Principais líderes religiosos judeus reuniram-se para clamar em uníssono
O relato de um evento inédito mostra que alguns dos principais líderes
religiosos judaicos de Israel reuniram-se para uma “campanha de oração”.
Liderados por Shlomo Amar, um dos rabinos-chefe de Jerusalém, eles
anunciaram que estão clamando para que Deus revele logo o Messias e
apresse a ‘redenção final’.
O anúncio foi feito após um encontro de oração que durou a noite
toda, unindo os rabinos do movimento Chabad-Lubavitch, uma das maiores
organizações judaicas do mundo. A gravação foi divulgada no YouTube (em hebraico).
Nos dias que antecederam a fala oficial de Amar, cerca de 6.000
rabinos e líderes da comunidade judaica participaram da Conferência
Internacional do Chabad-Lubavitch. Estavam presentes representantes de
comunidades judaicas de mais de 75 países.
Durante o encontro, Berel Lazar, um dos dois principais rabinos da
Rússia, lembrou que há 25 anos o movimento discute a emissão de uma din
psak (decisão rabínica oficial) sobre a questão da redenção do povo
judeu.
Amar concordou que tinha chegado o momento de anunciar o pedido para
que Deus ‘acelere’ a chegada do messias. Ao que se sabe, é a primeira
vez na história que ocorre um movimento coordenado desse tipo, que
inclui a maioria das comunidades judaicas espalhadas pelo mundo.
O discurso de Amar o mostra cercado de líderes espirituais
conhecidos. As principais palavras foram: “Decidimos, atendendo ao
pedido do público, reivindicar – embora vejamos o que pede, não podemos
ver o réu – que Deus Todo-Poderoso acelere o fim e revele o Messias
diante de nossos olhos em nossos dias.”
Sua declaração foi recebida com um caloroso “Amém!”. Imediatamente,
os rabinos começaram a cantar “Nós queremos o Messias agora! Nós não
queremos esperar!”, uma antiga canção, conhecida por todos os judeus
hassídicos.
Ouvido pelo site Breaking Israel News,
o rabino Uri Kaploun explica que pela tradição judaica, na prática isso
é como ‘obrigar’ a Deus, chamado de ‘réu’. Os Chazal (os sábios
judeus) entendem que podem intervir no Tribunal Celestial o que, por
assim dizer, praticamente obrigaria Deus a dar uma resposta.
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