A Portas Abertas tem apoiado 50 professores cristãos voluntários e muitas crianças estão se convertendo ao cristianismo, influenciando também suas famílias
Rina* é uma cristã cingalesa de 21 anos que
enfrenta a perseguição religiosa desde menina. Seu pai é um líder
cristão e, como toda família que decide seguir o cristianismo, eles
suportam a discriminação e a violência moral em todo o tempo. "Na igreja
eu aprendi que Jesus é o caminho para o céu, meu pai sempre pregava
isso e os professores da Escola Bíblica explicavam com mais detalhes.
Mas na escola, eu tinha que ouvir sobre as ‘quatro verdades nobres’ e o
‘caminho da iluminação’ da doutrina do budismo", conta a jovem.
Legalmente, as escolas em Sri Lanka podem
incluir em seu projeto pedagógico as aulas de religião, mas a maioria
dos cidadãos enxergam isso como uma despesa adicional e indesejada. "Eu
gostaria de ter estudado o cristianismo na escola também, e na época, eu
orei por isso durante três longos anos, mas eu fui obrigada a estudar
budismo. Meus colegas ficavam impressionados porque eu sempre tinha a
nota mais alta nessa disciplina. Eles me questionavam: ‘mas você não é
uma cristã? Como consegue entender tão bem o budismo?’ E eu respondia:
‘Meu Deus me ajuda e assim eu não sou obrigada a frequenter um templo
budista", lembra Rina.
Depois disso tudo, Deus atendeu às orações
dela e então foi autorizada a estudar o cristianismo na escola também.
"Tivemos uma professora cristã e eu fiquei muito satisfeita, mesmo sendo
eu a única aluna cristã da sala. Às vezes, eu me sentia sozinha e
isolada, principalmente quando colocaram fogo na minha igreja. A
multidão escrevia comentários depreciativos nas paredes, sobre nossa
família e eu tive que ficar um tempo sem ir à escola por causa disso",
ela conta. Mas depois de um preíodo, para o deleite de Rina, ela
descobriu outros 12 cristãos na escola.
Desde 2015, a Portas Abertas está apoiando 35
professores voluntários cristãos. Esse ano, já são 50, e cada um deles
consegue atender, pelo menos, 30 crianças cristãs. Dessa forma, elas não
são mais obrigadas a aprender o budismo ou hinduísmo como se fossem a
religiões oficiais do Estado. A lei garante aos cidadãos que pratiquem
qualquer religião, mas nem sempre a lei é seguida à risca,
principalmente pelos budistas radicais que tentam influenciar a
sociedade de forma impositiva. É preciso lutar para que haja uma
liberdade de religião efetiva. Notícias recentes mostram que esses
professores compartilharam que muitas crianças se converteram ao
cristianismo, influenciando também suas famílias, e que os resultados
têm sido incríveis.
*Nome e imagem alterados por motivos de segurança.
Por Portas Abertas
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