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quarta-feira, 26 de abril de 2017

O “evangelho” que eu não acredito



Resultado de imagem para O “evangelho” que eu não acredito     Eu não acredito em um “EVANGELHO” que:

1) não fala mais de esperança na vida eterna, querendo fazer o “paraíso” neste mundo, ainda que eu saiba que a eternidade começou já aqui e agora, onde devo eu ser difusor dos valores do Reino de Deus neste mundo, que são: verdade, a justiça, a paz, a fraternidade, o perdão, a liberdade, a alegria e a dignidade da pessoa humana;
2) é pregado, dizendo o que Deus TEM que fazer ou deixar de fazer, já que o “seja feita a Sua vontade” perde toda a significação, passando a ser Deus um mero despachante de nossos caprichos;
3) só faz ricos e prósperos os líderes de determinadas igrejas e o povo na miséria;4) é pautado apenas em “noites de milagres”, “noites de libertação”, pois o Espírito Santo ele age como quer, onde quer, e quando quer, sendo que noites específicas para isso viram apenas, ao longo do tempo, um retrato de uma fé baseada em um “performático” do pastor;
5) tornou-se uma espécie de auto-ajuda, de psicanálise, de coaching, em uma religião feita sob medida para um mundo secularizado, ou seja, uma religião “à la carte” do freguês;
6) só fala em triunfalismos e liderança, quando o próprio Jesus deixou claro que o maior no Reino De Deus é aquele que serve e o faz de forma discreta, sem alarde, quando questionado por uma mulher que queria que seus dois filhos estivessem um à esquerda de Jesus e o outro à direita na vida vindoura (Mateus 20:21);
7) para ser pregado, eu precise me valer de marketing e de outras técnicas de propaganda para chamar mais gente para ir a um templo. Se o motivo não for a fome interior de Deus e o próprio Evangelho, melhor esquecer;
8) se eu decido sair de uma igreja X para congregar em outra ou nem congregar, sou tratado como um lixo, ou uma persona “non grata”;
9) é pregado pautado apenas em passagens do Antigo Testamento, para imputar legalismo, medo e sacrifício nos fiéis (entenda-se como sacrifício, dar dinheiro), esquecendo que vivemos no período da Graça que veio ao mundo com a vinda de Jesus;
10) não se fala mais de pecado, de arrependimento, de tomar a sua cruz, já que esse papo anda muito “demodé” para o mundo atual.

Leandro Bueno

Procurador da Fazenda/Professor. Membro da Igreja Presbiteriana do Brasil

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