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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Ministério Público abre inquérito para investigar e responsabilizar ateus que queimaram Bíblia


Ministério Público abre inquérito para investigar e responsabilizar ateus que queimaram Bíblia
O caso da queima de uma Bíblia na Universidade Federal do Acre (UFAC) não deverá passar impune. O Ministério Público (MP) abriu um inquérito civil para apurar as circunstâncias do gesto feito durante um encontro de ateus.
O promotor Marco Aurélio Ribeiro, da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos, assinou a portaria publicada no Diário Oficial do Estado do Acre da última segund-feira, 11 de maio.
No documento, o MP enfatiza que a investigação deve ser feita para que se obtenha “esclarecimento do fato objeto da investigação e identificação precisa dos autores, bem como para o exercício das atribuições inerentes às funções institucionais do Ministério Público, deverão ser colhidas todas as provas permitidas pelo ordenamento jurídico, tais como depoimentos, certidões, relatórios e documentos”.
A polêmica veio à tona depois da divulgação de um vídeo em que o estudante Roberto Oliveira queima um exemplar da Bíblia Sagrada no palco do encontro de ateus, no campus da UFAC. Um dos organizadores do evento, o militante petista Felipe Zanon, chegou a afirmar que queimaria outra Bíblia se houvesse retaliações ou sanções aos eventos culturais da UFAC.
De acordo com informações do G1, o promotor Ribeiro destacou que “a religião constitui um dos elementos fundamentais em sua concepção de vida e que, portanto, a liberdade de religião deve ser integralmente respeitada e garantida”.
O episódio, segundo o promotor, deve ser apurado para que as conclusões da investigação permitam “adotar todas as medidas necessárias para a rápida eliminação de intolerância em todas as suas formas e manifestações, com o intuito de prevenir e combater a discriminação por motivos de religião”.
A abertura do inquérito pelo MP responde a um clamor social de indignação com a manifestação dos jovens estudantes ateus. Dentre os que se manifestaram sobre o caso, está o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), que havia solicitado ao Ministério Público que investigasse o caso.

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