Cristãos russos temem pelas novas regras que serão aplicadas à igreja, impedindo a evangelização e os trabalhos missionários no país
Um novo projeto de lei, mais conhecido como
"lei antiterrorista" preocupa os cristãos que vivem na Rússia ou que
realizam trabalhos missionários por lá. Ao assinar o documento redigido
pela parlamentar Irina Yarovaya, o presidente Vladimir Putin alega estar
"protegendo os cidadãos russos de ações terroristas". Para a oposição, a
decisão do governo está visando muito mais a "vigilância total sobre a
nação" do que o reforço da segurança pública. Os críticos também citaram
o monitoramento sobre as comunicações, já que está forçando as empresas
de internet a armazenar os dados de todos os usuários. Além disso,
haverá gravações de ligações telefônicas e mensagens de texto.
Os termos da nova lei que mais atingem os
cristãos são os que obrigam os líderes religiosos a possuírem uma
autorização até mesmo para o caso de "igrejas domésticas", que muito em
breve serão consideradas ilegais. As atividades da igreja somente
poderão ocorrer no interior de edifícios registrados. Muitos líderes
protestaram, alertando para a forma como ela atingirá a liberdade
religiosa no país, além de promover também o avanço da perseguição aos
cristãos. Entre os alertas desses líderes de diversas denominações está a
preocupação sobre a obrigatoriedade de uma autorização especial para
espalhar crenças, distribuir literaturas ou qualquer tipo de material
considerado religioso.
Para a maior parte da liderança cristã, essas
exigências trazem de volta um passado vergonhoso e triste que afeta não
só a liberdade de religião, mas de expressão e até de reunião. "Essas
liberdades estão interligadas e são indivisíveis, ou seja, uma afeta a
outra", disse um deles. A lei também viola o direito constitucional de
livre escolha e cria condições para a repressão de todos os cidadãos.
Qualquer pessoa que mencionar os seus pontos de vista religiosos ou suas
reflexões em voz alta ou até mesmo fizer isso por escrito sem os
documentos pertinentes, poderá ser acusada de promover "atividade
missionária ilegal" e será submetida às punições cabíveis perante a lei.
O domínio cada vez mais ditatorial do governo
russo pode afetar a vida da igreja no país. É praticamente impossível
evangelizar sem expor as ideias e os conceitos bíblicos, sendo assim, a
evangelização está expressamente proibida e aqueles que seguem o
cristianismo vão bater de frente com uma situação bastante delicada. A
lei entrará em vigor hoje, 20 de julho de 2016 e a reação de todos
aqueles que representam a igreja na Rússia é de total indignação.
Lembrando que as regras do governo podem deixar a igreja de mãos atadas
no plano físico, mas no espiritual, ela deve orar e esperar pelas
providências de Deus. Entre também nessa corrente de oração pela igreja
na Rússia.
Por Portas Abertas
Nenhum comentário:
Postar um comentário