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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Vereadores em Manaus apresentam nove “projetos evangélicos”


Os parlamentares evangélicos criam propostas para o grupo que os elegeram, sem pensar nos reais anseios da população

Vereadores em Manaus apresentam nove “projetos evangélicos”Vereadores em Manaus apresentam "projetos evangélicos"
As cidades brasileiras possuem problemas semelhantes como transporte público, saúde, educação e emprego. Todos esses problemas poderiam ser solucionados através da política, mas alguns parlamentares usam o cargo dado pelo povo para agir em benefício próprio.
É isso que uma reportagem do Diário do Amazonas publicou nesta segunda-feira (18) ao falar sobre os projetos religiosos apresentados pelos vereadores de Manaus.
Desde fevereiro, quando retomaram aos trabalhos, os vereadores da capital apresentaram nove projetos com objetivos religiosos. A vereadora Pastora Luciana (PP) é autora de três projetos, ela chegou à Câmara como suplente do Dr. Gomes que se elegeu como deputado estadual.
Um de seus projetos mais polêmicos – que tem levantado um debate na cidade – é o PL de 125/15 que visa autorizar por lei manifestações religiosas como palestras e pregações nos terminais de ônibus da capital com o uso de caixas de som.
Ainda de autoria da vereadora Pastora Luciana é o PL nº 075/15 que propõe a instituição de uma capelânia na Guarda Civil Metropolitana. Segundo ela, o serviço seria importante para dar assistência religiosa aos integrantes da Guarda e seus familiares.
Outro projeto religioso citado pelo site D24am é de autoria do vereador Marcel Alexandre (PMDB) que quer instituir a Semana da Família Tradicional Cristã. Ainda nesse ramo de criar dias especiais, o vereador Felipe Souza propôs o Dia do Missionário, a vereador Pastora Luciana apresentou a proposta para o Dia do Círculo de Oração e o vereador Amauri Colares quer criar o Dia da Mulher Cristã e o Dia do Capelão Evangélico.
Colares é o autor do PL nº 276/14, que prevê a construção de um monumento à Bíblia, uma obra que será custeada por associações civis, mas que terá a supervisão da Prefeitura de Manaus.
Em entrevista ao Diário do Amazonas o sociólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Luis Antônio Nascimento, disse que esses projetos são “vergonhosos” por não atender aos reais anseios da população.
“É aí que você percebe a incapacidade intelectual para elaborar projetos políticos, é injustificável que os projetos sejam voltados para o seu próprio umbigo, que atendam as reivindicações de quem está próximo a eles”, disse o professor.

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