Incêndio em terreiro de Candomblé, em Brasília (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Segundo a 6ª Delegacia de Polícia, seis pessoas dormiam no local no momento em que ele foi atacado, mas ninguém ficou ferido. O barracão ficou completamente destruído. Adina Santos, a “Mãe Baiana”, dona do terreiro, é contundente: “Esse fogo foi de fora para dentro. É a intolerância religiosa, mais uma vez, dentro de Brasília e nós precisamos tomar uma providência imediatamente, não podemos deixar mais”.
O governador anunciou a criação de uma delegacia contra intolerância religiosa, que investigará crimes de racismo e intolerância no Distrito Federal. “Não podemos admitir que, na capital da república, tenhamos demonstrações de intolerância religiosa”, asseverou Rollemberg.
Pediu ainda que a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros tratem a investigação como prioridade. O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) do Ministério Público está acompanhando o caso, que foi denunciado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Segundo o Ministério Público, dois templos de religiões africana foram incendiados na região do Distrito Federal, mas o escritório do governador para em 13 casos de discriminação. A criação de uma delegacia especial para isso é algo inédito no país, embora em outros estados existam núcleos de combate a Intolerância Religiosa.
“Quando, em outros países, se incendeiam igrejas cristãs e cristãos são degolados, entendemos que isso é inaceitável. Aqui no Entorno os mesmos atos de intolerância religiosa são praticados contra templos de religião de matriz africana. Os recentes atentados terroristas na França possuem a mesma raiz de intolerância religiosa. Não podemos admitir que a intolerância vença a democracia”, garantiu o promotor de Justiça Thiago Pierobom, que coordena o NED. Com informações G1
Por Tiago Aragão
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