Fotos

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Crimes graves cometidos contra cristãos são investigados na RCA



Um relatório, lançado no início de dezembro, presta contas de investigação paralela para identificar responsáveis pelos atos cometidos na República Centro-Africana (RCA). A suspeita é de que crimes de guerra e contra a humanidade são cometidos pelas partes envolvidas no conflito
03_CAR_TPI
O Tribunal Penal Internacional  anunciou que vai realizar investigações paralelas para recolher diretamente provas criminais ligadas ao conflito na República Centro-Africana. A procuradora-chefe, Fatou Bensouda, destaca que o objetivo é identificar e processar os responsáveis pelos delitos mais graves cometidos no contexto dos confrontos envolvendo as milícias Séléka e anti-Balaka.
Novo Crime
No relatório de atividades de 2014, Bensouda explica que à medida que a investigação avançar a sua equipa vai continuar a registar qualquer novo crime que possa estar sob a jurisdição do Tribunal. Em finais de setembro, o órgão concluiu haver uma base razoável para continuar a investigar a situação centro-africana e anunciou a abertura de um novo inquérito sobre o país.
Contornos Sectários
Com base na informação disponível, o Tribunal realça haver bases razoáveis para acreditar que os anti-Balaka teriam cometido crimes de guerra e contra a humanidade. Os delitos incluem assassinato, ataques intencionais a civis e a pessoal de assistência, pilhagem, envolvimento de crianças menores de 15 anos em grupos armados, deportação forçada, perseguição e estupro.
O conflito entre as forças Séleka, de maioria muçulmana, e o grupo anti-Balaka, cuja grande parte é considerada cristã, agravou-se em meados de 2013.  Com o escalar dos confrontos, a situação tomou contornos sectários.
Já as forças Séléka são mencionadas no documento pelos dados que fazem crer que teriam cometido crimes de guerra e contra a humanidade. Entre eles estão assassinato, mutilação, tratamento cruel e tortura, atos desumanos, ataques intencionais civis e pessoal envolvidos em assistência humanitária.
No conflito no que é considerado como um dos mais pobres países do mundo morreram milhares de pessoas e foi desalojado cerca de um quarto da população. Antes dos confrontos, o relatório estima que 15% da população era muçulmana, 25% católica, 25% protestante e 35% seguidora de crenças locais.
FonteRádio ONU


Nenhum comentário:

Postar um comentário