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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ateu, novo primeiro-ministro grego recusa a Bíblia Sagrada em juramento de posse


Ateu, novo primeiro-ministro grego recusa a Bíblia Sagrada em juramento de posse
A Grécia elegeu no último final de semana, um novo primeiro-ministro, filiado a um partido esquerdista. Alexis Tsipras, 40 anos, fez campanha prometendo mudar a política de austeridade econômica. Na posse, o político quebrou uma tradição do país ao fazer apenas o juramento civil, prometendo obedecer a Constituição, e se recusou a fazer o juramento religioso com uso da Bíblia.
País de maioria cristã – entre ortodoxos e católicos –, a Grécia mantém a tradição de seus líderes políticos serem empossados em duas cerimônias. A religiosa, que inclui o juramento com a mão direita sobre um exemplar da Bíblia, normalmente é conduzida pelo líder da Igreja Ortodoxa grega, antes de se apresentar ao presidente.
Na cerimônia civil, Tsipras jurou ao presidente do país cumprir a Constituição, mas também deixou sua marca de quebra de protocolos: foi à cerimônia sem gravata, agindo exatamente da mesma forma como se portou durante a campanha, segundo informações da Agência Brasil.
No entanto, apesar de não ter feito o juramento religioso, Tsipras demonstrou respeito pela tradição e comunicou o líder da Igreja Ortodoxa pessoalmente de sua decisão, explicando sua postura em relação à fé e garantindo que “as relações entre a Igreja e o Estado serão mais importantes que no passado”, pois é preciso valorizar “o papel muito importante da Igreja” na sociedade grega.

Crise

O país atravessa uma grave crise econômica, com altos índices de desemprego e a dívida pública alcançando níveis inéditos e astronômicos. A principal promessa de campanha de Alexis Tsipras ao povo grego foi diminuir a rigidez com que o governo vem lidando com a situação, pois o arrocho causa dificuldades aos trabalhadores.
Credores do país e demais países da União Européia temem que o novo primeiro-ministro grego descumpra acordos de refinanciamento da dívida e/ou aplique moratória, o que seria visto como calote e traria prejuízos aos bancos que emprestaram dinheiro ao país.


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