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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Escola cristã paquistanesa é atacada por manifestantes muçulmanos


O ataque foi promovido por estudantes que protestavam contra a revista Charlie Hebdo. Muitas vezes os cristãos paquistaneses são marginaliados e responsabilizados por qualquer incidente que é visto como anti-islã no Ocidente
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Cerca de 300 estudantes – muitos deles portando armas – invadiram a escola Panel for Boys protestando contra a revista francesa, que publicou uma imagem do profeta Maomé em sua capa, na sequência do atentado que custou 12 vidas.
A escola ficou fechada por alguns dias, sendo reaberta após consultas dos diretores e membros da comunidade cristã com a polícia e o governador da província.
As caricaturas da Charlie Hebdo desencadearam protestos em massa no Paquistão, como a passeata que reuniu 30 mil pessoas, Karachi, no início desta semana e uma grande manifestação em Lahore.
Nasir Saeed, diretor da organização paquistanesa de direitos humanos Class, afirmou que os cristãos também não são favoráveis às caricaturas da revista e, muitas vezes participam dos protestos contra a revista. “É lamentável que os cristãos não sejam considerados cidadãos paquistaneses e, pelo contrário, são constantemente acusados de serem aliados do Ocidente e, portanto, sempre que tais incidentes acontecem nos países ocidentais os cristãos são atacados”, completa.
Há semanas igrejas e propriedades de cristãos paquistaneses são incendiadas o que torna esse grupo, que já vive sob constante medo pela perseguição religiosa, ainda mais vulnerável.

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