O grupo ativista cristão antidrogas foi impedido de limpar um campo de papoulas, flores de onde é retirado o ópio, um dos entorpecentes mais nocivos à saúde
De acordo com informações da UCA News,
um grupo ativista cristão antidrogas foi impedido de limpar os campos de
papoula no estado de Kachin, capital de Mianmar. Embora a papoula seja
uma planta medicinal conhecida para obter a morfina, ela também produz o
ópio, que é muito usado como entorpecente, tanto isolado quanto em
conjunto com a maconha. No Brasil, por exemplo, a venda da papoula é
controlada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),
através de uma resolução de 2002. O grupo ativista que tentou exterminar
com a plantação das flores em Mianmar abandonou o objetivo por falta de
segurança.
"O país está em segundo lugar como maior
produtor mundial de ópio, vindo depois do Afeganistão. O cultivo de
papoulas é um grande desafio para as autoridades de Mianmar, uma vez que
traz até 15 vezes mais lucro do que as culturas normais. Então, existe
aí uma grande quantidade de dinheiro em jogo, e lutar contra os
produtores é algo perigoso, principalmente depois que um membro de um
grupo militante foi morto em janeiro", comenta um dos analistas de
perseguição.
Ainda segundo o analista, esse grupo cristão
anunciou uma parada oficial de sua luta na tentativa de erradicar o
problema das drogas no país. "Durante alguns confrontos, 30 membros
desse grupo já foram feridos por granadas lançadas pelos produtores
contra eles", diz o analista. Mianmar,
o 23º país da atual Classificação da Perseguição Religiosa, está entre
os que tratam os cristãos com mais violência. Mas a igreja birmanesa
continua lutando para se manter em pé, apesar de tudo e tem esperança de
que com as mudanças políticas possa caminhar para a liberdade religiosa
no país. Ore por essa nação.
Por Portas Abertas
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