Saga ateísta parece não se findar em busca de desacreditar a veracidade bíblica
Questionar a existência de um “Jesus Histórico” é uma tentativa
recorrente dos ateístas que visa minar a base da fé de mais de dois
bilhões de cristãos no mundo.
Diversos livros já foram escritos
sobre o assunto. A alegação é que não existe comprovação histórica de
sua existência fora das páginas da Bíblia. Os defensores dessa filosofia
insistem em ignorar diferentes registros históricos sobre a vida de
Jesus e sua influência no primeiro século, alegando não serem “o
suficiente”.
Agora a revista National Geographic dá espaço
para um novo livro que procura atacar o cristianismo, usando esse mesmo
tipo de argumento para afirmar que os 12 apóstolos “nunca existiram”.
Rapidamente, diversos meios de comunicação do mundo deram espaço para o
assunto.
Intitulado “Apostle: Travels Among the Tombs of the
Twelve” [Apóstolo: viagens pelas tumbas dos doze], a obra assinada pelo
autor Tom Bissell insiste que os apóstolos originais “são uma mistura de
fato e ficção”.
Ou seja, foram sendo reunidas histórias reais com
relatos místicos sobre eles, que se amalgamaram nas figuras bíblicas que
conhecemos.
Entrevistado pelo site da National Geographic,
Bissell declarou: “Alguns desses nomes registrados no Novo Testamento
são, provavelmente, de pessoas reais. Provavelmente existiu um Pedro e
um João; com certeza um Tiago (o irmão de Jesus) e, quem sabe, um Tomé.
Mas além dos próprios evangelhos, não há nada de histórico que comprove a
existência deles”.
O autor conta que em sua busca para descobrir
se os 12 apóstolos são figuras históricas reais ou apenas personagens
de ficção, visitou diversos lugares ao redor do globo.
Percorreu o
Caminho de Santiago, na Espanha, esteve no local onde Judas Iscariotes
supostamente se enforcou em Israel e procurou no Quirguistão por um
mosteiro onde os ossos do apóstolo Mateus supostamente foram enterrados.
Afirma que foi um esforço que teve pouco resultado.
Contudo, ao
analisar o Novo Testamento de uma forma mais ampla, reconhece que existe
“uma quantidade razoável de informações sobre Paulo”. Também admite que
Tiago, irmão de Jesus, “era uma pessoa real”.
Sua ressalva é que
nenhum dos dois estava entre os apóstolos originais. “Sabemos sobre
essas doze pessoas que foram os primeiros seguidores de Jesus, mas não
há nada sobre eles em qualquer fonte secular, exceto as cartas de Paulo,
que mencionam Pedro e João”.
Ele reconhece que “seria um insulto
pedir para a maioria dos cristãos considerar o Novo Testamento como uma
obra resultante da imaginação humana. Não digo isso no sentido de que é
tudo falso, mas sim uma tentativa de colocar o universo em ordem”.
Sua conclusão é que “talvez ser apenas uma história é a melhor coisa que o Novo Testamento pode ser”.
Tom
Bissell tenta minimizar seu ataque à fé cristã, procurando destacar a
importância dos relatos bíblicos para a formação do mundo ocidental. “As
histórias sobre os 12 Apóstolos são uma grande parte de como o mundo
ocidental decidiu ensinar sobre o que entendemos por comunidade,
verdade, amizade e lealdade”, destaca.
Seu livro não tem previsão de quando (e se) será lançado no Brasil.
Por Jarbas Aragão
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