Inglês afirma que grupo de Whatsapp gerou confusão
O executivo Laolu Opebiyi, 40 anos, embarcou em um voo da companhia
EasyJet que saia de Londres rumo a Amsterdã quando, de repente, foi
abordado por agentes de segurança e acusado de trocar mensagens
terroristas pelo celular.
Acabou sendo retirado da aeronave por dois oficiais armados e
interrogado no aeroporto sobre suas supostas ligações com o grupo
extremista ISIS, também chamado de Estado Islâmico.
Sendo cristão, Opebiyi, estranhou o motivo de ser questionado se era
muçulmano. Mostrou a Bíblia que carregava ao chefe da segurança, que lhe
perguntou detalhes sobre a igreja que ele frequentava e se estava
pensando em mudar de religião. Sem entender, ele precisou entregar seu
celular e a senha para que fosse liberado.
O curioso do caso é que ele estava trocando mensagens em grupo do
aplicativo WhatsApp chamado “ISI Men”, sigla para o termo em inglês
“Iron Sharpens Iron” [Homens do ferro afia ferro]. O passageiro que
estava no banco detrás, tentando ler o que ele escrevia viu a palavra
“oração” e o nome do grupo e achou que se tratava de uma célula
terrorista do ISIS.
Esse passageiro “curioso” lhe perguntou “O que você quer dizer com
oração?”. Não satisfeito com a resposta de Opebiyi, pediu para sair do
avião, alegando estar passando mal, e procurou as autoridades.
Mesmo após esclarecer a situação, Opebiyi foi impedido de subir a
bordo do mesmo voo, pois os passageiros protestaram. Acabou forçado a
ficar no aeroporto de Luton esperando o voo seguinte da EasyJet, por
mais de 3 horas.
“Mesmo se eu fosse muçulmano, a forma como fui tratado foi muito
injusta. Acho que nenhuma pessoa, independentemente da sua religião,
deve ser tratada assim”, disse ele à imprensa. Ele teme que seu nome
passe a fazer parte de uma lista do governo, que monitora terroristas.
A empresa EasyJet limitou-se a emitir uma nota, comentando o caso.
Eles afirmaram: “A segurança dos passageiros e tripulantes é a nossa
maior prioridade. Isso significa que, toda vez que surge alguma questão
de segurança, sempre iremos investigá-la com precaução. Gostaríamos de
pedir desculpas por qualquer inconveniente causado ao passageiro”. Com informações The Guardian
Por Jarbas Aragão
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