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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Líderes evangélicos pedem que cristãos deixem de ser pacifistas



Resultado de imagem para Líderes evangélicos pedem que cristãos deixem de ser pacifistas      Documento foi assinado por mais de 50 lideranças influentes

De acordo com o Christian Today, um grupo com mais de 50 líderes evangélicos, manifestou sua opinião de forma oficial em meio ao debate político que toma conta dos Estados Unidos.

Dependendo do resultado das urnas, o país com o maior complexo industrial militar do planeta – cerca de 30% da produção mundial – poderá sofrer mudanças drásticas em sua política externa. Desde o início dos anos 2000, os EUA se envolveram em guerras no Afeganistão, Iraque, Síria, Iêmen, além de participar indiretamente de muitas outras.

Há movimentos que pedem a diminuição da interferência norte-americana em questões internacionais. Na contramão, diferentes eruditos, jornalistas e líderes de movimentos sociais fizeram uma crítica pública, pedindo que se abandone a ideia cristã de pacifismo.  Alguns deles vêm de universidades evangélicas bem conhecidas, como o Wheaton College e a Duke University.

A declaração de sete páginas é parte da Providence, uma revista que aborda questões teológicas e políticas do momento.

“Cristãos de outros países têm errado, usando para o estado o mesmo padrão da igreja ou do indivíduo, resultando em pacifismo e no que acreditamos ser uma abdicação das responsabilidades legítimas do governo”, dizia o material.

A declaração analisa séculos de ensinamentos da Igreja sobre o tema do pacifismo e da guerra justa, além de considerar crucial o momento delicado que o mundo atravessa, com a crise humanitária dos milhares de refugiados pedindo abrigo na Europa e nos Estados Unidos.

“Fazemos uma declaração de princípios seguindo a tradição da reflexão cristã sobre o papel do Estado e o uso da força, desde Agostinho e Tomás de Aquino, passando por Lutero e Calvino até Niebuhr e Elshtain”, afirmam, citando teólogos importante que escreveram sobre a guerra e a violência no mundo.

Também faz considerações bíblicas sobre a criação e a prerrogativa do homem de dominar sobre a terra. “Em alguns casos, o governo pode ser uma ferramenta de grande poder satânico, mas se exercido justamente, de acordo com o projeto de Deus, esse mesmo poder será uma ferramenta de bênção, justiça e ordem”.

A declaração não se posiciona contra o pacifismo em si, nem contraria os ensinamentos de Jesus sobre a paz. Contudo, afirma que “Todas as nações podem e devem participar no esforço coletivo para promover uma governança responsável e de segurança mútua”.

Ao mesmo tempo, defendem que é papel dos Estados Unidos “encorajar uma cultura de ordem liberal em todo o mundo”, mesmo que para isso necessite usar a força, no caso, ações militares.

Sendo assim, para eles vale a antiga máxima que os que desejam a paz devem se preparar para a guerra.

 Ainda que não falem diretamente de terrorismo nem de extremismo islâmico, asseveram que os problemas atuais passam pela falta de liberdades, entre elas a religiosa.

por Jarbas Aragão

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