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sábado, 28 de março de 2015

Pai de santo diz que Cunha fez trabalho contra Dilma


Religioso invadiu Planalto para alertar Dilma sobre evangélico.

Pai de santo diz que Cunha fez trabalho contra DilmaPai de santo diz que Cunha fez trabalho contra Dilma
Os debates que envolvem temas políticos e religiosos são sempre acalorados, especialmente quando ambos os temas se confundem. Nesta quinta-feira (27) esses temas ganharam proeminência quando um pai de santo, identificado como Pai Uzêda, invadiu o Palácio do Planalto para tentar alertar Dilma sobre Eduardo Cunha, evangélico que preside a Câmara dos Deputados.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que trocou a igreja Sara Nossa Terra pela Assembleia de Deus em Madureira, ocupa o segundo cargo na sucessão da presidente Dilma Rousseff, atrás apenas do vice-presidente da República, e é considerado um rebelde na bancada governista.
O pai de santo Uzêda invadiu o Planalto tentando entregar uma carta para a presidente Dilma Rousseff, informando que o conteúdo era para orientá-la a se proteger de alguns políticos, principalmente do peemedebista, que segundo Pai Uzêda seria a própria besta, cujo objetivo é destituir Dilma do cargo.
“O Eduardo Cunha é a besta. O trabalho dele é destituir a Dilma. Ele é um pai de santo de mão cheia, ele entende do canjerê. Basta olhar para a sua aura (…). Se deixar, ele vai ser o presidente do Brasil. Ele é protegido pelo povo de rua, ele tem o poder sobre o mal”, disse o pai de santo.
O pai de santo teria conseguido acesso ao prédio com autorização de uma funcionária da Secretaria de Relações Institucionais e chegou a subir ao quarto andar, onde permaneceu por meia hora, até ser retirado por seguranças.
O gabinete da presidente Dilma Rousseff fica no terceiro andar e o quarto andar é ocupado pelos ministros da Casa Civil, Relações Institucionais e Secretaria Geral. O religioso teria procurado a presidente por “questão de ética e amor”.
Na carta, ele diz ter identificado três trabalhos contra a saúde de Dilma, sete contra ministros e duas macumbas com caveira de burro em frente ao Palácio da Alvorada. O curioso é que ele atribuiu a maior parte destes trabalhos ao evangélico que ocupa a presidência da Câmara.
“Ela está desprotegida, mas ainda está em tempo de se recuperar. Sou fã dela, mas ela precisa ser mais humilde. A mosca azul mordeu ela. Ela mexeu nos direitos dos trabalhadores. Ela não pode desfazer o que Lula, seu mentor, fez antes”, disse. Ele explicou que ser mordida pela mosca azul significa que “Dilma não se importa mais com o povo”.

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