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terça-feira, 10 de junho de 2014

O craque do evangelismo

 

evangelismo 2
Estamos na semana do início da segunda Copa do Mundo no Brasil. Impossível não falar nisso mesmo que as ruas não estejam pintadas de verde amarelo ou as pessoas no espírito do evento. É fato inconteste que teremos uma Copa, gostemos ou não, pois acima de tudo está o futebol que continuaremos a amar e a praticar mesmo depois que passarmos esse mico nacional que não será esquecido nem se o Brasil vencer.
O futebol é indiscutivelmente uma arte diferenciada das outras artes. Não apenas porque é o esporte que mais cresceu no último século, mas porque engloba muitas outras artes. No futebol está a arte da educação física e mental, está a matemática, a física e a estatística, a arte da estratégia, da administração, da dança e da coreografia, e por aí vai. Não à toa o mundo se encanta com ele desde a sua invenção. Inclusive, não bastou ao futebol participar de uma olimpíada. Ele precisou ter sua própria competição, seu próprio ano, seu próprio mês de 4 em 4 anos. Por mais vantajoso que seja, lá no fundo, não é o dinheiro que move o futebol. A simples observação do número de jogadores e “torcedores voluntários” ao redor do planeta é resposta a essa questão: A maior parte deles não pratica o futebol por dinheiro. Desconheço outro esporte em que as pessoas voluntariamente pagam para sofrer ou se alegrar.
O futebol é um fenômeno que enlaça e arrebata o homem e a mulher, o rico e o pobre, o novo e o velho, o culto e o inculto, o ocidental e o oriental, o preto e o branco. O futebol é, ao mesmo tempo, brincadeira e seriedade, coisa de criança e de gente grande. Desculpe-me o ufanismo de torcedor, mas certas partidas de futebol que quase param o globo terrestre me fazem crer que esse esporte é algo próximo de espiritual, mundo que desconhecemos 99%. Como não há explicação lógica, aceito e pronto. No passado em nossas igrejas éramos orientados a fugir do futebol, ao passo que, atualmente, incentivados a praticá-lo, dentre outros motivos, para que nos aproximemos das pessoas. Não há dúvidas que Deus deseja que evangelizemos no fanático e envolvente ambiente esportivo. Basta observar os milhares de atletas que se converteram nos últimos anos e os resultados disso para o Reino de Deus.
Para que sejamos eficazes e eficientes no evangelismo esportivo será preciso uma boa dose de “fanatismo cristão” no bom sentido, ou não obteremos resultados satisfatórios. Será necessário paciência para semear e esperar os resultados a médio e a longo prazos. Neste tempo de colheita pré-arrebatamento da Igreja não existe espaço para evangelistas preguiçosos ou desanimados. O povo está sedento e melhor, aberto a ouvir o que temos a dizer – fato que não ocorria em anos passados. Uma recente pesquisa comprovou que as pessoas, em geral, estão dispostas a ouvir com atenção até cinco minutos de uma explanação religiosa. Então, se você abordar alguém na rua e falar de Jesus, essa pessoa o ouvirá, mesmo que não seja o assunto que ela queira ouvir. Se você souber explanar bem e com rapidez, estará cumprindo o “Ide” proposto por Jesus sem ser inconveniente. Graças a Deus, as pessoas perceberam que o Evangelho é saudável, melhora a sociedade, então, elas estão dispostas a ouvir.
Tal qual um jogador fanático, um evangelista fanático terá que deixar de lado muitas coisas que o distraem para que se torne um craque na propagação das verdades bíblicas. Atividades desnecessárias, bem como, uma série de compromissos que não contribuem para o objetivo evangelístico e que roubam o tempo, também precisam ser colocadas em segundo plano. Além disso, o evangelista fanático terá que vencer barreiras pessoais, tais como, a timidez, a preguiça, a falta de fé, a acepção de pessoas, etc, e ainda desenvolver habilidades que talvez não tenha: Memorizar versículos bíblicos e estratégias de abordagem e aprender novas tecnologias que podem ser úteis à evangelização.
Tornar-se um craque do evangelismo é tão difícil quanto se tornar um craque do futebol. É preciso uma boa dose de força de vontade, abnegação e iniciativa. Craques como Pelé, Zico, Ronaldo e Ronaldinho, sabe-se, treinavam sozinhos depois do expediente, não chegaram onde estão à toa. Tão ou mais esforçado deve ser o craque do evangelismo, treinando e trabalhando, inclusive, nas madrugadas a fim de alcançar aqueles que estão mergulhados no pecado. Para o futebolista estufar a rede é tudo, todavia, para o craque do evangelismo o importante é a rede transbordando de peixes alcançados pela mensagem da salvação. Jogadores mudam de time e de país, cortando os laços com a sua torcida.  O evangelista,no entanto, está sempre no mesmo time, o Reino de Deus, obedece ao mesmo técnico que é Jesus que, por sinal, é filho do Presidente, e continua sempre fiel no objetivo de ajudar os torcedores.
Por fim, a maior diferença entre o futebolista e o evangelista é o tempo de serviço. Futebolista que atua profissionalmente com mais de 35 anos é exceção. Já o evangelista só pendura as chuteiras quando morre. Nunca me esquecerei do pedido que me fez o pastor Sebastião Tillmann, aos 92 anos, acamado, com problemas na visão e na audição: “Ore por mim para que eu consiga ler a Bíblia, me levantar, fazer visitas e continuar o trabalho de evangelização”. Homens como esse é que deveríamos chamar de “fenômeno” e “atleta do século”. Eles podem dizer “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4.7). O futebol é algo maravilhoso, mas nasceu na Terra e aqui ficará, enquanto a Palavra ministrada a um pecador veio do Céu, por meio de Jesus, e tem continuidade na eternidade. Os jogadores podem levar uma nação a ter seu dia de glória, mas os evangelistas podem levar os jogadores, a comissão técnica e toda a torcida da Seleção Brasileira e dos outros times para junto do nosso Presidente, o Deus da Eternidade que deseja que todos se salvem e vençam o jogo da vida. Portanto, caros evangelistas, a bola agora está com vocês. O cronômetro já foi disparado.
Atilano Muradas



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