Nada foi feito para impedir, interromper ou corrigir as questões da violência e a perseguição religiosa aumenta a cada dia
No início desse mês, o Tribunal Indiano
condenou 24 homens hindus pelos conflitos causados no estado de
Gujarate, no ano de 2002, que matou mais de mil pessoas em apenas três
meses. Embora a acusação tenha pedido prisão perpétua para todos os
réus, os resultados do julgamento ainda não foram divulgados. Na
ocasião, o estado era governado pelo atual primeiro-ministro Narendra
Modi, que foi acusado de não ter reagido com justiça à altura da
violência. Durante mais de uma década, Modi foi duramente criticado por
não pedir desculpas pelos incidentes.
A demora do sistema legal da Índia fortalece
ainda mais a sensação de impunidade entre os indianos. Nada foi feito
para impedir, interromper ou corrigir as questões da violência que
continuam complicadas até os dias de hoje, principalmente contra as
minorias religiosas. Embora 24 pessoas tenham sido condenadas, a maioria
foi absolvida. De acordo com relatórios da Portas Abertas, o número de
autores dos crimes cometidos em 2002 é muito maior que isso, mas eles
saíram livres, provando que a justiça praticamente não atua na Índia.
Embora os conflitos em questão tenham ocorrido
entre hindus e muçulmanos, os cristãos passam por experiências
semelhantes, como os motins de 2008, ocorridos em Kandhamal, no estado
de Orissa, leste da Índia, uma das regiões mais intolerantes ao
cristianismo. Na época, os ataques foram motivados sob a alegação de que
os missionários cristãos da região estavam convertendo à força as
tribos locais, fornecendo-lhes carne de vaca, o que para o hinduísmo é
um sacrilégio. Milhares de cristãos tiveram que fugir de suas vilas,
outros foram mortos e suas igrejas e casas incendiadas. De lá para cá, a
perseguição só aumentou. Entre janeiro e abril, houve mais de 49
incidentes contra os cristãos. Ore por essa nação.
Portas Abertas
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