Fotos

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Governo dos EUA quer que Hollywood combata o Estado Islâmico

Resultado de imagem para Governo dos EUA quer que Hollywood combata o Estado Islâmico

Estratégia seria tentar desvincular a associação do Estado Islâmico com a religião muçulmana 

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, esteve em Los Angeles esta semana, onde se reunir com vários presidentes de estúdios de Hollywood. Durante cerca de 90 minutos, ele sentou-se com os “chefes” das principais empresas produtoras de filmes do mundo: Universal Filmes, Warner Bros, DreamWorks, 20th Century Fox, Walt Disney Motion, Sony Pictures, Amblin Partners e NBCUniversal.

Kerry anunciou em sua conta do Twitter que o objetivo do encontro era “trocar ideias sobre o Estado Islâmico”. Ele queria saber de que forma os estúdios podem colaborar com o governo para contrapor a “narrativa” do EI.

O grupo terrorista já utilizou cenas de filmes famosos nos seus vídeos de propaganda para recrutar novos militantes. Os extremistas criaram um departamento especializado em difundir a jihad (guerra santa) através de vídeos, o Al-Hayat Media Center, que recebe imagens das mortes e faz a edição usando as mesmas técnicas dos estúdios de Hollywood.

Para o governo americano, o material divulgado pelo EI vêm exercendo “alto grau de atração” especialmente sobre os jovens. Em algumas produções que circulam no mundo árabe, são exibidos filmes mostrando o poderio bélico e territorial da organização, além do estilo de vida ‘heroico e aventureiro’ daqueles que se juntam à luta.

Os jihadistas já produziram o longa-metragem “O surgimento do califa e o retorno do dinar de ouro”, com mais de uma hora de duração. Ele divulga como funciona a produção e circulação do dinar de ouro, a moeda oficial nos territórios ocupados por eles. Com legendas traduzidas para diversos idiomas, o material afirma que é uma ameaça ao “sistema financeiro capitalista de escravidão” dos Estados Unidos.

Além do cinema, o EI já utilizou vídeo games para incentivar jovens a matar cristãos e judeus.

Não foi divulgado oficialmente se em breve teremos filmes ou seriados mostrando o Estado Islâmico como “vilão”. Segundo o site Jihad Watch, a estratégia do governo Obama é mais sutil, tentar desvincular a associação do Estado Islâmico com a religião muçulmana, e mostrar que eles têm pouco (ou nada) a ver com o Islã.

Curiosamente, no início do mês, John Kerry foi acusado por jornalistas italianos de ter “criado o ISIS” [sigla em inglês do Estado Islâmico]. Com informações de RFI e The Guardian

Por Jarbas Aragão

Nenhum comentário:

Postar um comentário