muito porque isso me causou muito sofrimento”, disse ela.
Agora, anos depois, as famílias ainda não aceitaram sua fé cristã, mas as coisas são menos difíceis. Com o apoio da Portas Abertas, o casal hospeda uma igreja doméstica em sua casa enquanto o marido estuda teologia.

Coragem para ser diferente

A Igreja Perseguida é formada em sua maioria por cristãos ex-muçulmanos. Nossos irmãos que renunciaram ao islã vivem em um ambiente hostil, marcado pela opressão islâmica. Na maioria dos casos, a perseguição começa dentro de casa, pois são rejeitados pela própria família.
Muitos são expulsos da comunidade onde vivem. Eles precisam de muito apoio para serem encorajados a viver a nova fé em Cristo em meio a um contexto tão opressor. É por isso que no DIP 2020 o convidamos a se unir a eles nessa jornada. De mãos dadas com você, eles podem dar passos firmes e crescer na fé!
Saiba mais sobre o Domingo da Igreja Perseguida 2020 e cadastre sua igreja! Participe dessa onda de oração e amor aos cristãos perseguidos.
por Neto Gregori ( Gospel Prime)

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