“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe” (Sl 139.13)
A Palavra é muito clara ao declarar como Deus enxerga o homem antes mesmo de nascer. De uma forma poética e muito significativa, o salmista descreve o ventre materno como uma plataforma do ateliê do próprio Deus. O ventre é o ambiente em que Deus utiliza suas “linhas e agulhas” para tecer um novo ser. A Bíblia vai além quando Deus fala do chamado de Jeremias antes mesmo de sua formação no ventre materno. “Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi, antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações” (Jr 1.6). Em Êxodo 21,22-25, a lei é clara na proteção ao nascituro – ser humano concebido, mas ainda não nascido: se houvesse alguma briga e uma mulher grávida fosse atingida, qualquer dano ao nascituro seria passível de uma pena que variava de uma indenização até a pena de morte.
Muito se tem discutido sobre o início da vida atualmente no Brasil. Neste momento, está sendo debatida, na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, uma Sugestão (SUG 15 / 2015) de Iniciativa Popular que visa regular o aborto dentro das doze primeiras semanas de gravidez. Correntes pró-aborto argumentam que somente a partir da décima terceira semana pode-se considerar a existência de vida e, portanto, o aborto até esse tempo não seria considerado assassinato, uma vez que ainda não haveria vida. No entanto, estudos científicos mostram que a vida de qualquer ser, inclusive o humano, tem início com a fecundação, quando há a união dos gametas (células sexuais) e a geração automática de um novo código genético, que corresponde a um novo ser.
Diante desta disputa política, a Igreja de Cristo é chamada a se posicionar e a lutar contra a aprovação da SUG no 15, que legaliza o aborto no país. Não podemos compactuar com práticas que não garantam a vida. O ventre materno é o ateliê de Deus e, como tal, devemos nos posicionar firmemente contra qualquer ameaça à vida. “É Deus quem dá a vida. Portanto, só Ele pode tirá-la” (Gn 1.26-27; 1Sm 2.6). Nossa legislação atual já permite o aborto quando a gravidez significa risco à vida da gestante, resulta de estupro e o feto gerado é anencéfalo (não possui cérebro). A questão da vida não pode ser tratada da mesma forma que a lei do direto do consumidor trata uma compra pela internet, por exemplo. Ao comprar determinado objeto, você consumidor tem até 7 dias para se arrepender da compra. Caso se arrependesse de sua gravidez a lei garantiria um prazo para sua “desistência”.
Dada a seriedade e a urgência de agirmos contrariamente a esse movimento pró-aborto, o Grupo de Ação Política da Mocidade, em parceria com o Ministério Vida em Família, Infância Protegida, Apoio a Mulheres com Gravidez Indesejada (AMGI), Adotar, Lucas, Mulheres em Ação, Escola de Pais, Rede de Adolescentes e Liga Universitária, está promovendo um abaixo-assinado para ser entregue à Comissão na qual a questão tem sido discutida. Você pode assiná-lo na entrada ou ao final do culto no templo ou ainda pela internet na página do Facebook do Grupo de Ação Política (facebook. com/gap.unec).
Mais informações, ligue: (31) 8799-4729 (Carlos Said Pires) ou envie um e-mail para: gap@une.org.br.
::Carlos Said Pires
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