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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Os verdadeiros heróis do Brasil



Em situações como a de Brumadinho já não é tanto pelo dinheiro, ou pela visibilidade, nem mesmo pelo reconhecimento dos homens; é tão somente para alcançar a dignidade em meio ao caos, a satisfação nas sombras da escassez e a paz de tantos familiares que sentem muita dor nos últimos dias.

Bombeiros em Brumadinho. (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press.Brasil)


Certos tipos de trabalho simplesmente alimentam um desejo de ganhar dinheiro ou visibilidade social. Porém, há trabalhos que são vocacionais, que exigem de nós algo mais do que ambição: exigem de nós a busca maior que é a busca pelo sentido de existir.
Em meio a tanta dor e sofrimento, nosso coração mistura o sentimento de indignação pela irresponsabilidade empresarial e técnica que se deleita na impunidade por parte dos gananciosos que habitam ou transitam na Vale e o urgente senso de solidariedade que todo cidadão que não está alienado nas redes tem produzido, ao ponto de certos órgãos de apoio humanitário encerrarem suas arrecadações, considerando que já se conseguiu mais do que o suficiente para as necessidades atuais.
E, dentre esta massa ainda humanizada e dotada de um raro sentimento chamado “empatia”, temos uma classe trabalhadora que teria motivos mil para não se envolver tão efusivamente na luta pelo resgate dos corpos e por ofertar dignidade às famílias enlutadas. Estes sempre estão lá quando o caos se instaura, e o poder público insiste em não valorizá-los: estamos falando dos Bombeiros, não só do estado de Minas Gerais, mas de todo o Brasil.
Estão lá em Brumadinho, esgotando cada gota de suor em busca de sobreviventes e corpos infelizmente já mortos. Debaixo da chuva ou do sol, entregam o seu melhor no nível máximo de intensidade, e muitas vezes gastam horas a fio no trabalho sem a obtenção de resultados satisfatórios.
Estão cansados, mas não derrotados; abatidos, mas não desanimados. Tomo emprestado a fala do apóstolo Paulo inspirada pelo Espírito Santo, quando tratou da vocação ministerial dos cristãos em Deus:
Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo. 2 Coríntios 6:9,10
Creio que ser um bombeiro excelente equipara-se de certa forma a um obreiro cristão fiel. Trata-se mais de uma vocação, um serviço abnegado do que uma simples ocupação profissional. Em situações como a de Brumadinho já não é tanto pelo dinheiro, ou pela visibilidade, nem mesmo pelo reconhecimento dos homens; é tão somente para alcançar a dignidade em meio ao caos, a satisfação nas sombras da escassez e a paz de tantos familiares que sentem muita dor nos últimos dias.
Estes são os verdadeiros heróis do Brasil. Nunca foi e nunca será jogador de futebol, piloto de fórmula 1 ou um político, seja da esquerda ou da direita – estando preso em Curitiba ou assentando-se na cadeira presidencial em Brasília.
Quando você pensar em seres humanos que dignificam um país, pense nos bons profissionais da segurança pública do nosso Brasil e tenha um carinho especial pelo grupamento do Corpo de Bombeiros. Lembre-se de pedir a Deus para que o poder público cesse de lhes pagar os salários em parcelas. Peça ao Senhor Jesus para que possa livrá-los do mal e encher-lhes o peito de força para continuarem servindo ao nosso povo com hombridade, empatia e amor. E que o Espírito Santo, nesses dias, venha a guiá-los entre toneladas de lama e rejeitos, fazendo-os transcender (ir além) nas buscas e cumprir a missão com a honra de um bom servidor público.
Por Maycson Rodrigues- Gospel Prime

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