O aumento do extremismo religioso tem causado diversos tipos de
reação em todo o globo. Embora a maioria das notícias de mortes e
atentados esteja relacionada com o islamismo, existe uma radicalização
entre os judeus.
“Não há lugar para o Natal na Terra Santa, expulsemos os vampiros
antes que eles se saciem uma vez mais com o nosso sangue”, foram as
declarações do rabino Benzi Gopstein, no final do ano passado.
Segundo ele, que é líder do movimento Lehava, os judeus precisam se
“proteger” tanto de muçulmanos quanto de cristãos, pois ambos tem sido
“inimigos mortais” do judaísmo durante séculos.
O rabino Benzi, que também assina Ben-Zion [Filho de Sião] considera
que os templos católicos são locais de culto a ídolos e no passado
defendeu que eles fossem queimados e derrubados.
Sua indignação é contra o proselitismo, a tentativa de fazer os
judeus trocarem de religião. Líderes católicos de Israel já fizeram
denúncias contra Gopstein, enviando denúncias contra o líder judeu às
autoridades israelenses. Até agora nenhuma ação concreta foi tomada.
“Lançamos novamente um apelo urgente contra essas tentativas de
intimidação e provocações constantes, elas representam uma ameaça real
para a coexistência pacífica nesta terra”, enfatizou o comunicado
assinado pela Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa.
No último ano, diferentes ações contra católicos foram realizadas em Israel, incluindo o incêndio de uma igreja histórica e a profanação de cemitério. Nenhum deles com vítimas fatais.
O grupo Lehava é inspirado na ideologia de Meir Kahana, fundador do
movimento antiárabe Kach, assassinado em Nova York em 1990. O nome, que
em hebraico significa “chama”, é uma abreviação para Movimento Contra
Assimilação da Terra Santa.
Em agosto de 2015, seus seguidores defenderam publicamente que a lei
judaica preconizava a destruição da idolatria na terra de Israel, por
isso igrejas e mesquitas podiam ser incendiadas.
Três meses depois, ativistas do Lehava se manifestaram contra uma
feira de Natal, denunciando “o assassinato de almas judias” e exigindo
que os cristãos abandonassem a Terra Santa.
A Justiça israelense, já ordenou investigações, mas alega que não
possui provas que o grupo cometa “atos terroristas” motivados pela
religião. Gopstein já foi chamado a depor por acusações de “incitação do
ódio”, mas não foi condenado. Com informações de CBN e Haaretz
Por Jarbas Aragão
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