Eles pediram respeito, defenderam o Estado laico e chamaram a atenção para os casos de intolerância religiosa
Fiéis de diferentes religiões afro-brasileiras se juntaram na última semana em frente ao trapiche Eliezer Levy, em Macapá (AP) para protestarem contra a intolerância religiosa.
O ato foi organizado depois que os membros dessas religiões começaram a denunciar casos de perseguição na cidade. “Esse protesto surgiu de uma conversa com alguns seguidores, que dividiram relatos sobre manifestações preconceituosas que sofreram”, disse o umbandista Fábio Bernardo Furtado.
Ao G1 o religioso afirmou que eles estão seguindo um movimento nacional que defende o Estado laico e respeito às religiões.
Entre as 50 pessoas que participaram do ato estava Humberto de Moraes, adepto da religião há 35 anos, ele relatou que duas de suas filhas foram perseguidas na escola.
“Tenho duas filhas que são crianças e recebem apelidos na escola devido à nossa religião. Infelizmente elas sentem na pele a intolerância por parte dos colegas. Mas hoje viemos aqui para garantir que elas tenham orgulho da nossa manifestação”, afirmou.
Todos os manifestantes usaram roupas brancas segundo as características de cada crença e pediam paz e respeito. Alguns gritos de ordem foram ensaiados contra a intolerância religiosa e grupos culturais se apresentaram.
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