Segundo o jornal britânico The Independent, ele escreveu “Se digo que a coleção de contos de fadas dos judeus chamada Bíblia é uma mentira completa, é isso mesmo que quero dizer. Pelo menos para mim, Deus não existe!”
Postado em 2014, o comentário foi enquadrado na lei anti-blasfêmia. Um grupo de internautas considerou a declaração do acusado “ofensiva aos fiéis ortodoxos”. Essa legislação entrou em vigor após as manifestações que levaram à prisão o grupo punk Pussy Riot, que protestou em uma catedral de Moscou, em 2013.
Na época, o líder máximo dos ortodoxos pediu que o governo reconsidera-se os termos da lei, temendo que ela “limitasse a liberdade de expressão e de expressão criativa”, disse Kirill.
Para o governo russo, a legislação serviria para proteger os grupos religiosos minoritários e impedir conflitos religiosos. Contudo, o processo contra Krasnov gerou muitas críticas dos grupos defensores dos direitos humanos, que o consideraram uma restrição à liberdade de expressão.
A defesa do acusado afirma que Krasnov é “apenas um ateu”. O acusado ficou um mês internado em um hospital psiquiátrico e fez exames para comprovar que não possui nenhum transtorno.Ele começou a ser julgado nesta quarta (2). O caso ganhou destaque por que, curiosamente, o regime comunista que durante várias décadas regeu o Estado russo, pregava o ateísmo. Com informações de The Guardian
Por Jarbas Aragão
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