Mais de 60 reféns são resgatados pelo exército nigeriano, mas a situação continua tensa
De
acordo com as últimas informações do exército nigeriano, 63 reféns que
estavam sob o domínio de rebeldes islâmicos, foram resgatados em uma
operação de confronto, onde cinco terroristas do Boko Haram foram
mortos. Não sabemos quantos deles eram cristãos. Os militares ainda
destruíram dois campos do grupo extremista, na selva de Alagarno, no
estado de Borno, próximo à selva de Sambisa, conforme o porta-voz do
Exército. Durante os confrontos que ocorreram em fevereiro, centenas de
pessoas morreram, principalmente nas áreas onde vivem os cristãos.
Alguns sobreviventes relataram aos defensores dos direitos religiosos
que os agressores pouparam os muçulmanos e não atacaram as mesquitas.
"Mais de 500 aldeões cristãos foram mortos em apenas uma noite", disse
um dos analistas de perseguição.
A Nigéria enfrenta, desde 2009, a revolta do
Boko Haram, o que já ocasionou 17 mil mortes, só no norte do país, além
de 2,6 milhões de deslocados. Para combater o grupo, outros países
próximos estão colaborando, entre eles Chade, Níger e Camarões. "Nosso
povo estava desprevenido, por que o governo federal disse que iria
intervir, então nos sentimos protegidos. Mas, infelizmente, todos agora
estão decepcionados, porque o governo não fez nada para evitar os
ataques e não vimos nenhum policial ou militar nas áreas que foram
praticamente devastadas pelos extremistas", comenta um dos aldeões.
"A embaixada dos Estados Unidos ainda sustenta
que essa guerra é por disputa de territórios e que não existe um
contexto religioso", diz o analista. A Nigéria
está no 12º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa deste ano,
entre os países que mais cometem crimes contra os cristãos. Os últimos
ataques ocorridos têm servido de inspiração para muitos outros, criando
assim um efeito cascata, levando a movimentos fanáticos. "Milhares de
cristãos já foram expulsos de suas regiões, de acordo com os relatórios,
mas temos que continuar orando e acreditando que as notícias dos
resgates são resultados de nossas orações", conclui o analista.
FonteAFP, Portas Abertas
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