O grupo extremista está dominando diversas áreas no norte da Nigéria e tem travado uma verdadeira guerra contra os cristãos, que já dura mais de sete anos
Dias atrás, um membro do Congresso dos Estados
Unidos disse que vai ajudar a Nigéria, pedindo ao presidente para dar
uma resposta americana às insurgências islâmicas que mataram milhares de
cristãos na região do lago Chade. "Nós vamos montar um projeto de lei e
providenciar um enviado especial para iniciar esse processo", disse
ele. O pedido inicial, no entanto, foi feito pelo ex-deputado dos EUA,
Frank Wolf, cuja carreira foi em grande parte dedicada à liberdade
religiosa até sua aposentadoria, em 2014.
"A presença de um enviado especial americano
poderá ajudar muito na coordenação da assistência necessária em toda a
região. Essa mobilização é bem-vinda e desperta a comunidade
internacional para a realidade nigeriana, onde a ‘ideologia religiosa
fundamentalista’ está se espalhando e fazendo milhares de vítimas,
principalmente no nordeste da Nigéria. O Boko Haram está dominando
diversas áreas e tem travado uma verdadeira guerra que já dura mais de
sete anos", comenta um dos analistas de perseguição.
De acordo com os relatórios da Portas Abertas,
a liderança dos EUA ainda reluta em reconhecer os ataques do Boko Haram
como parte de uma "jihad global" e o argumento de pobreza continua a
ser a justificativa que mais se destaca quando eles analisam a situação
do norte da Nigéria. "Existe um contexto anticristão muito violento e
fácil de ser identificado em todos os incidentes em que o Boko Haram
está envolvido. Entre as vítimas, cristãos são separados de muçulmanos
para serem executados, sejam eles adultos, idosos, jovens ou crianças, o
critério é totalmente religioso. Eles têm cometido os piores crimes já
vistos e por onde passam causam destruição", testemunha Emmanuel Ogebe,
que é um advogado internacional de direitos humanos, especializado em
casos africanos. Ore pelos cristãos nigerianos.
Por Portas Abertas
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